O culto negro ao Amor
Era a noite e geralmente saíamos de casa eu uma criança de cinco anos e minha mãe, ela querendo apoderar-se de uma paz, de uma bença, à beira de um desespero na sua existência, tentava descobrir os seus sonhos que em segredos revelava os caminhos. Ia sempre de mão dadas com ela.
O caminhos que nós percorríamos era numa estrada de ferro, à noite, e as pessoas que encontrávamos era apenas pessoas que sofreram com obsessões, como um velho que dizia tira a telha, põe telha, tira a telha põe a telha, tira a telha, põe a telha. E eu baixinho perguntava a minha mãe que código era aquele daquele senhor. Minha mãe dizia ele de certo é carpinteiro e de tanto trabalhar enlouqueceu. E eu achava graça e pensava vou crescer mas não quero ser um portador de nenhuma obsessão.
Depois de percorrer quase cinco quilômetros a pé, até chegar no Terreiro de Oxóssi. a primeira vez que a minha mãe lá chegou no bairro Anchieta na Rua Itanhanhem no numero 404 em São José do Rio Preto -SP, minha mãe disse este endereço eu já vim buscar seu pai, pois aqui era a panela de pressão. E eu fiquei pensando meu pai na panela de pressão!
Até que perguntei e ela explicou, que antigamente havia uma associação de pessoas negras na cidade chamada "União faz a Força", que mantinha um salão de baile que chamava "Panela de Pressão", e era um lugar que às vezes, tinham alguns valentões que iam no baile pra dar pernada, rasteiras e golpes de capoeira. Porém o salão de baile fechou e, agora era uma casa de santo.
Ali chegamos na Casa de Oxóssi, o orixá caçador. E assim aprendi que a comida deste deus assim como de Logun Odé e milho amarelo com côco. Nos cultos angolanos é o Deus dos caçadores e da caça, em kibundo, Mutakalambo quer dizer, força, vigor. Mas Oxóssi também come feijão fradinho, preto, arroz, abadô, milho cozido e acaçá. suas cores é azul e verde, azul e vermelho translucido e às vezes também amarelo. Principais ferramentas, arco e flecha em miniatura unidos em ferro ou em metal branco, que pode também ser de bronze. A saudação de Oxóssi é Okê (aquele que grita) Arô: título civil de honra entre autoridades civis, òtin que é igual ao tipo de Oxóssi. Otín quer dizer , o Rio que corre entre Ilorín e o antigo distrito de Òsún na região de Ibadan na Nigéria-Africa.
Depois do culto, voltávamos, caminhando, observando as luzes da cidade que refletia nas águas da represa o Lago artificial rio pretense, hoje considerado um dos pontos turístico do município. e o caminho vinhamos guiando os nossos passos, saldávamos Èsu e Ogun, e se encontrávamos uma oferenda agradecíamos e pedíamos forças e respeito e assim vinhamos desbravando a estrada como num rito barú eterno.
Até chegar em casa, era só tomar um banho quente e adormecer. Pois logo pela manhã ela teria que ir trabalhar.
Minha mãe antes de sair deixava uma panela com sopa de fubá e tutano de vaca, ou então uma sopa de mandioca, além do café que ficava num bule sobre o fogão a lenha e nós, eu e minhas duas irmãs íamos com uma canequinha feito de lata, deliciar o cafezinho. depois saíamos para o quintal paraver o canto dos pássaros, andar pelo mato a procura de algumas frutas. E orientávamos para as nossas refeições pela passagem dos trens. Assim passávamos o dia. E dia sim ou dia não havia sessão.
E foi neste contexto que comecei a entender o fenômeno do transe o chamado estado santo ou acherê, os delírios nevropáticos. Passamos a ver o senhor dos tempos, o tempo ativo e o tempo passivo e o desdobramento da personalidade nas várias fases da auto-hipnose, no ter previsão nas evocações ou nas forças quaisquer extra-física.
E também aprendi a questionar por que uma coisa tão simples, entre muitos fatos que a história registra, a ciência as vezes cala, e por que podemos desconcertar opiniões? Por que temos que discutir no decorrer de nosso trato. Por que o santuário desta imensa natureza nunca teve fechado a quaisquer pessoas que pode discutir ou não? Ninguém mais do que nós respeitamos, toleramos e acatamos as crenças dos outros. Preferimos os mais estúpidos dos crentes ou mais ilustrados dos sábios, dos ateus, mas por maior que seja esse respeito, ele não exclui a análise. Nada mais tão dissolvente como espírito sectário que venha do púpido, , quer da cátedra. Ou da soma dos conhecimentos. Não somos crentes e não somos céticos. somos a meia medida salutar e ainda uma questão de boa razão.
Nem sempre é o tempo de revelar ou de fazer segredos. E tempo de análise, na verdade como um prisma, cuja a integração na cabeça de um ser humano é agora como foi em todos os tempos, uma conquista dos iniciados. Aos afrodescendente no Brasil geralmente falta conhecimento de seu continente e uma língua onde possa expressar a sublime poesia de seus mitos, de suas crenças, como de Olorum a causa sem causas, Oxalá, Aganju, Iemanjá, reinando sobre o céu a Terra e o mar. Xangô o prometeu, que rouba o fogo do céu e Orugãn domando o ar. Dadá meditativa, na umbragem negra das matas, medita nas formas dos vegetais cheio de flores que os ventos leves de Aféfé, sob o olhar de Ifá, vem fecundar nas profundas selvas e Oxóssi, Ossain, enquanto o regato, onde as Yabas de Oxuns faceiras, brincam nas águas, Oxumaré ilumina o céu, com seu arco multicor, enquanto Ogum altivo distende o braço potente esperando a hora de pelejar. Odé, arteiro com o carcaz às costas, empunha o arco, olhando a ave que vai caçar. Adô olha as searas,vendo pender os frutos maduros, as abelhas em busca do nécta, os brancos cordeirinhos, enquanto as borboletas seguem de flor em flor. Olokum espia os abismos do fundo do mar, e os Esùs do centro da terra vão ver os fogos interiores em ignição, e Ibejês convidam os gênios a meditar. É claro o dia e lindo a noite estrelada, é Aiá-co, a mãe que beija a fronte de Oxalá, e quando ruge o mar e o raio tonitroa, vão espaço em foras as Yansâs. E toda a paz está quando as Obás imploram os gênios para apaziguar.
E também aprendi a questionar por que uma coisa tão simples, entre muitos fatos que a história registra, a ciência as vezes cala, e por que podemos desconcertar opiniões? Por que temos que discutir no decorrer de nosso trato. Por que o santuário desta imensa natureza nunca teve fechado a quaisquer pessoas que pode discutir ou não? Ninguém mais do que nós respeitamos, toleramos e acatamos as crenças dos outros. Preferimos os mais estúpidos dos crentes ou mais ilustrados dos sábios, dos ateus, mas por maior que seja esse respeito, ele não exclui a análise. Nada mais tão dissolvente como espírito sectário que venha do púpido, , quer da cátedra. Ou da soma dos conhecimentos. Não somos crentes e não somos céticos. somos a meia medida salutar e ainda uma questão de boa razão.
Nem sempre é o tempo de revelar ou de fazer segredos. E tempo de análise, na verdade como um prisma, cuja a integração na cabeça de um ser humano é agora como foi em todos os tempos, uma conquista dos iniciados. Aos afrodescendente no Brasil geralmente falta conhecimento de seu continente e uma língua onde possa expressar a sublime poesia de seus mitos, de suas crenças, como de Olorum a causa sem causas, Oxalá, Aganju, Iemanjá, reinando sobre o céu a Terra e o mar. Xangô o prometeu, que rouba o fogo do céu e Orugãn domando o ar. Dadá meditativa, na umbragem negra das matas, medita nas formas dos vegetais cheio de flores que os ventos leves de Aféfé, sob o olhar de Ifá, vem fecundar nas profundas selvas e Oxóssi, Ossain, enquanto o regato, onde as Yabas de Oxuns faceiras, brincam nas águas, Oxumaré ilumina o céu, com seu arco multicor, enquanto Ogum altivo distende o braço potente esperando a hora de pelejar. Odé, arteiro com o carcaz às costas, empunha o arco, olhando a ave que vai caçar. Adô olha as searas,vendo pender os frutos maduros, as abelhas em busca do nécta, os brancos cordeirinhos, enquanto as borboletas seguem de flor em flor. Olokum espia os abismos do fundo do mar, e os Esùs do centro da terra vão ver os fogos interiores em ignição, e Ibejês convidam os gênios a meditar. É claro o dia e lindo a noite estrelada, é Aiá-co, a mãe que beija a fronte de Oxalá, e quando ruge o mar e o raio tonitroa, vão espaço em foras as Yansâs. E toda a paz está quando as Obás imploram os gênios para apaziguar.
Mas assim saíamos a noite eu e mamães, para essa obrigação ao culto, para apoderar de uma bença, de uma paz, se antes desespero agora consciência da nossa existência. Numa plena felicitação fraternal na busca de apenas aprender com o universo que nos cercava. Num caminho de esperança e acolhimento do seu próximo. e ia sempre de mãos dadas com minha mãe. Não tenho todas as lendas nas cabeças somente a Paz e uma missão de confraternizar o Amor eternamente.
Manoel Messias Pereira
cronista
Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
São José do Rio Preto-SP. Brasil
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