Crônica - Os 105 anos de nascimento Izidora Dolores Ibarruri Gomez - Manoel Messias Pereira


  • Os Cento e Cinco anos do nascimento de Izidora Dolores Ibarruri Gomez

  • Hoje lembramos os 105 anos do nascimento de Izidora Dolores Ibarruri Gómez, que ficou conhecida como La passionara, pseudonimo que adotou ao escrever para o jornal "El Minero Vizcaino". Ela nasceu em Gallarda localidade de Biscaia no País Basco-Espanha em 9 de dezembro de 1895. Provinda de uma familia muito simples.
  • Na escola revelou-se uma garota esperta, alfabetizou muito cedo, a ponto de ter comentarios ao seu respeito dizendo-se que como aluna foi brilhante, além de rebelde. Porém muito cedo precisou deixar a escola para trabalhar em serviços domésticos ou costurando, para poder ter a possibilidade de ajudar a sua família a manter-se, devido ao estágio de pauperidade em que se encontrava.
  • Ainda muito jovem conhece Julian Ruiz, um rapaz de visão socialista e membro do Partido Comunista Espanhol. Apaixona-se e casa com ele aos 21 anos de idade contrariando seus pais. Ambos tiveram uma filha Ester que faleceu muito cedo, ainda bebê.
  • Em 1918 escreve o seu primeiro artigo e assina La Passionan (a flor da Paixão ou Passiflora incarnada. E em 15 de abril de 1920 também filia-se ao Partido Comunista Espanhol, que logo a seguir passa a ser Partido Comunista de Espanha. E neste ano nasce seu filho Rubens, e tres anos mais tarde em 1923 concebe a luz a trigemeas, mas devido as condições da saúde básica  do atendimento apenas uma sobrevive a Amaya.
  • Depois disto separa-se de Julian, que foi cumprir outros interesses na vida. Ligado a politica. Izidora Dolores em 1923 participa do I Congresso do Partido Comunista Espanhol.
  • A história reserva também o destino de que em 1930 a La Passionaria chega ao Comitê Central, e passa a ser redatora do Jornal "Mundo Obreiro", órgão do Partido Comunista Espanhol . E vê a queda da monarquia na Espanha em 1931, surge a Republica é quando Dolores vai para a Constituinte eleita pelo Partido Comunista nas Asturias. No jornal ela dedicou as questões femininas
  • Em 1931 ela acaba sendo presa e em seguinda em 1933. Dizia ela "Para vivir de rodillas, es mejor morrir de pié" no passaran.
  • Em 1934 ela visita Moscou e conhece Joseph Stalin. E logo preside o I Congresso das Mulheres Comunista da Espanha.
  • "A Espanha no Coração
  • no Coração de Neruda
  • no vosso e em meu peito
  • A Espanha da liberdade
  • e não a Espanha da Opressão
  • A Espanha da república
  • A de Franco Não"

  • A Frente Popular, vence as eleições na Espanha , mas a direita não aceita, e lança uma guerra civil para restaurar a monarquia. E nesta etapa da vida são tres anos de luta com aproximadamente quatrocentas mil mortes. Vão unir-se toda a extrema direita com Hitler, Mussolini e General Franco. 

  • Sendo que a extrema direita com um efetivo maior e com armas mais poderosas vence  o conflito. Ela precisou refugiar na União Soviética, hoje já extinta. E no exilio em 1944é eleita Secretaria Geral do Partido Comunista Espanhol. E em 1960 foi escolhida a presidente do Partido. E com a morte de Francisco Franco, em novembro de 1975 volta a Espanha. E permaneceu lider comunista até a sua morte em 12 de novembro de 1989.

  • Porém a Julio Anguita  dirigente do Partido comunista de Espanha, na ocasião de sua morte, disse:

  • "Dizem que Dolores morreste, que asneira, el vive em cada um de nós, que te amamos, comunista exemplar são todos que erguem os punho, ela que ensinaste que Partido  não se organiza para si mas para os oprimidos. Fecha os olhos camarada e dorme companheira."


  • E novamente é eleita deputada, e assim sabemos que foi ela quem imortalizou a frase "não passarão", frase dita durante um pronunciamento do ditador General Franco.

  • Eternizou Isidora  Dolores Ibarruri Gómez, e em cada canto deste mundo há opressão a sua frase ecoará, os punhos cerrados existirão, e a ideia de um mundo solidário, humanista, de pão, terra, paz existirá para atender as massas como um bem para a humanidade.Izidora Dolores Ibarruri Gomez, vive em nós.


  • Manoel Messias Pereira
  • professor e cronista
  • São José do Rio Preto-SP. Brasil
  • Membro do Coletivo Minervino de Oliveira.



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