Artigo - Sonhos infantis que se apagam - Manoel Messias Pereira

 



Sonhos Infantis que se apagam

Na Declaração Universal dos Direitos dos seres Humanos no seu artigo 3 Consta: "que todos tem direito a vida, assim como a liberdade e a segurança pessoal" Fruto da Assembleia Geral das Nações Unidas conforme a Resolução 217 A III de 10 de dezembro de 1948"

Esses direitos no Brasil cabe ao Estado garantir constitucionalmente, conforme podemos perceber se cumprir isto esta garantindo o direito de todos os seres humanos considerados cidadãos no Brasil assim como determina o dever do Estado. Porém no Brasil temos um estado falho.

As duas garotinhas negras ou afrodescendentes como determina a ONU, na sua orma de expressar, ambas brincavam na porta de sua resisdência. Umaera Emily Vitória da Silva Santos de 4 anos apenas a outrra Rebeca Rodrigues dos Santos. Duas simpatias, dois seres humanos, dotadas de sonhos infantis e uma só tragédia o tiros e os dois corpinhos caído ao chão, tentaram ir até a  uma Unidade de Pronto Atendimento, mas já eram dis pequenos cadáveres.

A tragédia ocorreu na Comunidade do Barro vermelho em Duque de Caxias, região metropolitana do Rio de Janeiro. Os sonhos das duas crianças foram interrompidos na sexta feira a noite no dia 4 de dezembro e foram enterrados tristemente  no sábado dia 5 de dezembro de 2020.

A ideia da familia das duas garotinhas é de abrir um processo contra o Estado, que tem o dever constitucional de garantir a vida de quaisquer cidadão independente da cor, da cionalidade, da religião, mas não garantiu. E neste momento não havia  no local nenhuma operação policial. Mas a policia estava no local, ou seja a representação do Estado fatídico.

A familia não quer  indenização, quer justiça, e no sábado houve um simples movimento de protesto de indignação na Praça do Pacificador. E segundo os moradores os policiais abordaram duas pessoas que estavam numa moto. Houve disparos e duas meninas infantis mortas.

E nisto a familia tem razão o Estado mostrou -se omisso e não deu sequer satisfação, o pai de Emily, Sr. Alexsandro dos Santos, que também  tio de Rabeca, pediu justiça apontando a policia que estava na rua.

Com essas duas mortes já são oito vítimas, todas crianças e todas negras. São sonhos que vão se apagando.

Em entrevista a Rede Globo a porta voz da Policia Gabriela Dantas confirmou o recolhimento das armas dos agentes envolvidos  no incidente e afirmou ser leviano apontar  os policiais pelas mortes das duas meninas. Assim é leviano apontar qualquer um que seja suspeito do duplo homicídio.

Porém se os policiais atiraram são homicidas, são criminosos de morte em duas pequenas meninas que não ofereciam risco algum. Se não atiraram deveria fazer o seu trabalho de protetor da sociedade e cumprir o dever do Estado que é de grantir a segurança a todos. Mas a omissão no caso do Estado do Rio de Janeiro, parece ser maior, do que garantir o direito constitucional da vida conforme Consta no Artigo 5 da Constituição Federal.

Diante disto  nos resta indignar até quando teremos esse teatro macabro, que desenrola com morte graças a ineficiência, a incapacidade e a política racista de um Estado genocida que inclusive tem tendência seletiva em matar crianças negras ou a juventude negra. Se não é talvez seja pura coincidência. Mas a linha de raciocínio é para que todos possam ter a plena liberdade de pensar e expressar.


Manoel Messias Pereira

professor de história

São José do Rio Preto-SP. Brasil



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