Crônica - A saudável dúvida política - Manoel Messias Pereira

 






A saudável dúvida política

É preciso que todos os dias formulemos a nós mesmo algumas questões que parece básica, mas que precisa ser literalmente elaborada tantos nos conceitos quanto nas nossas praticas quotidianas, para que possamos todos os dias nos entender como ser humano coerente com o papel de ser pensante, ser filosófico e de um possível construtor de caminhos.

E a noção que todos precisam se responder é o que entendes por Estado, por sociedade e por governo. Inclusive vejo uma certa confusão até explícita do ponto de vista da imprensa, da academia, e essas respostas podem nos dar uma luz, para guiarmos os destinos e os rumos que tomamos politicamente.

Para mim o Estado é uma montagem necessária para gerenciar, para ser centro de equilibrio entre o processo de desigualdade das pessoas. Mas esse Estado está a serviço de um grupo, de uma classe e com base nisto organiza-se as suas relações sociais. Eu entendo que não há um processo democratico pleno e pelo que entendo ou que  conceituo democrático. Pois a democracia para mim é aquela em que o povo exerce a sua soberania. Mas que soberania exerce um povo que vive na exclusão? E que eqilíbrio exerce um Estado que permite isto acontecer? Ou seja a bússola que estabelece o caminho a seguir tens viés burocraticos e ideológicos, que permite abrir o fosso e aprofundar entre pobres e ricos e entre brancos e negros, entre indios e moradores urbanos e quem só vive acertando os numeros do capital, pelo visto esquece do acolhimento social. E este é o estagio ideológico capitalista que encontramos no Brasil.

Em relação a sociedade entendo que ela é fruto do sistema social que cristaliza a desgraça e permeia todos acharem normal serem desgraçados e desgraçadores. Essa sociedade criam desentendimentos sociais, desintegram seres humanos e suas famílias e se fazem de ordem e progresso como escrevem ou copiam uma frase ditatorial da Bandeira Nacional brasileira, a desordem violentamente. Essa sociedade ela esquece de ser solidária, mas apresenta-se solidária se houver uma vantagem politica, entre os seres da mesma espécie, ela não é isenta, mas se faz de santa, e apresenta milagres surreais, como se fosse algo natural. Ela se diz humana mas é apresenta um humanismo todo cheio de contradição em relação aos seus outros seres humanos. Há roubos tantos físicos, quantos virtuais, há conflitos sem mediadores há desdenho social de quem governa, há descontrole e o uso de armas como forma de pacificação. Essa sociedade não é coletiva é individual, traçoieira e perigosa.

Quanto ao governo vejo o resultado de uma sociedade de hipócrita em que os donos dos meios de produção,  precisam de terem testa de ferro para garantir, os seus lucros. E estabelecem em tempos de eleições um conjunto de medidas capazes, de ver eleitos os seus iguais. Ou seja os meios de produção por aqui convivem numa superestrutura capitalista. Detém muitos lucros e acertam misérias e esmolam como salários. Os salários são aprovados pelo parlamento, portanto legislativos que sabe da lógica do aperto financeiro de todos os seres humanos que residenm no país, que sabem que não dá para viver plenamente com o que se paga. Mas esses donos de produção sabe que precisam vender inclusive produtos não essenciais a vida e inclusive venenos junto com a comida, para desgraçar ainda mais e adquirir novas doenças. Mas coloca tudo num pacote de desejo como se fosse algo muito necessário. O governo com seus poderes constituídos está sempre atendendo aos interesses destes donos de meio de produção. Aos que fazem as leis, aos que determinam a execução e os que possibilitam a discussão ou rediscussão social e até judicial da vida. Portanto governo é o capacho das elites. Geralmente ele é finaciado pelas elites e não para resolver, governar, dar soluções aos problemas. Mas para garantir o andamento dos lucros dos empresários. Portanto vivemos a ditadura burguesa empresarial. Usando a expressão burguesa pois nas cidades que renascem pós feudalismo, os seus moradores eram habitantes dos burgos. Portanto burgueses, e dali nasceu a ideia do patrão e do empregado, enquanto o Estado vivia do imposto, para garantir a segurança, a repressão aos despossuídos e a ilusão de que era necessário para ser o equilíbrio balizador das convenções sociais. Portanto o que contam sociologicamente é mentira.

A partir destas premissas podemos saber quais são as ideologias que trazemos conosco, e quais grupos a que pertencemos e quais rumos tomamos nas eleições já que por aqui no Brasil isto  ocorre de dois em dois anos.

Outras perguntas poderemso fazer e também responder, como por exemplo o Estado que sonho e o que vivemos e a diferença que podemos gostar ou desgostar. E depois disto é se o governo governa ou desgoverna e responder o por que. e por fim definir a ideologia que acreditamos e aquela que está´presente e os objetivos que acreditamos no que pensamos e no que sentimos.

Essas perguntas serão importantes para sempre dar rumos ou norte aos caminhos sociais e politicos de cada um porém essas perguntas finais deve ser a chaves para uma outra reflexão.

 Por ora apenas deixei a minha opinião sobre o Estado, a Sociedade e o governo. E se pelo menos não respondo a todas as expectativas, deixou a dúvida como algo saudável a ser perseguida. Abraços.


Manoel Messias Pereira

proessor, cronista

São José do Rio Preto-SP. -Brasil.



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