Artigo - Mauricio Tragtenberg e suas críticas como reflexão social - Manoel Messias Pereira


 Mauricio  Tragtenberg e suas críticas como reflexão social

Mauricio Tragtenberg, nasceu em Getúlio Vargas no interior do rio Grande do Sul, no Brasil, no dia 4 de novembro de 1929, localidade que não deveria ter esse nome óbviamente, pois foi quando Getúlio Vargas iniciou o seu golpe de 1930 chamado de Aliança  Liberal e chega ao poder retirando o presidente eleito Washingtonn Luis. E Maurício  faleceu em 17 de novembro de 1998 em São Paulo, tendo estudado e formando-se em sociologia, trabalhou como professor na gradução e na pós graduação universitária, foi escritor, marxista, anarquista e nisto reside a sua grande importância para o Brasil e o mundo. Deixando para um povir sua grandiosa e radiante contribuição intelectual.

Nasceu ele numa família judaic e camponesa e seus avós emigrarm pra o Brasil e instalaram-se no interior do Rio Grande do Sul, através de um programa de colonização financiada pela Companhia judaicade colonização. e praticavam uma agricultura de subsistência, sendo que o excedente vendiam para o mercado.

Começou a ler e escrever na escola pública em Erebango depois em Erechim que funcionavam num galpão. Porém a sua familia vai morar em Porto Alegre e ele passa a frequentar o Grupo Escolar Luciana de Abreu. E logo transferem para a cidade de São Paulo vindo morar no bairro Bom Retiro. E em São paulo frequentou a escola ortodoxa judaíca, que além das materias comuns também estudava o hebraico e o iídiche que é uma mistura de línguas surgidas do alemão medieval na intenção de conversar sem que os cristãos pudessem interferir.

Após a morte de seu pai começoua a trabalhar teve contto com o partido Comunista Brasileiro -PCB, e o Partido Comunista do Brasil, mas foi expulso por questãos relativa aos contatos com os trotskistas, obras que ele leu e releu e na época torna membro e fundador do Partido Socialista Revolucionário ligado a quarta internacional ,junto com outros camaradas entre as quais a Pagu, o Florestan Fernandes, o Herminio Sacchetta.

Conversava com muitos intelectuais entre as quais o Antonio Cândido que solicitou que fizesse o Vestibular da USP e pelo visto foi feito, entrando em Ciêncis Sociais, e um ano depois entrou no Curso de História, e no período da ditadura escreveu a sua tese de doutorado em politica. E teve inicio a sua carreira de professor ele que antes trabalhou no departamento de água em São Paulo, lecionou na graduação e na pós graduação, da PUC, da Unicamp, da USP e na fundação Getulio Vargas. Era chamado de o autodidata. Excelente estudioso e anarquico.

A professora Ana Paula Paes de Paula, analisou num trabalho Mauricio Tragtenberg, no campo crítico da administração e afirmou que as suas três contribuições são a) marxismo anarquizante que permeia o seu pensamento, b) a crítica a burocracia. c) a crític das teorias administrativas e a crítica da co gestão.

e a Professora Ana Paula estabelece que essas criticas dele estão ligadas a uma moldura ideológica teórica que sustentam os seus pensamentos libertários e sua defesa da auto-gestão. É o pensamento que resgata a utopia anarquica aproximando o caminho para a organização que pode ser realizada de acordo com uma perspectiva;

 1)Critica da burocracia como fenômeno de dominação e da visão de Weber como seu ideológo mas esclarecendo que o proprio Max Weber é um dos maiores críticos da burocracia.

2)O estudo das teorias administrativas como produto da formação socio econômica de um determinado contexto histórico que materializa-se em divisão entre planejador e eexecutor do trabalho, perpetuando a opressão do trabalhador e sendo uma pedra na sua autonomia.

3)a crítica da Ideologia participativa presente nas experiências de co- gestão e a defesa da auto gestão como saída tanto para a emancipação dos trabalhadores quanto da sociedade civil.

E seus estudos profissionais identifica-se diversas escolas sociológicas, desde Max Stirne dos de Josuh Warren de EUA na defesa irrestrita da liberdade individual, opondo-se a Marx e demais anarnarquistas pois não propõe modelo coletivo de produção.

Assim como a escola mutualista representado por Proudhoon  num pensar intermediário entre o modelo industrial e o socialismo.

E o socialismo em duas correntes o coletista encampado por Backhunin que propõe a fusão entre a teoria e Proudhon como organização livre dos produtores independentes e a teoria socilizante da produção coletiva em que cada um deve ser remunerado de acordo com o seu trabalho. E a segunda corrente vita por ele é o comunismo defendido por Kroptkin e Malatesta que estudou a familia de Backhunin e a compatibilidade entre anarquismo e comunismo. É pelo que entendi.

Por´m encontramos o trabalho descrito de Pedro Roberto Ferreira, num estudo de Antonio Ozaí da Silva sobre a militância de Maurício Tragtenberg, ele como educador, disse que a crítica marxista e libertaria dele supões um ser social desvencilhado de qualquer exploração econômica e dominação politica e que nessas condição de liberdade e solidariedade incomum, não conduza mediações que possam repor situações já perdidas e superadas. e confessa que ainda na juventude Tragtenberg como operário como comunista reune vivencias políticas para iniciar a crítica à vanguarda revolucionária, em princípio , por verificar que no seu âmbito não se aprimora uma educação teórica marxista e a prática politica costumeira reduz o militante a uma correia de transmissão de comandos autoritários. e o operário militante se reproduz desta maneira e dele se espera numa condição taylorista apenas um fazedor de tarefas, sem reflexão e poder de decisão.

São esses os apontamentos que podemos dizer que permite ver maurício Tragtenberg como alguém de posicionamento antiautoritário, que vem fortalecer intelectualmente nossas críticas além de também privilegiar  o nosso autodidatismo. Embora organizado dentro de quaisquer células temos que entender-nos nos limites que propões a organização partidária. E as nossas críticas não podem ser soltas aos ventos como folhas de outunos a espera do inverno. Elas precisam florescer como as flores da primavera e entender o que o verão é quente como a realidade em que construímos passos e degraus, temos que caminhar e subir no nossos sonhos revolucionários. Abraços.


Manoel Messias Pereira

professor de história, cronista e poeta

São José do Rio Preto-SP. Brasil

 




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