Artigo - Depoisde 27 anos do assassinato de Melchior Ndadaye - Manoel Messias Pereira



Depois de 27 anos do Assassinato de Melchior Ndadaye 




 Quando era aluno do curso de africanidade recordo que o professor de antropologia Kabele Munanga, dizia que a história dos povos africanos nas suas multiplas culturas,sempre viveram relativamente em paz, por mais de cinquenta mil anos de existencia da especie humana. Porém após as guerras e o processo imperialista, muitas das ideologias e a cultura europeia foi incorporada a cultura africana.

E entre tutsi e hutus, os conflitos iniciaram entre eles após a segunda guerra mundial, e a ideia de que tutsi era superior doque aos hutus é outra coisa, que deu errada. Essa idiea de superioridade racial é coisa incorporado do fascismo. E foi exatamente isto que tutsi acreditou porém eles são minorias. Outra cultura estranha aquele povo era essa eleição alicerçada nos valores da democracia burguesa. Os hutus vendo-se em maioria determinou façamos as eleições. E assim numa eleição democratica a maioria vence.

Como vemos na história de Burundi a primeira eleição democrática foi vencida em 1993 por Melchior Ndadaye, que era um intelectual com diversos texto em forma de artigos publicados, assim como o seu livro intitulado "Burundi Nouveaucampanha 1992/1993. O primeiro da etnia hutus, e o primeiro eleito democraticamente, algo que nos mais de cinquenta mil anos não tinha importancia alguma. Porém os valores capitalista, do ser dono da terra do pedaço, dono de toda a natureza do ar, da agua, da vida das outras pessoas chegou aquele lugar. e com ele as armas e os pensares ditatoriais e até a idei de que há um ser superior neste planeta. O que não fazia parte da nem sentido na vida destes africanos, que nem fronteira conhecia pois a terra era um bem da humanidade.

Porém Melchior vence as eleições e fica três meses no poder e é assassinado em 21 de outubro de 1993. E por seu assassinato o Supremo Tribunal do Burundi neste dia 20 de outubro de 2020, sai a condenação do ex-presidentePierre Buyoya e outras pessoas, das quais dpaltp escalão todas envolvidas no assassinato de melchior Ndadaye.

Boyoya é hoje representante da Unidade African UA, para o mali e Sahel desde 2013, e não esteve presente no julgamento, e afirmava que esse julgamento tinha motivação politica.

Além destes 19 seres humanos conenados a prisão perpétua, incluen-se mais outros ex-funcionários que receberam pena de 20(vinte ) anos de prisão, e apenas o ex-ministro Antonio Nduwayo, foi absolvido. 

O ex-vice presidente Aphonse Marie Kadege, o tribunal impós a multa de US$ 52 milhões, traduzindo para o real no Brasil 291,5milhões de reais aos culpados.

O histórico do presidente Pierre Buyoya comandante da etnia tutsi foi de duas presidencias no país a primeira de 1987 a 1993 e a segunda 1998 a 2003 e sempre chegou ao poder por meio de seu golpes. Os tutsi rejetaram a autoridade de um hutus e apos a sua morte o país enfrentou uma guerra civil de proporcões violentas muito parecida com uma guerra imperialista, em que morreram nestes doze anos 300 mil pessoas.

Em janeirode 1994 uma cordo de compartilhamento do poder foi negociado, o que levou as eleições pelo Parlamento de Cyprien Ntlarymira, mas que em 6  abril de 1994 falece num acidente de aviação juntamente com o presidente ruandês Juvenal Habyarimono. E novas negociações produziram a Convenção de Governo assinado por 12 partido politico em setembro de 1994 acordo que deu a presidencia ao Prodebus (Front pour la Democratie du Burundi) e o Primeiro ministro do partido UPRONO (Union de Progres National) dominado pelos htutsi que nasceu a independencia, portanto de uma minoria. O sistema de veto resultou numa paralisia do poder presidencial e parlamentar e á perda do controle do exercito. O secretario da ONU pensou numa força multinacional para a Manutençaão da Paz. Os Hutus falavam em democracia, lógico eram a maioria no estado representavam 85 % da população já os Tutsi endendiam eliminação e foi assim que começou uma grande matança primeiro entre as etnias que se conrontavm e depois onde estavam a população hutus. Foi muito sangue que correu.

Hoje quando vemos  o resultado destes processos que correram anos 27 (vinte e sete anos) e portanto vem com uma esperança de humanidade refletida ao longo do tempo e do espaço, embora saibamos que isto é apenas uma fratura inclusive na Unidade Africana. Pois o principal envolvido como o presidente Pierre tem um cargo no alto escalão da entidade Africana. E o interessante que tudo isto ocorre quando é aniversário da carta Africana dos Direitos Humanos e dos povos africanos e afro descendentes a carta de Banjul, que nasceu em 21 de outubro de 1986.

Oxalá que os homens possam ter mais juizo e respeito pelos seres humanos e por toda a natureza. 

Manoel Messias Pereira

professor de História
membro do coletivo Minervino de Oliveira de São José do Rio Preto-SP
membro da Academia de letras do Brasil-ALB Cadeira 23


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