Crônica - Diálogo para o café - Manoel Messias Pereira



Diálogo para o café


 A Política deve residir  dum olhar do diálogo, é uma palavra de origem grega, e encontramos essa palavra nos escritos de Aristóteles e anteriormente nas obras de Platão. Expressa a organização auto -consciente das questões referente as cidades -estado grega. E para começar a conversa pegamos vamos tomar um gostoso café.


Com o tempo vimos surgir a palavra  "Pólis" enquanto cidade-estado, mas também democracia e pátria. Nas quais os cidadãos se sentiam partes integrantes e nas quais se projetavam um ideal de si mesmo.

Hoje política significa, direito dos cidadãos, mudanças de vida e de comportamento geral do Estado.

Comportar-se como cidadão é agir público e para um estado de coletividade.

O grande lance da política na minha opinião encontra-se nas obras de Karl Marx, que prepara o caminho para o método científico, em seus escritos, que de princípios foram chamados de imaturos porém hoje identificamos com o principal teórico revolucionário, dentre tantos intelectuais que de diversas corrente do pensamento humano.

A atuação política segundo Marx, não poderia ser separada da maneira da qual esse homem se relacionam entre si, pra produzir riquezas. Isso é perceber a realidade social com a totalidade, em que uma dimensão, um aspecto, um elemento do real só pode ser compreendido em relação a um conjunto.

A realidade social não é orgânica, harmoniosa como pensam os positivistas. Mas totalmente conflitiva, composta em partes que aparentemente são integradas, mas no fundo guarda a incompatibilidade entre si, o que impulsiona a realidade social a transformar continuamente, seguindo um movimento perpétuo.

E desta forma nada é eterno e absoluto. E assim a frase que Marx gostava na literatura de "Fausto de Goethe", que dizia "tudo que existe merece perecer', ou seja um dia acaba. E no Manifesto Comunista, Marx e Engels escreve que "tudo que é sólido desmancha no ar".

Na lógica descobrimos com Marx que no capitalismo há uma essência o capitalista sempre paga o trabalhador, não pelo que ele produz, mas num valor que garante-o vivo, pra continuar produzindo a riqueza dos capitalistas. A riqueza é produzida por todos que trabalham mas apenas uma minoria apropria-se dela. e este é o segredo do capital e o calcanhar de Aquiles do capitalista. E é nesse sentido que a luta de classe ainda continua sendo o motor da história, portanto o capitalismo não será eterno.

Hoje vem de uma nova forma como terceirização, que é uma precariedade dos direitos trabalhistas, que foram arrancados na última reforma, organizada pelos politiqueiros golpistas que teve início com a orquestração do impeachment da presidente Dilma Vana  Rousseff. O que é importante é que chamam  tudo de globalização, como se tudo estivesse  porém é a exploração global, em que a mão-de-obra vai sendo pauperizada, e o movimento de defesa do trabalhador cooptadas por governos e por organizações do capital, afim de enfraquecer todos  esses movimentos.

E nisto a partidos que se julgam de esquerda mas mete-se em fazer conciliação de classe, prova do gosto doce das sacanagens politicas costumeiras, do Brasil. E ao invés de denunciar de cortar de romper, ficou difícil pois quem abraça com a merda tem e fica com cheiro do esgoto até o pescoço. E com isto a elite que tens os meios de produção, tem todo o judiciário, tem todo ou quase todo o Congresso e o mais importante a dizer tem o pensamento dominante ideológico, usa a luta de classe ao seu favor, em favor de uma minoria arrebenta esse tal partido que era considerado de esquerda mas que escorregou para o centro e se ferrou em todo os sentidos latus e stricto sendo da palavra e da verdade sociológica.

Daí a ideia de que o trabalhador precisa ter em suas mãos o poder político, consciente de seu papel na história, na sociedade frente aos capitalistas. Se perde pois esse trabalhador ou seus representantes estavam no exato momento utilizado o jogo que não eram deles. E o trabalhador esqueceu que num poder politico temos que ser radical do ponto de vista ético, moral, ideológico e propor a teoria revolucionaria coletiva a todos. Como um papel de luta coletiva

O Estado não é mais do que a expressão da sociedade civil (miséria da filosofia). O Estado é a expressão política dos antagonismos de classes na sociedade. E se a burguesia for a classe dominante como é hoje ela também é o Estado, inclusive as regras são burguesas. No Brasil, as falcatruas envolvendo empresas, concorrências, apoios em campanhas políticas que viram barganhas são inúmeras. O chá de corrupção toma conta do Congresso e dos poderes devidamente constituídos. Basta observamos um parlamento qualquer do País, que o assunto em relação a sacanagem política fica bem acentuada nas falas dos parlamentares, desde um pequeno município, nas Assembleias legislativas estaduais e até no Congresso Nacional, ou seja o desrespeito com quem vota é um assunto imensamente engasgado na garganta de todos os brasileiros.

É preciso superar esses caminhos, de deficiências políticas, esse caráter exploratório econômico e esse desrespeito democrático tão arraigada nas nossas instituições que apresentam-se as vezes sinais de apodrecimento cultural. e essa ideia de muita concentração de rendas por parte de uma classe social em detrimento de todos ou de uma classe social específica que são os trabalhadores operariados ou camponeses, essas terras devolutas ou latifundiárias nas mãos de poucos pra especulação. Precisa ser melhor distribuída. e essa nossa ciência e tecnologia precisa ser revertido em benefícios de todos os brasileiros sem privilégios feudais, ou nobres, ou até mesmo burguês.

O povo precisa entender que o Poder Político deve ser estabelecido para servir as massas e não para reprimir, e o povo é o poder e se o povo é quem dirige, que tens os valores ideológicos, suas teorias revolucionárias, óbvio que a ideologia é socialista, pois vivendo como estamos na ditadura da burguesia com os salários estabelecidos no Brasil temos é esmola, temos é desrespeito, por isso temos que repensar a politica sim.

Hoje quando falam no Brasil na sua Independência que adianta ser independente se continuam dependes e o próprio presidente repassa toda a riqueza para outro país como se estivesse vendendo ovos, basta ver o pré-sal, e povo não sabe qual é o o lucro liquido e bruto e como esse dinheiro vai constituir de benefício a todos. disto, nunca vi um balancete público, e  se tiver é foi forjado esse país utiliza-se de mentiras e elegem-se com mentiras, assim como a Lava-Jato, mostrou a Justiça farsante com apoio dos órgãos como a Cia norte americana aqui vemos uma tal de "rachadinha" e compra de imóveis  pagando os  com dinheiro vivo. E é um crime praticado na família do presidente que não tem caráter nenhum, brio ou coisa assim. Se não sabia deveria ficar indignado e querer a imediata apuração de tudo. Se sabia é cumplice e cumplice de crime que não denuncia também é um criminoso. E pior com um cargo maior do Poder Executivo brasileiro.

Enfim não temos um poder popular, e não temos mecanismos de acompanhamentos, apenas estamos jogados as traças e o Congresso que deveria ter respeito porque em tese seria os representantes do povo. Aquele que iria fiscalizar o executivo. É uma piada de mal gosto, é a raposa que toma conta do galinheiro. Pelo visto jamais vi cumprir a sua função constitucional. E coitado do povo brasileiro, que as vezes se reveste de idiota, as vezes de mal caráter, as vezes de ignorante, pois é para eleger um porcaria desta, temos um porcentagem da população bem estúpida. Bem mas tomemos o café senão esfria.


Manoel Messias  Pereira
professor e cronista
São José do Rio Preto- SP.




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