Cronica - Brasil 19 anos depois da Conferência de Durban - Manoel Messias Pereira


 


BRASIL 19 anos depois da Conferência de Durban

Vejo no mundo que as conferencias dadas, as ideias dadas são que o racismo é algo que está postos descritos, conscientizados, mas ele continua desenfreado. Lembra da III Conferencia Mundial de Durban, contra o Racismo, a Xenofobia e todas as formas de Intolerâncias e Correlatas,  em que 173 países participaram. Foi apenas um teatro para o esquecimento.

Vi e recordo que o governo dizia que não havia racismo no Brasil, lembra-se que o atual governo também reafirma que não há racismo no Brasil. Lembra-se que a violência, continua abater os nossos ovens nas periferias, lembra-se que a intolerância religiosa, que é o racismo no contexto das Igreja e com alto poder social, ainda continua a exitir inclusive nos parlamentos. Como Câmara de Vereadores , Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional. Lembre -se que a fundação Palmares hoje nega a história e a presença do próprio negro.

Lembra-se que o fator importante foi no III Conferencia Mundial, foi a ONU ter feita a Convocação e realizar um evento e isto oi uma vitória, lembra que 173 países admitiram que a escravidão foi um crime contra a humanidade. E não há como negar que isto foi um marco histórico destas nações ter assumidos que o tráfico transatlântico de escravizados trouxe consequências nefastas aos povos indígenas e povos afros os afrodescendentes. e que o processo escravagista está na raiz do racismo, da intolerância e marginalização racial.

E que o ponto negativo desta III Conferencia veio da postura dos Estados Unidos que abandonou a Conferencia juntamente om Israel, que não discutiu e que não permitiu o diálogo em relação a Palestina, e os desmandos  e o desrespeito cometidos por essas nações aquele povo.

Lembra-se que o Ano Internacional contra o raismo proposto pela ONU, marcou o iníco da campanha armamentista dos Estados Unidos da América no governo de Gerge W Bush e seus aliados, que intitularam de Liberdade Duradoura, onde prevalece a força da Intolerância, da arrogância e prepotência.

Eu recordo que o Brasil foi para a Conferencia com 1500 delegados, que teve a Doutora  Edna Roland como secretária da Conferência, e que para a conferencia nacional tivemos reflexões provinda de todas as partes do Brasil e que o Encontro Nacional contou com a presença de figura como Iyoli Shakar Sing, e só sei disto devido a imprensa eu não estava no Rio de Janeiro, onde tinha a competente governadora Benedita da Silva, que como negra também á teve dores contidas devido a humilhação do que é ser negro no Brasil. Além de lidar como ela disse para uma extinta revista "O avanço das práticas neoliberais, parece ter demonstrado que o relógio parou, caminhou algumas horas para traz. Mas o impulso igualitário foi contido por uma espécie de darwinismo que justificaria as deigualdades como algo natural da vida a ser aceita sem contestação. E isso explica o sentido xenófobo crescente por razões raciais, econômicos e de origem".

Eu não esqueci os relatos que fiz e que publiquei em são José do Rio Preto para o Diário da Região, em que disse que a escolha da África do Sul estava em razão da figura histórica de Nelson Mandela, na qual contribui participando do Projeto Amndala para a sua soltura, e recolhendo assinatura  para que ele pudesse receber o título de doutor Honoris Causas pela Universidade Federal do Rio de janeiro. Porém a preocupação principal eram os pedidos de reparação feitos por diversos povos do mundo vítimas do processo de racismo e intolerância.

Estivemos na etapa estadual, e no trabalho das palestras e preparação o Estado esteve bem representados de São José do Rio Preto-SP, participamos eu e professor  José Carlos Galvão de sociologia.

Os meus sonhos e os sonhos de milhares, ficou frustrados quando encontramos com uma organização governamental que chega ao poder negando o processo escravocrata afirmando em campanha politica que portugueses nunca estiveram na Africa apresentado um saldo de mortes. Se consultar o Eco-debate, em 2018 consta que tivemos no Brasil 12.000 mortes por ódio racial, o blog do Correio Brasiliense fala em 65, 6 mil, se consultar genenronumero.media veras que eles mostram 33 casos de odio racial neste 2019. E se olharmos pra os Estados Unidos, o tanto de assassinatos por ódio racial vão se multiplicando. 

Eu não esqueço de pessoas jovens negras que morreram, e que deixaram sonhos e famílias desoladas, eu não esqueço a menina Agata Felix, de 8 anos, de Margareth Teixeira de 17 anos, de Diogo Coutinho de 16 anos, de Henrique de Jesus 19 anos, de Gabriel Alves 18 anos, Tiago de Freitas de 18 anos, Lucas Monteiro de 21 anos de Kauan Vitor Rozenro de 11 anos. São parte de outras tantas morte de jovens negros, conhecido no  mundo todo por ter agentes e outras pessoas escondidas num manto sagrado do sistema capitalista assassinado o futuro do país.

Diante do que sei é que o racismo esta cristalizado, esta naturalizado, e isto mostra que ele não causa nenhuma comoção pois é parte do sistema capitalista, do processo de exploração de dominação. E portanto a saída é outra, achamos que as conferências as lutas são os marcos que o sistema permite, além disto as resoluções é que  preciso por abaixo esse sistema. Pegando o gancho de Benedita da Silva, parece que o relógio caminha para trás. Creio que por fim ao sistema é propor uma luta revolucionaria numa frente libertaria, usando uma ação marxista popular.

Manoel Messias Pereira

professor de história

Membro do Coletivo Negro Minervino de Oliveira de São José do Rio Preto-SP.



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