Artigo - A denúnica de Dawn Wooten pode ser parte da Esterilização como arma política estadunidense - Manoel Messias Pereira

 


A denúncia de Dawn Wooten pode ser parte da Esterilização como arma politica Estadunidense.

Nesta semana no dia 16 de setembro de 2020, a enfermeira Dawn Wooten, denunciou que um ginecologista fazia histerectomias que é a retirada do útero por intervenção cirúrgica, e isto feito em massa nas pessoas que estão ali detidas num centro para imigrantes localizado na cidade de Irwin no estado da Geórgia. Esse fato chegou até as autoridades migratórias e ao parlamentares que disseram que vão apurar a denúncia, e pelo que sabemos os deputados social democratas querem apurar tudo com rigor. A deputada Nancy Pelosi, democrata disse que repudia essa ação médica, pois trata-se de uma violação dos direitos Humanos e isto é assustador.

Porém a médica Ada Rivera do serviço de Alfândegas e Imigração (ICE) dos Estados Unidos da América nega o crime.

Enquanto brasileiro e historicizando as relações humanas, entre os Estados Unidos da América e o tratamento dado em relação as mulheres do antigo Terceiro Mundo como referiam-se as mulheres da América Latina da África e da Ásia, do chamados países em desenvolvimentos, e recordo do documento  que antigamente era chamado de secreta que nada mais nada menos do que o referendo NSSM 200, em que o país imperialista norte americano recomendava a esterilização das mulheres, como uma arma política.

E neste contexto em 1986 o Brasil tinha 41,8% das brasileiras de 15 a 54 anos que recorriam aos métodos anticonceptivos eram submetidas a cirurgias de ligação de trompas que impedia a fecundação. E segundo o IBGE e o Ministério de Saúde aproximadamente 25 milhões de mulheres foram submetidas a essa pratica. e isto desempenhou uma relevante na redução das famílias brasileira. conforme foi divulgado pelo extinto Caderno do Terceiro Mundo. Numa matéria da jornalista brasileira Patrícia Terra, cujo todos os elementos deste artigo está alicerçados no seu trabalho.

O que sabemos é que a esterilização não é uma coisa legal em relação ao governo e que não deveria prevalecer entre os métodos conceptivos utilizados. E essa cirurgia condena a mulher a uma infertilidade definitiva.

Diante disto creio sim na veracidade das palavras da enfermeira Dawn Wooten, que inclusive trabalha neste centro. 

Já em relação ao memorando americano era um documento codificado como National Security Study Memorandum 200 (NSSM-200), determinam o controle de natalidade em 13 países , como o Brasil, Índia, Bangladesh, Pasquistão, Nigéria, México, Indonésia, Filipinas, Tailândia, Egito, Turquia, Etiópia e Colômbia. Esse é um documento oriundo do Conselho de Segurança e foi inicialmente datado de 1974. Na época Henry Kissinger que chefiava o Conselho Brend Scowcroff e era assessor de segurança Nacional da Casa Branca, enquanto que George Bush (pai) que mais presidente dos estados Unidos da América, era diretor da CIA. E esse documento parecia na época bastante sinistro.

E assim em relação ao Poder e a raça a redução populacional nos 13 países citados, os estados Unidos da América planejavam evitar que essas nações crescessem desenvolvessem a ponto de alcançarem status de potências mundiais. e preservando os recurso naturais destes tais países para que mais tarde fossem  aproveitados pelo próprio estado Unidos da américa.

E outro motivo secreto era segundo o documento fazer o melhoramento racial na humanidade a fim de não degenerar a raça anglo-saxônica. E em relação ao Brasil que é uma diversidade culturais imensa, o Memorando dos Estados Unidos da época parece que coincidia com II Plano Nacional de desenvolvimento do governo de General Ernesto Geisel.

O II PND afirmava que o Brasil ainda se coloca  como país subpovoado, em relação à disponibilidade de terra e outros recursos naturais. Como país soberano , se pensa no direito de adotar posição consequente com essa verificação de ser ainda subpovoado, ou seja deixar que a sua população crescendo com taxas razoáveis, para efetivar seu potencial de desenvolvimento e dimensão econômica.

Esse documento tem como justificativa os interesses estratégicos dos estados Unidos da América. E assim como a localização de reservas minerais de mais alto teor da maioria dos elementos, favorece uma dependência crescente de todas a regiões industrializadas, em relação a importação dos países menos industrializados.

Em relação a questão agrícola encontramos o seguinte teor "O documento ameaça ainda com uma série de desastres agrícolas, que poderiam transformar alguns países menos desenvolvidos em casos malthusianos clássicos, com a fome de milhões de pessoas."

Observando Fernanda Carneiro do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e da Ecologia Humana-Cesteh/Fiocruz, a ideia da função reprodutiva como social e politica, no capitalismo industrial se deu entre o final do Século XVIII e do Século XIX, por Malthus, que pela primeira vez teorizou sobre a correlação entre o crescimento populacional e a produção econômica de alimentos e recursos não renováveis afirmando que o aumento demográfico é uma ameaça permanente à distribuição igualitária de aumentos. E isto hoje diziam que já estavam ultrapassados, mas países no seu contexto capitalista e imperialista politico econômicos usavam em paíse como o Brasil como se aqui fosse laboratório e ainda hoje continua a usar.

e todos esses dados que parecia alarmantes quando surgiu o HIV e a revista "Executive Intelligence Review divulgou o conteúdo de 1988 ainda no governo de Ronald Regan e que tinha como vice Georg Bush "Dissuasão Seletiva", que na seção de análise demográfica, este estudo norte americano colocava a epidemia da Aids como fator auxiliar no plano norte americano de controle de natalidade mundial. E dizia se o numero de infectados subir a 20% da população, as mortes poderiam começar a cancelar o crescimento mundial da população. E dizia na época que os Estados Unidos tinham recursos limitados na época e que aquele país tinha que empregar todos seus esforços  em função da planificação demográfica através de armas novas.

Hoje estamos em 2020, vivemos um nova epidemia como Covid 19, algo que surge neste cenário politico econômico, capitalista, industrial, científico do nada. Surge diante da incapacidade de resolução e todos lutam por uma vacina. Por outro lado observo no Governo brasileiro em relação aos poderes constituídos, de pessoas que mantem o fascismo como politica pública, que se antes Hitler queimou livros, hoje no Brasil queima -se florestas, se há recursos naturais, hoje esses recursos estão imigrando politica e economicamente para os Estados Unidos da américa com anuência do Congresso Nacional e do governo executivo, favorável a entrega total de nossas riquezas. Hoje sabemos que até a Fundação Palmares que deveria realçar a cultua afro brasileira, tem no seu representante executivo legal alguém contrario a toda extensão cultural afro e sim defende, os tomadores de leite brancos, simbolicamente. Sabemos que o professor Darcy Ribeiro dizia que o Brasil vai se tornar um pais senil devido ao genocídio de nosso povo. Mas sabemos que há uma política de extermínio e prisões principalmente dos governos estaduais na periferia de pobres e negros em massa. Lembramos que em 1986 houve peças publicitárias de teor racista e fascistas, conforme acusou a médica Jurema Werneck, onde havia uma mulher negra num lençol branco  e com a legenda  se chora de barriga cheia, ou do menino negro com a corrente no pescoço canivete nas mãos e tarja nos olhos, com a legenda  defeito de fabricação. Tudo isto são coisas ruim que a mais de quarenta anos vamos convivendo com esse martírio de racismo neste país chamado República Federativa do Brasil. Sei que é triste, mas devemos entender que a luta é a nossa ordem diária.

Manoel Messias Pereira

professor de História, poeta

São José do Rio Preto-SP. Brasil



Comentários