Observação de nossa realidade
Sempre temos um motivo para amar ou odiar. Sempre olhamos o céu como limite, para o amor ou para o ódio, a nossa vida é traçada a partir do nosso olhar sobre o mundo. E assim nos colocamos na história e nos fazemos de vítimas ou de vilões. E assim construímos ilusões ou esperanças.
Aprendi a amar, a desejar a felicidade geral para mim e para o meu próximo. A querer dividir todos os momentos, compartilhando a esperança, a caminhar sempre no respeito, numa dimensão profunda e o meu primeiro ato de amor talvez foi ter a afeição de minha família e em especial a minha mãe. Que pode ter o seus defeitos, mas soube acolher com seu calor. Dá me o sentido da vida e estabelecer em mim um laço de consanguinidade além do laço social. E a partir deste laço conquistei amizades até mesmo encontrar, uma pessoa para conhecer namorar e casar. E assim pensar numa família, como uma luz a mais para a sociedade com que vivo. Uma sociedade que necessita de encontrar o sonho do amor. Mas parece que caminha na individualidade, no processo do egoísmo, no sistema politico e económico capitalista em que a competitividade e o abandono ao outro possibilita ver aquele que cai na calçada no sentido figurado ou no próprio e stricto senso da palavra como algum natural, quando não é.
Essa sociedade competitiva mostra um ódio imensamente estúpido. Com pessoas utilizando do preconceito como o olhar humano, com a inveja crescente de um ser sobre o outro, com a necessidade do assalto constante ou em nome da lei ou fora da lei. Com o uso e abuso da arma, com os valores individuais acerbados sem nenhuma importância com o seu próximo, sem respeito com à diversos seres humanos. Com o uso do preconceito como baliza até cristã. Com um cristianismo de mentira de desrespeito social, e com uma mídia, que não consegue realmente informar mas desinformar em nome de um Estado de direito de propriedade, indo mesmo até contra o direito a vida a liberdade de informação. Ou seja estamos com o ódio como parâmetro desta sociedade. Coisa muito ruim de sentir e observar.
Hoje o resultado disto é o medo de ser assaltado, de ser confundido e baleado por divergências gerada desta convulsão politico social, o medo é o balizador de nossas ações. E se desejamos uma sociedade justa, de respeito coletivo, de razão e emoção dentro dos parâmetros de uma sociedade em que a riqueza precisa ser socializada, em que ninguém mereça morar na rua que haja o respeito para que todos possam alimentar, ter o dinheiro no bolso, para comprar o seu pão de cada dia. Que cada qual possa ter a oração e a sua dança sagrada em todos os momentos de sua existência. Que todo o toque de tambor possa ser consagrado ao divino e ao profano e que todos possam ler a existência de um futuro não apenas nas estrelas mas nas luzes de nossas vidas. Penso que esse é céu que desejo observar.
Só que isto incomoda aquele que somente quer acumular a riqueza sem importar-se com o seu próximo desconfiar, de todas as intenções humanas, e usam da mídia para fazer propaganda de um livro sagrado mal usado. Pois o uso é para explorar a fé e a ignorância plantada por desgovernos, que se diz sem ideologia. Porém são raposas em pele de cordeiro num sentido bastante figurado. E as velhas raposas loucas para tomar conta do galinheiro.
A ideologia é algo implícita em tudo. Todos nós somos ideologicamente construído. Pois somos parte de uma sociedade em construção. E assim como a politica é feita de ideias objetivas e subjetivas, temos as organizações sociais com a mesma lógica. Temos as instituições organizadas nos mesmos moldes. Se somos capitalistas, comunistas, socialistas, ou assim como materialistas, materialistas históricos dialéticos , espiritualistas, bramanismo, budistas, católicos, de esquerda ou de direita, muçulmanos, tudo isto juntos e misturados penso que são valores humanos herdados de tradições e contradições porém construções de pensares filosoficamente enquadrados.
O uso da ciência precisa ser defendidos por nós que já somos seres que uma ou outra vezes faz uso da observação e precisa entender que a experiência é algo que nos importa, pois o resultado dela é que somos portadores de determinadas verdades. E que por essa ciência é que podemos caminhar em dimensões profundas do respeito. Até mesmo a todas as universidades, a todos os laboratórios, a todos os pensares gerados nas academias. Bem assim podemos viver nas nossas ilusões ou as nossas esperanças. Do contrário viveremos as desilusões e o desespero como fator de nossa existência.
Manoel Messias Pereira
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