Crônica - O Sentido Revolucionário da Classe Trabalhadora - Manoel Messias Pereira



 O Sentido Revolucionário da classe trabalhadora

O Brasil é o país que vivo e confesso que nunca sai daqui deste país, portanto nasci, cresci e estou envelhecendo aqui. Conheci um professor que conversamos informalmente por três vezes, um dia num almoço em que compartilhamos a mesma mesa, depois nos encontramos no metrô em São Paulo, e a última vez conversamos num café na Avenida da República em São Paulo. E este professor era um ativista, comunista, escritor, historiador, e recordo que foram apenas essas vezes que conversamos, e trat-se do Jacob Gorender, mas ele escreveu um livro intitulado "Brasil em preto e branco" o livre pensar. E nesta obra no capitulo VII, ele fala do Brasil dizendo assim"O país das extremas desigualdades.

E neste texto ele começa dizendo que já publicamente conhecido por toda a imprensa que o Brasil apresenta-se  níveisde desigualdade sócio-econômica entre os maiores do mundo. E acrescenta que os países  de dimensões semelhantes ou superiores, nenhum expõe desigualdade tão chocantes. E somente alguns muitos pobres se compram o Brasil ou chegam a superá-lo.

Sabemos que este país, antes foi um território que em mapas medievais foi chamado de Ilha dos Carneiros, foi chamado terras de Bracir, foi chamado Bresil, e esse nome devido a madeira que havia por aqui, e que era largamente conhecida na Europa, muito antes de 1500. Como podemos observar os mapas de Medici, de Soleri, Globo de Behain, há um mapa Catalão anônimo. E se nós observarmos veremos que os celtas que estavam no reino Unido desenvolveram todo o seu arsenal folclôrico e popular falando de duendes,de gnomos, e que essa terra eram onde eles habitariam, pois aqui estava  arvore de madeira vermelha, aqui havia o mistério mágico de uma floresta.

Pois bem deixando tudo isso de lado sabemos que o processo das grandes viagens que ocorreu no mundo a partir da Europa, foi aquele momento em que o modo de produção feudal, entrava numa decadência. E estava  desenhando -se o modo de produção capitalista. Pois com o crescimento da produção nos feudos assim como da explosão demográfica, vamos perceber que o sistema feudal estava ruindo-se. Os seres humanos vindo para a cidade, E ressurge ou renasce as cidades e o urbanismo, local em que  estabelece-se, pequenos comercio, e duas classes sociais sendo bem distintas aparece a do patrão e do empregado. 

E neste contexto esse patrões eram chamados de burgueses, porque estas cidade eram denominadas de burgos. E nestes burgos ocorreram a unificação da moeda, dos pesos e medidas, pois isto eram algo novo e surgiram os bancos. Em que alguém emprestava algo e recebiam com juros. E isto para o escândalo da Igreja Católica que era contra lucro e juros. E se recordarmos veremos que no período feudal diziam o texto bíblico repetidamente Mateus 19:24 "Em verdade vos digo que um rico jamais entrará no reino do céu. E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que entrar um rico no reino do céu." Ou seja a ideia era ter todos esses seres humanos que era a força de trabalho, numa situação de pauperismo.

Porém no setor urbano, os burgueses viviam de lucros os bancos de juros, e os trabalhadores de salários, ou seja um pouco de valores que permitiam sobreviverem para ficar pronto para o trabalho impostos, pela classe burguesa, no processo de exploração de um ser sobre o outro e esse sal, ou salario era como uma ração para a sobrevivência, deste trabalhador.

E como escreveu e disse-me Gorender a desigualdade existem, não obstnte, em todos os países e suas causas são muito variadas, decorrente em grande parte dos fatores próprio à história de cada um deles. Porém neste contexto em que a burguesia estava no centro urbano, a relação entre os reis absolutos com o burguês era óbvo, que a burguesia custeava o rei e toda a sua burocracia por meio dos impostos e essa burguesia recebia em troca a possibilidade de organizar-se grandes viagens comerciais assim como a segurança proporcionada pelas Coroas.

E foi a partir dai que surgiram as grandes viagens, e a ideia da expansão comercial, e os descobrimentos de novos mercados e chegaram até o novíssimo mundo, representado pela América. E neste contexto os portugueses e espanhóis vieram disputar essas terras e esta história. Portanto o Brasil nasce neste contexto do capitalismo mercantilista.

E quando eu leio o livro V. Afanssiev, M Makarova, e L.Minaev, chamado "Principio do Socialismo Cientifico," observo que o socialismo é fruto da critica ao Sistema Capitalista e sobre o capitalismo consta o seguinte conceito na pagina 442, "Capitalismo quer dizer desigualdade econômica, primeiro, que faz com que uma parte da sociedade disponha de imensos bens sem trabalhar, viva no luxo, malgaste fortunas, e outra parte, a maioria dos que criam os bens materiais pelo seu trabalho, seja obrigada a viver na miséria e na incultura."

Ou seja "o capitalismo que criou imensos valores materiais e espirituais, é incapaz de distribui-los equitativamente, de fazer com que todos os membros da sociedade beneficiem -se dele." E isto eles mostram que mesmo os detentores dos meios de produção concentram-se em suas mãos o poder politico. Portanto todo o Estado, e todo o arsenal legislativos e psicológico coletivo assim como ideológico estão com o poder instalados. E neste contexto também a imprensa, o rádio, a televisão, a literatura, as artes e até a internet. Visando manter a dominação econômica, politica, e fixar injustiças econômicas e sociais

E neste contexto cabe a classe trabalhadora o processo histórico de luta, ou seja de caráter revolucionário. Pois neste contexto capitalista não esta outra alternativa. Pois como Karl Marx e Friedrich Engels deixou anunciados logo no Manifesto Comunista o apelo para que todos se unam. E nesta união os trabalhadores nada tem a perder a não ser suas cadeias porém ganham o mundo. E é neste contexto que esses autores escrevem que o capitalismo prepara o seu próprio coveiro nas pessoas da classe operária e camponesas. Entendendo como operários aqueles que opera algum trabalho neste campos de disputa de luta de classe.

e pensando no desenvolvimento das industrias das grandes transformações, científicas e tecnológica, devemos entender que o trabalhdor também precisam serem acompanhados com o progresso da classe trabalhadora e além disto ainda proporcionar a libertação da opressão dos seres explorados, essa é uma grande missão revolucionária.

E antes de mais nada vale lembrar que essa classe operária não tem o direito a propriedade sobre os bens da produção. E a circunstância que faz trabalhar para o capitalista é de suportar a sua exploração. E a classe trabalhaora óbvio é a mais interessada em abolir a exloração capitalista de um ser sobre o outro. E cabe aqui pensar no processo da revolução.

Com a revolução tudo significa a propriedade social dos meios de produção, o poder político e a possibilidade de melhorar o nível de vida e tornar-se o seu conjunto do patrimônio cultural. A classe operária não tem como objetivo abolir toda a espécie de propriedade, mas sim a grnde propriedade capitalista dos meios de produção que é o fator que está na origem na exploração de um ser humano por outro ser humano.

Marx e Engels em seus escritos diziam que o socialismo não tiram a ninguém a possibilidade sua parte do produto social, da possibilidade de possuir, tir apenas usar essa apropriação para comprar o trabalho do outro. De usar a propriedade como meio de exploração e de lucro. E expropria apenas a grande propriedade capitalista, sem tocar na pequena propriedade que precisa estar preservada, dos camponeses e dos artesões, assim como no Brasil dos indígenas, dos pequenos comerciantes e de outros representante da pequena burguesia. E alguma pequenas propriedades ao longo da construção de um nvo sistema poderão transformar se assim desejarem em sociedades coletivas, desde que os próprios interessados estejam dispostos a isto.

Assim entendemos que a classe operária é mais revolucionária por que está ligada à forma de economia mais progressista à das grandes produções mecânicas, decidindo o futuro e o destinos de todos os trabalhadores, como classe ligada a toda a sociedade.

E neste Brasil, que nasci, cresci e que vivo, eu percebi que para construir um mundo melhor para a minha geração e outras que virão, precisamos por sementes na terra par colher flores, e sabendo que temos algum tempo apenas por aqui, como dizia um velho professor de filosofia  e poeta que conheci na Unesp :

"tudo morre, ou melhor tudo escorre, tudo é fluido/ e afinal o tempo não faz ruido a nenhum ouvido. A forma distante, difusa, confusa longe. É só o tempo beijando a face do incompreendido. E eu aqui nem exato e nem estático fazendo concha no meu ouvido. Por que tudo morre ou melhor: tudo escorre e de tudo felizmente fica algum sentido" (Antenor A Gonçalves)Edição do autor 1964.

Manoel Messias Pereira

professor de história, poeta brasileiro

São José do Rio Preto-SP.





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