Crônica - O Poder e o sentimento popular brasileiro - Manoel Messias Pereira


O poder sentimento brasileiro popular

 Observo atentamente o meu país, como porta-se frente e diante da pandemia. E sei de todos os protocolos presentes nos setores de saúde e sanitários, e que há recomendações para todos nós possamos ter as mão limpas, lavadas com água e sabão e o uso do álcool gel. E que enquanto devemos lutar para manter a vida e assim permanecemos enclausurados em nossos apartamentos e nossas casas e somente devemos sair para trabalhos essenciais. Esses foram as informações postadas e ditas nos veículos de comunicações. Porém sabemos que há um contingente de pessoas que essas informações torna-se supérfluas, inoperantes. E essas pessoas estão na sua maioria vivendo em casa inadequadas, favelas e ocupações ou até morando mesmo nas ruas embaixo de marquises essa pessoas a informação não chegam porém a doença sim.

E sobre isto agora no dia 5 de maio de 2005, o Jornal Brasil de Fato, conseguiu retratar as condições precárias de moradias e disse que todas as famílias que vivem em precariedades que vivem nestas condições estão sujeitas a contaminação e há uma dificuldades os isolamentos vertical nas periferias. E o exemplo retratado  busca na favela de Paraisópolis na zona sul de São Paulo e demonstra uma família em que o senhor cabeça da casa teve um AVC e trouxe mais preocupação ainda. Desempregados e só sai para receber o básico.

Existem casas em que todos moram num só cômodos, e ai como fica esse isolamento não há. Existe a necessidade de trazer algo para casa. de catar latinha de pegar reciclagem, para conseguir dinheirinho.

Já noutra mídia com da rede-brasil, de 24 de março consta que a população na periferia se organiza como pode. Enquanto que se vê é o Estado sem nenhum planejamento para enfrentar a pandemia. E a outra área são os movimentos sociais e associações de moradores que se articulam por conta própria. Outro ponto são as vulnerabilidade nas comunidades observam-se que não há banheiros públicos para todos não há pontos de água, não há coletores de lixo. Muita gente trabalhando informalmente. Poucos tem o dinheiro que dá para comprar comida ou álcool e gel. conforme explicou Josué Rocha coordenador do Movimento dos Trabalhadores sem teto.

E mesmo assim o Brasil com um saldo de mais de 105 mil mortos e o governo do Estado de São Paulo sem o planejamento adequado coibi a distribuição do álcool e gel e não valoriza a importância da Fundação de remédio Popular e deseja fecha-la, extingui-la.

Sabemos que as informações no contexto dos movimentos das comunidades populares criadas no interior dos movimentos não encerra-se em si mesmo.

E a Fundação tem o estoque de álcool e gel que o governo insiste em não distribuir para o povo assim como muitos remédios da farmácia popular.

Sabemos e entendemos que a escravidão foi a experiência mais degradante que a humanidade. Hoje estamos preso ao um processo capitalista que insere nas camadas populares, um processo degradante terrorista sem a mínima liberdade sem direitos trabalhistas, sem direitos previdenciários, com uma crise econômica e paralelo a isto a crise sanitária e de saúde. Aproximadamente  4,8 milhões de pessoas tiveram perdas proporcionada por essa forma degradante provindo desta branquitude e objetivando um tipo de violência seja ela racial, de homofobia e também sexista. Ou seja coisa do baixo clero, no sentido invertido dos entendimentos.

Mas é isso que sentimos diante destas crise expostas. E vemos que há pouca gente com as condições de lavar as mão aonde não tem água. Enquanto isto vemos o governo federal ao invés de ter respeito e governar com seriedade brincar, fazer piadas, falar da cor da pele, falar que com a pandemia todos mundo vai morrer mesmo, estabelecer limites educacionais e protocolares com a evidente intenção de sucatear a universidade pública. Que muitas vezes tem de estar pronta para dar respostas imediatas, científica diante de uma pandemia desta. Seja na vacina, sejas condições tecnológicas, mas o que vemos é o presidente brincar de farmacêutico e receitar como se fosse um charlatão cloroquina. Não que seja um remédio inútil, mas não é para a Covid-19. Esse respeito e ação coordenada pelo Ministério da Saúde neste governo  com todo o respeito que merece até agora o brasileiro não viu , não teve, e isto é extremamente  desagradável e dilui o respeito que o povo precisa ter a uma autoridade. 

Enquanto isto educacionalmente temos claro um presidente com desfaçatez em relação aos indígenas aos negros ou seja a cor da pele, parece que é motivo de repulsa governamental. Além do mais vemos que a ação do governo parece que é  para sucatear a universidade pública, e que vai taxar livros que  e, vai mesmo excluir a população. Do que é chamado de governabilidade. 

É triste não sabermos a quem recorrer. É triste ter que estar preso a essa condição de degradação social, ambiental, sanitária, diante de toda uma pandemia Neste momento é triste ser brasileiro. Do contrario é manter o sonho e lutar por um poder popular. Até a vista companheiros e camaradas.

Manoel Messias Pereira

professor, poeta

São José do Rio Preto- SP. Brasil


Comentários