Bielorrússia e o desfile de uma crise capitalista
No dia 8 de agosto uma eleição na Bielorrússia, reelegeu Alexander Lukashenko com 80 % dos votos, contra 20% da opositora a Svetlana Tikhonovskaya. Essa eleição ao apresentar os resultados no dia 9 de agosto gerou um complicador em que parte da população não aceitou o resultado. E nisto passou a ver democraticamente as demonstrações de descontentamentos. Mas sempre entendemos que cada povo precisa ter a sua autonomia e traçar o destino que desejas seguir a partir de um plano e um objetivo, e por isto a politica é um ciência social, mas também é uma arte que exige dos protagonistas e dos operadores de um sistema a sensibilidade em relação as necessidades do povo.
O que estamos vendo são as intromissões externas de Estados Unidos da América e União Europeia UE, além da Rússia. Os Estados Unidos e UE, não aceitam o resultado. E a UE disse que o presidente já ficou no poder por vinte e seis anos. A Rússia apoia Alexander Lukashenko.
Lukashenko e Vladimir Putin pelo visto são velhos amigos. E há quem diga que Putin deseja manter uma relação próxima nas relações comerciais pois creio que já há neste caso um certo trâmite de cooperação entre os dois países.
Li ontem uma critica feita por um professor que falou em proximidade devido que Rússia e Bielorussia são parceiras desde a antiga União Soviética. Mas vale informar que essa conotação é esdruxula, pois hoje tanto uma nação como a outra seguem as linhas e as bases do sistema capitalista, de mercado, de aumento da desigualdade social, da fragmentação do respeito humano. Pois no capitalismo vemos a desumanização da sociedade. Portanto creio que uma parcela da população que passou a viver com isto, e perdeu o encanto do conto de fada, da mentira que o sistema do capital impões.
Em relação ao apoio que vem para a candidata perdedora das eleições é evidente, é o uso da desestabilização politico e econômica feito pelo imperialismo que começa a se impor. Diante deste quadro aparecem os vendedores de ilusões. E com isto o povo vai aos pouco diluindo-se em ignorância, em estupidez, caminhando para uma direita até a extrema direita. Só que Bielorrússia não chama-se Brasil.
E ação de apoio aos descontentes somam-se aqueles que estão protestando. A candidata Svetlana Tikhanovskaya apelou para o Supremo para rejeitar o resultado das eleições, e refugiou na Lituânia e disse que voltará ao país somente quando sentir que estará segura.
A UE, disse que não aceita o resultado das eleições e fala em possibilidades de ter sanções contra a Bielorrúsia, E sobre isto Lukashenko disse que a agentes externos agindo para livra-lo do governo e acusa a Otan a Organização do Tratado do Atlântico Norte em conluio com a UE. E por outro lado Putin já falou até em enviar tropas de apoio ao governo para frear essas interferências externas. Os 27 países da União Europeia discutiram a situação do país.
E todas as interferências de fora, contaminam a ideia da autodeterminação dos povos. Lukashenko já disse que não haverá novas eleições e está dispostos a realizar um referendo. Enquanto que em jornais vi os tis especialista dizer que os referendo são manipulados.
E neste contexto vimos policiais dizer que não vai baterem gente desarmada, e Lukashenko a assinar um decreto de condecoração de 300 membros da segurança de Bielorrússia. Um grupo de manifestantes fecharem a Avenidas em Minsk, e apoiadores do governo ir para a frente da embaixada da Rússia e ocupar os locais onde haviam representantes da oposição. E o que não consegui ver até o momento quais as necessidades que falta ser atendida por parte do Estado e quais as desestruturas que enfrentam o povo e quais as relações e consequências para o desenvolvimento da democracia. Mas sei com certeza que todos vivem hoje a lua de mel no capitalismo. E o resultado é uma crise profunda que se abate sobre aquela nação. E diante do escombro que se avizinha vem os confrontos bélicos, vem os fazedores de desgraça, para o bolso de poucos e a venda de uma lenda de sonho que jamais ocorre neste sistema.
Manoel Messias Pereira
professor de história, cronista
São José do Rio Preto -SP. Brasil
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