Artigo - A Renuncia de Ibrahim Boubocar Keita - Manoel Messias Pereira

A Renúncia de Ibrahim Boubocar Keita

 Hoje neste dia 19 de agosto de 2020, recebi dos meios de comunicação que ontem na terça feira do dia 18 de agosto de 2020 um grupo de oficiais das Forças armadas do Mali, havia organizado um motim e que o presidente do país Ibrahim Boubocar Keita e o primeiro ministro Soumeylou Boribeye Maiga. 

O presidente Ibrahim Keita é um neoliberal, maliano, de formação religiosa islã e que estava no poder desde 2013 e que pertenceu aoutros governos como de Alpha Oumar Konare ocupando o cargo de conselheiro depois foi embaixador na Costa do Marfim e também Ministro do exterior de 1993 a 1994 e primeiro Ministro de 1994 a 2000.

Ibrahim pós ser detido disse "Não quero que derrame sangue para me manter no poder" E em seguida agradeceu ao povo do Mali, pelo carinho apoio ao longo destes anos e comunicou a decisão de renunciar-se juntamente com o seu primeiro ministro e todo o gabinete.

A comunidade econômica (CEDEAO) havia suspendido o Mali de seus órgãos de decisão e com todos os fluxos financeiros do país e pediu sanções aos golpistas e seus parceiros e colaboradores.

Essa renuncia veio em meio a uma crise econômica e politica. A oposição acusou Keita de não saber lidar com a corrupção no país. E afirma que é necessário restaurar a segurança no país, em meio a escalada de violência jihadísta, além também de criticar as eleições de março em que foram realizadas acompanhadas de sequestros e ameaças de morte contra os observadores locais.

Este fato reacende as nossas lembranças de um fato histórico de 1960, no dia 20 de agosto, quando os senegaleses separa do Mali, naquela que era a Federação do Mali, coube na época Senegal ter a sua republica independente em setembro de 1960, e coube a Modiba Keita estabelecer em Mali como 1.Ministro ele que era na época um adepto a um único partido alicerçados em valores africanos socialistas e que contava com apoio soviético, e estabeleceu ajuda dos recursos econômicos população, mas foi derrubado num golpe por Mousa Traoré, que instituiu reformas levou o país a uma imensa crise econômica e política, além de sofre tentativas de golpe por três vezes e muitas manifestações de trabalhadores e estudantes. Mas esse foi um fato que me veio a lembrança hoje.

O Keita (Modiba) de ontem é bem diferente do Keita (Ibrahim) de hoje, as orientações politicas são outras e as lutas como questões de corrupções no estado a utilização das reformas e o uso do que é público para o privado é como teia de aranha de aço, envolve todo mundo num sistema inerente ao capitalismo. Em que a corrupção é parte integrante do sistema.

Até o momento não se sabe quem assume o comando do país, alguns militares da alta patentes foram rendidos. A nossa esperança é que todos possam compreender que importante é a alta determinações dos povos e que cada povo possa ser o juízo e de sua própria paz. 


Manoel Messias Pereira

professor e poeta

São José do Rio Preto- SP. Brasil


Comentários