Poesia - A verdade - Manoel Messias Pereira


a verdade

horas, e horas
de promessas
que nunca se cumpre
é assim no capitalismo que se segue.
Marca-se dia para tudo
No primeiro feriado do ano
é dia de dobrar os assassinatos
Diz que é o dia da paz universal,
Tão triste, quanto o Natal.
Dias em que todos olham os presépios
rezam ladainhas e esquece do seu próximo
ou pensam apenas com a esmola a ofertar,
Pior dia é o dia das mães
e lembro que minha mãe negra
era ama de leite das crianças brancas
é mas nenhuma mãe branca deu peito as crianças negras
os dias são de plena liberdades individuais
e isto é capitalismo e seu sistema
quando o importante é pensar,
pensar no pão nosso de todos os dias
no processo de de respeito e harmonia
fincada na fé, nesta antropológica busca
do encontro da Paz refletida,
mas que isso seja coletiva
Não basta essa história do capital
é preciso conhecer a comunhão universal
na esmera leitura da realidade
e ir de encontro a todas as necessidades
em que é impossível matar a fraternidade
creia que é possível praticar a solidariedade
e alertar, generais, civis, idiotas e canalhas
do poder politico que a hora de promessa
que nunca se cumpre
é assim o capitalismo que se segue.

Manoel Messias Pereira
professor, poeta
São José do Rio Preto -SP.






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