Cronica - A Tomada da Bastilha - Manoel Messias Pereira


A Tomada da Bastilha

Este mês de julho sempre tenho em mente o princípio da Revolução burguesa na França em 1789 e que possibilitou servir como modelo ao mundo. Sendo esse fato aquele que de traz a ideia do princípio da chamada Idade Contemporânea da história.

E essa França pré revolucionária apresentava uma série de características conhecidas como o "Antigo Regime". E isto estabelecendo uma crença que o sistema feudal havia deixado de existir e seguia o caminho do capitalismo. E esse mantinha uma sociedade de ordens com alguns privilégios sociais juridicamente justificados, E assim tínhamos o 1o.Estado formado pelo Clero.  E o 2o.Estado formado pela nobreza E esses dois estados de ordens viviam isentos de impostos diretos, e possuíam a exclusividade para exercer determinados cargos .

E também havia o 3o.Estado que era tido como a burguesia, mas que formava um universo heterogêneo, como a alta burguesia, que era composta dos donos das empresas fabricantes de navios, os grandes banqueiros, e grandes comerciantes. E esses sem muito esforço podia entrar no Segundo Estado que eram dos nobres. Esses elementos da alta burguesia eram geralmente moderados e tendentes a conciliação. Havia também a pequena burguesia formada por pequenos comerciantes, profissionais liberais e pequenos proprietários com tendências a radicalização. E neste contexto a burguesia trazia ainda os chamados trabalhadores urbanos, proletário em formação, artesão, trabalhadores da indústria doméstica e das manufaturas, aprendizes e oficinas dos grêmios, artesanais, pequenos lojistas, os tais san-cullotes. e foram os mais combativos da revolução. Mas nisso tínhamos 80% da população de pequenos proprietários e arrendatários, assalariados rurais e ainda alguns servos. É esse caldeirão, de necessidades humanos que vai disputar, futuramente com os outros dois Estados.

A França torna-se revolucionária na medida em que há uma crise financeira determinada pelo déficit público crônico. Na qual acredita-se agravada pela participação da França na guerra de Independência dos Estados Unidos. E paralela a essa crise financeira temos uma crise econômica agravado por problemas climáticos, aliado a insensibilidades dos Reis, que  não chegava a dar uma solução as questões sociais do povo que inclusive via-se em num beco sem saída, e colaborando com isto as ideias iluministas, que vinha acompanhadas de ideias liberais, que canalizava -se como fundo ideológico e canalizava a insatisfações desta burguesia de tantas correntes e seguimentos. E por fim o impulso dado pelas forças produtivas, graças ao capitalismo e as relações de produção totalmente feudais.

Diante deste quadro complicador, para a administração é que o rei Luís XVI, acata a sugestão do seu ministro da finanças Jacques Necker, e decide estender os impostos diretos aos nobres e ao clero. E que aliás foi a mesma sugestão feita pelo antigo Ministro da Finança o Anne Robert Jacques  Turgot. E para tal faz a convocação da Assembleia dos Notáveis em 1787, mas não consegue neste ato o seu objetivo. Assim os privilegiados reagem  e configuram a Revolta Nobiliárquica 1787 até 1789, contra o Estado Absolutista. Evidente que essa reação era reacionária e conservadora

E assim a Coroa diante da negativa  do clero e da nobreza em abrir mão de seus direitos. O rei então convoca os Estados Gerais, uma assembleia em que todos os três estados participariam em partes iguais. Porém o Terceiro Estado solicita a metade do parlamento. O rei concederá uma vez que o 1o. e 2o. Estado eram aqueles da revoltas nobiliárquica ou aristocrática. E assim a burguesia tem a sacada de mestre, pois com a metade do parlamento ela conseguirá cooptar ainda membros do primeiro e do segundo Estado e passa a ter maioria no Parlamento.

Jacques Necker em 10 de julho foi demitido, dia 12 de julho Desmoulins faz o famoso discurso que terminam por incitar a tomada da Bastilha em 14 de julho de 1789. Essa é a versão que temos neste principio de história da Revolução Francesa.

Porém essa história segundo Gerard Prause, esta contada na consagração de uma lenda. Um tempo de despotismo e anunciou aos homens a Liberdade, Igualdade e Fraternidade, E até hoje comemorar o 14 de julho. E a lenda conta que quinze canhões naquele dia dispararam initerruptamente sobre o povo fazendo inúmeras vítimas. Falam de cem mortos e outros tantos feridos. descrevem que o povo penetrou no edifício penitenciário para libertar os presos inocentes, e as vitimas inocentes da tirania e após isso foram conduzidos as ruas de paris como mártires. E assim criaram os tomadores de Bastilha num total de 863 parisienses. Pois bem parece que a história é outra dizem na verdade que tudo isso é mentir e esse assalto nunca ocorreu e um dos mais famosos tomadores o oficial Élie, do Regimento da rainha disse "A Bastilha não foi tomada de assalto, ela capitulou antes de ser atacada." Esse Élie e um cidadão suíço Hulin esses dois foram os primeiros que pisaram no chão da fortaleza. Também o sargento Guyot de Fléville, que fazia parte dos defensores da Bastilha que fez um relatório em que indica que a Bastilha nunca foi tomada de assalto. Pois bem portanto toda essa história segundo esse autor é falsa. E os 863 parisienses usaram isso e reivindicaram direitos a um fundo de pensão. Prause escreveu que havia sete pessoas dentro da Bastilha e o governador Marquez Launay, que pretendia derrubar o prédio. Essas informações são apenas para incitar a todos a pesquisar. E a buscar uma resposta outra ou todos continuar a relembrar os manuais didáticos. Mas todos trazem a frase Liberdade, Igualdade e Fraternidade e esse é triângulo mágico, que traz sempre o chamado olhos de Deus. Embora continuem a afirma que há Deus para os iguais mais iguais que é o Dinheiro e para os iguais desiguais o Espirito Santo. E esse está no reino do Céu. Amém.

Manoel Messias Pereira

professor, cronista e poeta
São José do Rio Preto -SP.






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