Cronica - O Brasil e sua teoria politica - Manoel Messias Pereira


O Brasil e sua teoria política 

Eu sempre estou entregue-me aos meus pensamentos. E neles tenho sempre a noção de onde estou, qual é a localização ideológica desta maioria brasileira, qual é o grau de sapiência desta população e qual é o grau de embrutecimento. Quando eu creio que tenho uma resposta, plausível para mim, essa resposta não vai mudar tudo de uma hora para outra, não teremos forças de mudar nem a placa da rua, mas sei que seria preciso. Mas estou atento ao processo de ignorância que é brutal. E que essa estupidez é castradora de um sonho para um país, que se quer libertário, desenvolvido e civilizado.

Eu sei que encontro-me num país capitalista, portanto de direita, que possuía consolidada um projeto neoliberal de nação. Um país em que as riquezas estão em demasia concentradas nas mãos de poucos. Porém esse pouco não detém apenas o poder econômico e também o poder politico e o controle das massas. Porém neste momento da história esse País reveste-se, de uma vestimenta de extrema direita e vem assustando todos os brasileiros. Falam em seres humanos superiores e inferiores. Usam capus nazistas, descapitaliza toda a população mas mantem a elite que controla tudo. Essa elite que pretende se amar. E arma-se até para fazer crime em nome de uma legalidade. Usando o expediente da liberdade de expressão.

Sabendo isso, localizo que ideologicamente, sei que o fascismo nasce da palavra fasci do latim e usam de principio o símbolo dos magistrados romanos que eram varas entrecortadas atravessada com um machado. Ou também vão usar o símbolo como a letra grega sigma. Assim como o nazismo, que surge alicerçado no fascismo vai usar a suástica retirada da cultura budista. Agora para saber o que pensa precisamos sim é saber o que defendem e o que rejeitam.

E assim defende o poder do Estado forte. E a voz do Estado é a voz do chefe da nação, ele dita a norma e o povo obedece. A um nacionalismo exagerado, e todos que divergir desta voz é inimigo do Estado, por isto rejeitam os liberais pois o seu pensamento dá vozes para a classe burguesa, por isso rejeitam o socialismo por que dá vozes aos trabalhadores, por isto rejeitam o intelectual, porque pensa e não acata o que trás o estado. E assim creem que o ser humano branco é sempre superior e são esses que deve ter o domínio sobre tudo. Com isto rejeita as mestiçagem, pois dizem que o mestiço é algo aberrativo, não aceitam o indígena chamados de selvagens, assim como não aceitam o negro, que para eles fascistas ou nazistas são seres inferiores. E a maioria da população aquilo que chamam de massa , que na visão desta elite dá para manobrar eles dizem que precisa preparar o Novo homem, que precisa ser estúpido viril e burro ou seja nada de inteligência.

Com isto essa equipe de governante dá para começar a pregar o terra-planismo da terra, negar toda a ciência, usar o senso comum, não aceita a política do gênero. Crê que mulher foi um fraquejar do homem, não aceitam a politica de gênero. E esse tipo de governo creio que já está no Brasil, eleito pelo voto de uma parte da população.

E assim o país passa a ser uma anedota internacional em relação ao mundo. E acompanhando esse processo temos ministros acreditando que o mundo está cheio de comunistas e eles estão no poder e determinando questão de saúde pública, nas escolas, nos hospitais, todo esse jeito maluco que permitem ao mundo ser uma piada.

E assim podemos tentar ver como definia Honore de Balzac quando falava sobre a comédia Humana, ele afirmava que consiste em realizar todos os encontros possíveis entre forças morais e situações reais e em representar todos de forma de adaptação moral. Porém é na ora de Lucien du Rubempré "ilusão perdida' deste poeta francês que vamos encontrar a teoria desta adaptação. O que precisam entender que esses dois senhores citados são escritores, são literatos, na qual podemos ver como eles adaptaram essa realidade na obra literária.

Porém pensando num processo politico, temos que entender que a vida não é um obra de arte e sim é a arte do quotidiano, em que estamos a  cada dia mais mergulhado na dor, na humilhação, no desregulamento da sociedade, por um Estado e por um governo que instiga para que caminhamos para um caos. Onde magicamente vendeu a um ano que com a reforma trabalhista e previdenciária ia aparecer milhões de empregos, milhares de investimento. Sabemos que tudo isso era mentira, mas havia o processo de ignorância num parcela da população comprando esse discurso furado e outra parcela desejando uma mudança, estupidamente convencida pelo fake News. E sua fábrica de falsas noticias que continuou embora agora  há too um papel de imoralidade governamental. Que creio que já está atingindo os três poderes, por isso o caminho do caos parece ser evidente.

E para evitar uma devassidão no contexto politico, um colapso a população sai as ruas pedido maior participação popular, pelo fim do racismo, da homofobia,e outras bandeiras que vão unindo-se mesmo o país estando vivendo uma grande pandemia de Covid-19. A População entende que o País não pode ser a Grande comédia e isto aqui não pode virar a Ilusão Perdida., mas sim um país viável. E por isto seguimos de punhos fechados e a certeza de que ainda é tempo de não deixar o país rolar para o precipício.

Manoel Messias Pereira

professor, cronista, poeta

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