Artigo - A volta as aulas em tempo de Pandemia - Manoel Messias Pereira

A volta as aulas em tempo de Pandemia

Acredito que a volta as aulas neste segundo semestre enquanto vivemos em tempo de pandemia, será um dos eventos macabros de toda uma juventude, incluindo a contaminação de crianças e adolescentes que em cadeia também vão contaminar suas famílias e a escola que deveria ser um espaço de compartilhamento de conhecimentos será sim um campo de concentração e de contaminação da população. E explico por que.
Geralmente é no segundo semestre neste caso em agosto que voltamos as aulas, e um período em que todos os anos sabemos difundem crise respiratória e isto foi tema inclusive de reportagem da Folha de São Paulo de  6 de agosto de  2006, portanto já faz pelo menos quatorze anos, num trabalho de reportagem de Constança Tatsch, em que a jornalista apurou que há uma maior vulnerabilidade entre  as crianças que são mais afetadas por gripes e resfriados.

E as salas de aulas cheias e assim como consultórios pediatras permitem a propagação dos vírus que causam doenças respiratórias. E contribuem para isso o clima seco, a poluição, o ambiente fechado e a aglomeração o fator determinante para uma maior contaminação. E isso ocorre em qualquer parte do mundo.

E segundo a reportagem que trouxe também a fla de um pediatra, chamado João Paulo Becker Lotufo, que trabalha como pediatra e pneumologista do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo -USP.

E as doenças comuns que atacam as crianças são resfriados, gripes, rota-vírus e o agravamento de asma, rinite, bronquite e alergia. E somam agora que estamos em pandemia com o Covid-19, que ele possa ser o vilão desta macabra festa no corpo infantil, ou seja o corpo discente das escolas.

Embora sabemos que a Organização Mundial de Saúde OMS, declarou em 30 de janeiro de 2020, que o novo Corona-virus -Covid -19 e que seu surto constitui emergência de saúde pública de importância internacional. O mais alto nível de alerta sanitário conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional publicado. E em 11 de março de 2020 foi considerado Pandemia.

Enquanto isso vimos que dados do dia 25 de junho de 2020, mostra que a Organização Pan Americana - OPAS e a Organização Mundial de Saúde - OMS estão prestando todo o apoio técnico ao Brasil e a outros países na preparação de uma resposta a esse surto.

Tenho visto durante essa pandemia, e assistido em meios de comunicação que o Sr. presidente da República tem agido com descaso a esses protocolos, fazendo coisas como circular sem máscara um bom tempo entre  a população, aglomerou-se com pessoas em padarias no Distrito Federal, incentivou a participação de pessoas em aglomerações. Além disto não propôs nenhuma medida com a sua equipe em relação as pessoas mais vulneráveis, aos brasileiros que vivem em comunidades ou que moram na rua. E nem propôs nem uma ação efetiva coordenando o trabalho em relação a uma maior aproximação com os executivos municipais e estaduais. Por exemplo hoje a falta de remédio. Enquanto isto temos locais no Brasil que houve razões policiais no dinheiro para o combate a essa pandemia como no Rio de janeiro. Faltou ser líder estadista ou coisa assim,  desclassificou - se desqualificou-se como executivo federal.

A OMS lembra da importância de uma pessoa manter-se vigilante com as listas essenciais e para ilustrar isso as crianças e também os adultos traz a figura de um dos mestres da comedia o Mr Bean. Numa forma educativa como fazer  a lição de casa, lavar as mãos, usar o álcool gel. Enquanto que o Sr. Tedros Adhanom Ghebreyesus dirigente da OMS explica que o Covid-19 afeta todas as esferas da vida humana. Ao mesmo tempo que diretora do OPAS Carissa F. Etienne, afirmou em 24 de junho de 2020 que na ausência de um tratamento eficaz ou ampla disponibilidade de uma vacina, a região das Américas pode sofrer surtos recorrentes de Covid-19 intercalados com o período de transmissão nos próximos dois anos. E acrescenta que os países precisam ajustar e coordenar uma resposta a população.

Enquanto que o governo do Estado de São Paulo, Sr. João Doria anuncia a volta das aulas para 8 de setembro de 2020 em sistema de rodizio. E isto afeta os 13,3 milhões de alunos da rede pública e da rede privada contemplando as etapas de ensino do infantil ao universitário. E que as regras para isso será publicada em 2 de julho de 2020 e segundo o governador será um plano com protocolo bem definido.

E o secretario do Estado da Educação em São Paulo professor Rossiele Soares, que está em casa recuperando-se da doença, disse que a retomada será em todas as cidades e Estado de forma conjunta e que considerará as condições em relações as fases da recuperação econômica. E que essas retomadas será sim de forma gradual, a retomada com alunos e professores será quando tiver no Estado 80% na fase verde da reabertura. E os alunos, professores e apoios do grupo de risco vão permanecer em casa. E quanto a recuperação não invadirá o período de férias e sim ira até 2022. E de forma cabalística é  o período de eleições de deputados senadores, presidente e governadores.

Caso contrário creio que a volta das aulas neste segundo semestre pode ser e será algo muito macabro. É preciso juízo e responsabilidade de todos os envolvidos. Cautela é como canja de galinha não faz mal a ninguém.

Manoel Messias Pereira
professor de história aposentado.
São José do Rio Preto - SP - Brasil.


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