Artigo - A Revolta Felipe dos Santos - Manoel Messias Pereira


A Revolta dos Santos

Temos a pintura de Antonio da Silva Parreira, um dos mais renomados artistas plásticos nascidos no Século XIX, em Niterói no dia 20 de janeiro de 1860, dia de São Sebastião e falecido nesta mesma cidade em 17de outubro de 1937, portanto no Século XX.
E ele que era um professor, escritor, desenhista, pintor e ilustrador brasileira, que um menino nascido de uma família de classe média trabalhou como escriturário na Cia Leopoldina. Um dia resolveu entrar para a Academias de Belas Artes, mas não gostou e abandonou-o a mesma. Gostava de pintar paisagens eos fatos históricos na qual colocava em suas obras a emoção e uma interpretação. No quadro acima temos a revolta Felipe dos Santos. Quando do linchamento deste português ingênuo em relação ao trato da Coroa Portuguesa em 1720 em relação a mineração no Brasil. Fato esse que cabe a mim discorrer.
E no uso do texto do escritor brasileiro  Francisco de Assis, editado pela editora Moderna, interpreto que a Mineração, possibilitou uma expressiva tributação e uma rigorosa política fiscal da Metrópoles caso Portugal sobre a colônia. e por sua vez com reação dos mineiros ou seja daqueles que trabalhavam com o minério. E uma destas reações foi a a Rebelião de Vila Rica.
A causa imediata desta rebelião foi a determinação da Coroa em recriar as casas de Fundição em 1719, com todas as implicações que isso trariam aos mineradores. Ou seja todo o ouro deveriam ser derretido e entregue a coroa em barras, que por certo levaria o selo real. E para tanto isto tinha um custo, como sabemos da história  do Brasil, as cobranças eram feitas com um certo rigor de violência.
Em 1720, um grupo de mineiros, pessoas simples juntamente com pessoas escravizadas sob a liderança de um português chamado Felipe dos Santos que dominava Vila Rica, foi até ao senhor governador Conde de Assumar e lhes apresentaram uma petição com várias exigências, entre as quais a não instalação das Casas de Fundição e o absoluto respeito à liberdade dos descontentes.
E nesta oportunidade o governador com aquela forma cavalheiresca digna de um grande estadista mas que escondia um canalha em potencial, recebeu e disse que concordava e iria tomar as devidas providências. 
Assim o governador soube acalmar os revoltosos e neste interim organizou a reação oficial, reuniu as orças militares que marchou sobre Vila Rica, onde estavam os revoltosos crentes que tinham tidos sucessos no seu contato com a autoridade máxima da província.
E assim todos esses rebeldes foram presos, alguns foram enviados para Portugal e Felipe dos Santos, condenados à morte e enforcado em praça pública. Depois de morto garroteados ou seja cortado decepado, parte de seus corpo foram arrastados pelas rua e pendurados em postes. E esse senhor e diante desta tragédia foi usado como exemplo. Uma morte que revelou a incompatibilidade entre os interesses da metrópoles e dos colonos. Numa execução sumária, o governo mostrou aos colonos que rebelou, morreu.
E esse fato mostra que a na história do Brasil, houve momentos tensos, principalmente entre homens da metrópoles e homens da colônia. E que esse processo violento que ocorre hoje de pessoas serem executadas sem nenhuma piedade pelo estado sem julgamento, apenas pelo desejo sanguinário de matar como se o governo fosse feito e determinado por um vampirismo eterno tem raízes fincadas na nossa história.
Ah quanto as obras do professor e pintor Antonio Parreira, o Imperador D. Pedro II adquiriu algumas que ficou no Palácio, outras de suas obras foram expostas no mundo. Antonio Parreira tem obras expostas inclusive em Paris. O conhecimento é a chave para a nossa formação intelectual, procure estudar a história de sua terra de onde está ficada as suas raízes, para uma melhor compreensão dos olhares governamentais, dos que te cercam para controlar e dos que  juntos reivindicam a liberdade de expressão e de realizações sociais.

Manoel Messias Pereira
professor, poeta
São José do Rio Preto -SP

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