Mulheres são fundamentais para operações de paz, diz ONU
As Nações Unidas marcam nessa sexta-feira (29) o Dia Internacional dos Trabalhadores das Forças de Paz lembrando que as mulheres possuem um papel central nas operações de pacificação da organização.
Duas “capacetes-azuis” – como são conhecidos os e as trabalhadoras de paz da ONU – foram homenageadas nesse ano, incluindo uma brasileira.
Servindo na operação da República Centro-Africana, a comandante Carla Monteiro de Castro Araújo, oficial da Marinha, ganhou o Prêmio de Defensoras Militares da Igualdade de Gênero da ONU ao lado da indiana Suman Gawani, observadora militar que serviu na missão no Sudão do Sul.
Elas receberão o prêmio durante uma cerimônia online presidida pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, também na sexta-feira (29), às 11 horas no Brasil (saiba mais aqui).
“Hoje homenageamos mais de um milhão de homens e mulheres que serviram enquanto soldados da paz das Nações Unidas e os mais de 3.900 que perderam as suas vidas no cumprimento do dever”, disse António Guterres em sua mensagem em vídeo especial para a data.
“Expressamos também a nossa gratidão aos 95 mil civis, polícias e militares atualmente destacados em todo o mundo. Eles enfrentam um dos maiores desafios de sempre: cumprir os seus mandatos de paz e de segurança, ao mesmo tempo que ajudam os países a lidar com a COVID-19.”
Nesse ano, o tema da data é “Mulheres na Manutenção da Paz”. Segundo o chefe da ONU, as mulheres têm melhor acesso às comunidades onde as Nações Unidas servem, permitindo melhorar a proteção de civis, promover os direitos humanos e reforçar o desempenho da organização em geral.
“Hoje é particularmente importante, uma vez que as mulheres promotoras da paz se encontram na linha da frente no combate à COVID-19, em contextos precários – utilizando a rádio local para ampliar as mensagens de saúde pública, entregando às comunidades os produtos de prevenção necessários e apoiando os esforços das forças de paz locais”, acrescentou Guterres.
Os dados da participação feminina nas forças de paz, no entanto, ainda são alarmantes: apenas 6% do contingente militar, de polícia, de agentes de justiça e de pessoal no terreno são mulheres.
Guterres lembrou ainda que é marcado nesse ano o 20º aniversário da resolução do Conselho de Segurança 1325, sobre mulheres, paz e segurança, pedindo que seja feito mais para que seja alcançada a representação igualitária em todas as áreas da paz e segurança. “Juntos, continuaremos lutando pela paz, para derrotar a pandemia e construir um futuro melhor.”
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