Cronica - A nossa Humanidade - Manoel Messias Pereira


A nossa humanidade

Acho e não tenho certeza de nada, que seja o futuro. E creio que a arte é parte da meditação diária, de um olhar sobre a beleza da vida, num momento em que os sons dos ventos nos fazem pensar, naquilo que é divino, naquilo que é profano, naquilo que político, naquilo que é material, naquilo que é espiritual e tudo é parte de uma existência de uma identidade é só. 
As vezes tratamos tudo com base na ciência, porém ela tende a construir-se sempre num novo momento, no pleno desenvolvimento. Portanto hoje as bases científicas são instrumentadas a partir dos estudos, das experiências e não está fechada para outros estudos, e sim abertas para novas descobertas, para outras fases do conhecimentos. E nisto estão todas as disciplinas seja ela física biológica, química, tecnológica como desdobra-se informatica, elétrica, eletrônica, e assim  servido sempre a uma comunidade.
E há quem diga que tudo isto é uma dadiva divina assim como a vida humana, o poder de respirar de existir, de compartilhar esperanças de acreditar nesta ciência construída. Para manutenção da vida, para melhoria da saúde, para preservação de uma vivencia saudável. Porém há que m diga que tudo isto é coisa do mundo é o profanismo, e é a presença do homem que pode transformar a natureza e também se transformar e isto é o trabalho. E assim aprende-se que a construção do mundo é parte do trabalho executado pelo trabalhador o ser humano que faz o labor, ser divino. Sem perder a essência material.
Portanto o trabalho individual é também visto pelo mundo politico como alguma coisa que transforma e disto nasce a forma politica de pensar, E foi pelo trabalho que o mundo desenvolveu-se, os seja por aquilo que entendemos ser o modo de produção. E assim entendemos que no passado no período antigo e naquilo que erroneamente chamam de pré história, podemos notar os seres humanos como seres sociais, buscando compartilhar o trabalho e fazendo o trabalho coletivo. Essa form de trabalho vai dar vazão a ideia de que um outro trabalha e alguém vive do trabalho dele. E passa a ter esse trabalhador como escravo, como objeto, que possui um dono e esse tens sobre ele direitos, deveres, na vida e na morte. Porém uma outra forma de trabalho surge no mundo, em alguns lugares surge o sistema de trabalhos num sistema de feudos, em que há um dono da terra e servo trabalhando esse é o chamado sistema feudal e que tens ainda o clero, com a ideia do divino, do sagrado. Mas quem pensa tudo isto é o ser humano, que apresenta-se divino aos mesmo tempo profano. E por fim esse sistema também começa a ruim e o antigo feudo não permite mais conciliar aumento de produção e população, existe a necessidade de sair destes feudos que antes havia feito a unificação dos pesos e medidas estabelecidos comércio, e esse comercio de principio era a cavalo, mais tarde a carroça e depois houve a necessidade de sair pelo mundo e o mar foi a saída. Surge as grandes viagens o mercantilismo, os poderes nas mãos de um soberano absolutista e assim nasce o capitalismo. Embora é preciso saber que nem sempre toda forma de trabalhar termina aqui ou lá por designos de Deus ou coisa assim. Muitas vezes tinhamos o capital desenvolvidos na Europa, mas não na América ou na África  ou Ásia. E isto permite que o mundo tenha uma diversidade não muito abordada em sala de aula.
E no sistema capitalista vai transformando num sistema entre capital x trabalho, ou seja quem tem o capital no capitalismo fica bem e protege-se e passa a ter uma rede de proteção criada, traçada, para o seu benefício, vivem de lucro e da exploração do outro ser humano, e nisto reside toda a diferença social. E neste contexto passam esses capitalista também dominar as organizações politicas e econômicas . E vale lembrar aquela frase era preciso derrubar o antigo sistema e por os altares no chão. E com isto surge os pensares liberais, as empresas, que passam inclusive a dominar a natureza, a força de trabalho do ser que não possuem esses bens.
Esse ser sem bens materiais é o trabalhador que apenas fica com a sua força de trabalho e vendendo-a para a sua sobrevivência. Esse ser que antes possuía o seu material de trabalho de forma artesanal, passa a deparar e ver que as empresas possuem maquinas equipamentos e valores técnico científicos, possui a linha ideológica da universidade, do pensamento politico. E esse trabalhador passa a ser apenas um operador de máquinas. E a diferença social da classe trabalhadora, é vista com nitidez, pois as resisdência, a sua vida, a sua diversão em relação ao empresário tem muita disparidade.  Os bairros populares são sempre longe e isto me faz retomar aquela velha história do tempo antigo, na Grécia aqueles considerados estrangeiros, portanto não nobre  ou não cidadão na periferia, assim como esse trabalhador vive no arrebalde fora do centro. Nem sempre no local onde está instalado a casa do trabalhador tem as mesmas condições de onde instalam as csas dos patrões. Ou seja a diferenças
E o estado e o pensar do patrão ideologizado em todos os ambientes desta sociedade promove o processo de exclusão. Só que esse ser patronal ou elite politica, essa nobreza tem de pregar logicamente de mentira mas vai induzir que há uma verdade na igualdade, na liberdade na fraternidade, e é neste contexto iluminista, liberal, que aa propriedade passa também ser tida como algo universal, quando que aquele que não tem é parte da sociedade mas sim excluído.
A exclusão, assim como o processo discriminatório, o racismo a o preconceito é parte desta politica do sistema capitalista. Tanto que é que quem está no posto de comando pouco ou nada faz para mudar. E grande parte desta classe trabalhadora acaba comprando o discurso a ideologia de forma consciente ou inconsciente. Os consciente são comprados como objetos pela classe dominante, são peças baratas, basta um trocado a mais, uma cachaça a mai pronto tá no papo. Já os inconscientes demostram serem ignorantes, podres idiotas, mas são gentes, que necessitam serem despertados, e que podem seguir a sem -vergonhice a falta de caráter ou romper com isto mas não ter como lutar sozinho. Dai precisa de uma forma de luta capaz de reorganizar a vida e as questões sociais e politicas dos lugares.
É com isto é que surge o socialismo. De principio o socialismo utópico , feito por quem saiu de um meio que não era da pratica do trabalhador mas acreditava num socialismo quase como uma religião. E depois veio o pensar do socialismo científico, alicerçado em Karl Marx, e paralelamente surgiram os anarquistas. Os socialista científico, basearam na dialética hegeliana, na critica ao sistema capitalista, que privilegiou os capitalistas os donos dos meios de produção mas não os trabalhadores. E nos ideais do socialismo, muito bem visto, em relação as prática dos jacobinos na revolução francesa assim como no processo da formação da Comuna de Paris . E assim como os chamados socialistas científicos que passou a ser chamados de comunistas os anarquistas também desejavam  chegar no Estagio comunista. E nisto organizaram as chamada Internacionais, E na Primeira Internacional houve a divergência entre anarquistas e socialistas tendo como foco a ideia do Estado. Já no II Internacional surge a social democracia, que dividiu-se em grupos como revisionistas, conservadores e revolucionários. E no Brasil estão os sociais democratas revisionistas, que combinam e muito com os liberais. São como os pássaros chupinho que nascem no ninho da classe trabalhadora mas sugam traem e são como inimigas, da classe em nasceste. Já o comunismo ninguém chegou.
E tudo isto é espiritual, é parte da vida, da forma de pensar, de refletir, de meditar, de discutir, de analisar de despertar sentimentos, da vida em comunhão profana e divina. Num profundo Materialismo Histórico e dialético. E é neste contexto que creio que não tenho certeza de nada do futuro. E creio que é parte da meditação diária de um olhar sobre a beleza da vida.  No momento que os sons dos ventos fazem nos pensar naquilo que é divino e naquilo que é profano, naquilo que é material naquilo que espiritual e tudo é parte de uma existência de uma identidade humana, conhecida por nossa humanidade.


Manoel Messias Pereira
professor, cronista e poeta



Membro do Coletivo Minervino de Oliveira -São José do Rio Preto-SP
Membro da Academia de Letras do Brasil -ABL
São José do Rio Preto-SP. Uberaba-MG
Condecorado pela Federação Brasileira dos Acadêmicos Ciências Letras e Artes


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