cronica - Indigenas no Século XXI no Brasil - Manoel Messias Pereira


 Indígenas no Século XXI no Brasil

Quando olho a história do Brasil, uma série de recordações de meu tempo vem-me a cabeça. Há vinte anos portanto no ano 2000 eu via que celebrava a posse de Portugal  essas terras brasileiras como propriedade legítima portuguesa. 
Foi a comemoração da estupidez, da devastação floresta, da depredação de um território, numa colonização de exploração. Comemoravam o fim da fauna e da flora uma ação coordenada pela elite governativa aliada ao grau de inconsciência da maioria dos brasileiros muitos que hoje aparecem nas redes sociais se dizendo cívicos, são bobos,  esses  que hoje resolvem atacar com violência e criminalmente repórteres como atacaram jornalistas da Rede Record, da Rede Globo, da Rede Bandeirantes, da Folha de São Paulo do Estado de São Paulo. 
 É sabemos que são os  espertos por outro lado pois são do grupo politico que chegam ao poder para vender o patrimônio brasileiro, embolsar  os dinheiros, das vendas e tudo ficar por isso mesmo. E o povo pobre na sua maioria inconsciente somente votam, pra esse grupo de canalhas.
Há vinte anos lembro que o presidente do Senado hoje falecido Sr. Antonio Carlos Magalhães, discutiu com o indígena Henrique Suruí, que desejava a retirada da policia militar de suas terras na Bahia. Mas lembro também que um grupo de indígena no percurso até ao Congresso ogaram flechas no relógio comemorativo dos chamados 500 anos de devastação brasileira. E esse relógio foi posto lá pela Rede Globo de Televisão. Enquanto que o ex- presidente  da Funai Frederico Marés voltou a criticar a Comissão das festividades da época, que era presidida pelo então ministro dos Esportes Rafael Greca que foi insensível na época e causado um clima de tensão na Bahia.
Nesta oportunidade também o Movimento Sem Terra, invadiu a festa de Porto Seguro. Tivemos uma grande tropa de choque e o frei Francineto Pinheiro, ajoelhou frente a tropa de choque e foi capa dos principais jornais. Não podemos perder a memória daquele abril de 2000, quando a policia usou as bombas de gás lacrimogêneos, as balas de borrachas, fez 141 prisões na Bahia. E o indígena Gildo Terena ajoelhou diante dos policiais pedindo clemencia e teve o maxilar fraturado.
E na época o Fundo Mundial para a Natureza para a Natureza a WWF deixou evidenciado que a devastação de mata brasileira havia sido de 93% da mata Atlântica, 50% do Cerrado e 15% da Amazônia, num total de 1750 milhões de quilômetros quadrados. E disto sabemos que os colonizadores portugueses foram os primeiros depredadores. E os jesuítas ensinaram que deveriam botar fogo na cana de açúcar e até hoje essa pratica estenderam para botar fogo em floresta. É preciso lembrar que no ano de 2019 ou seja  em agosto botaram fogo no Amazonas no Chamado dia do Fogo, uma prática incentivada pelo executivo brasileiro, que parece não ter nenhum compromisso e respeito pelo povo deste país.
Porém não podemos deixar de memorizar que quem governava o Brasil em 2000 era Fenando Henrique Cardoso, e tinha no governo de Minas Gerais o falecido Itamar Franco que condecorou com a grande Medalha de Honra , o índio pataxó Salvino dos Santos Brás e repudiou o tratamento dado pelo governo federal do PSDB.
E neste ano  de 2000, ou seja n último ano do século XX, véspera de entrar no Século XXI, roubaram e venderam as terras dos indígenas Kayapós, para o grupo americano e o governo da época não explicou como, pelo visto o vendedor era um fantasma até hoje não há nenhuma autoridade para falar sobre isto ou ter o respeito ao país sobre essas questões de terras indígenas.
Os indígenas queriam e quer sempre é preservar o patrimônio brasileiro. Mas na época em 2000 o governo desejava era fazer bonito, ter uma réplica da navio de Pedro Álvares Cabral e por isso contratou um engenheiro francês, que construiu um embarcação. O engenheiro era tão bom que o barco não saiu do lugar afundou. É coisa de governo brasileiro um top da incompetência.
Por isso entendo essa sede de tomar terras dos índios, de não querer a  presença do indígena, na sociedade brasileira. E quando permite é para sub-julgar desrespeitar, para assassinar como tens ocorrido até os dias atuais. Portanto hoje no poder tem um presidente que antes de chegar já disse que o índio não teria no seu governo nem um centímetro de terra. E pelo visto vai cumprindo essa pauta de estupidez.
E o que podemos observar que muito anos desde a chegada dos portugueses, muita gente indígena morreram, E basta lembrar o armistício do Iperoy, em nome de Deus mataram em 1567 toda a tribo indígena Termininos ou Tamoios, foi quando nesta guerra santa prenderam os primeiros protestantes no Rio de Janeiro e vale destacar a cronica de João Ribeiro que dizia que aqueles indígenas que não morreram na fogueira foram dependurados em pau para o escarmento. E bom recordar que essa Igreja que veio da Europa era cúmplice e autora do processo escravocrata primeiro dos indígenas depois dos negros, que ela dizia e estabelecia que não tinham alma. Falar a criança sobre toda essa história é até interessante. E talvez fez o papa João Paulo II a pedir perdão pelo desconforto, violência e racismo praticado em nome de Deus.
Hoje em 2020  as nações indígenas no Brasil, foram atingidas  pela Covid -19, seguindo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil -APIB e da Coordenação das organizações Indígenas do Amazonas -COIA, já são centenas de infectados, dezenas de mortos. A ponto do governador do Amazonas Arthur Virgílio Neto-PSDB afirmar dia 20 de maio de 2020 que há um genocídio de indígena por causa de coronavírus. É um crime contra a humanidade. E cobra a liderança do presidente  na defesa da vida de todos. mas o que vejo  é a representante do Ministério da Família e Direitos Humanos brincando nas redes sociais como Facebook, ficar brincando de concurso de máscara mais bonita. Como se fosse uma ser humana sem nenhum respeito sem nenhum compromisso com o cargo e com país em que brinca de governar. Eu penso que os adultos deveriam ter o esclarecimento para ser exemplo as crianças, mas no Brasil atual não é assim. E isto é uma grande melancolia.


Manoel Messias Pereira
professor de história e poeta
São José do Rio Preto-SP. Brasil






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