Coronavírus: OMS pede que países intensifiquem esforços para combater pandemia
Diante da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus, a COVID-19, os países devem intensificar esforços para combater sua disseminação, disse o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra na quinta-feira (12).
“Esta é uma pandemia controlável. Os países que decidem desistir de medidas fundamentais de saúde pública podem acabar com um problema maior e um fardo mais pesado para o sistema de saúde, exigindo medidas mais severas de controle.”
Diante da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus, a COVID-19, os países devem intensificar esforços para combater sua disseminação, disse o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra na quinta-feira (12).
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, falou durante sua atualização regular sobre a nova doença por coronavírus, um dia após o anúncio da nova designação.
“Deixe-me ser claro: descrever isso como uma pandemia não significa que os países devam desistir. Pelo contrário, temos que dobrar (os esforços)”, afirmou.
“Esta é uma pandemia controlável. Os países que decidem desistir de medidas fundamentais de saúde pública podem acabar com um problema maior e um fardo mais pesado para o sistema de saúde, exigindo medidas mais severas de controle.”
A COVID-19 surgiu pela primeira vez em Wuhan, na China, em dezembro passado. Na quinta-feira, havia quase 125 mil casos em 118 países e territórios.
Tedros disse que a OMS está “trabalhando dia e noite” para apoiar os países em sua resposta.
A agência também está trabalhando com o Fórum Econômico Mundial e as Câmaras de Comércio Internacionais para envolver o setor privado, além da Federação Internacional de Futebol (FIFA).
Além disso, mais de 440 milhões de dólares foram comprometidos com o Plano Estratégico de Preparação e Resposta da OMS.
“Este é um novo vírus e uma nova situação. Estamos todos aprendendo e todos devemos encontrar novas maneiras de prevenir infecções, salvar vidas e minimizar o impacto. Todos os países têm lições para compartilhar”, afirmou.
Reuniões canceladas na sede da ONU
O porta-voz da ONU disse a jornalistas em Nova Iorque na quinta-feira que o secretário-geral António Guterres “tomou a decisão de cancelar todos os eventos paralelos patrocinados na sede pelo sistema das Nações Unidas, de 16 de março até o fim de abril, com efeito imediato”.
Stéphane Dujarric disse que o chefe da ONU está pedindo a todos os Estados-membros que considerem cancelar todos os eventos paralelos para as reuniões que estão patrocinando.
Em uma carta aos Estados-membros, Guterres disse que havia um sistema de ativação de resposta trifásico para gerenciar e coordenar emergências de saúde, com a sede da ONU em Nova Iorque atualmente na fase dois, que é um “modo ativo de redução de risco”.
Isso inclui a tomada de medidas para o distanciamento social no local de trabalho e a avaliação da necessidade de viagens e reuniões tendo em vista os riscos associados.
“Como você sabe, o prédio da ONU foi fechado para visitantes e o Secretariado instituiu arranjos para que os funcionários trabalhem de casa para reduzir a densidade populacional no prédio”, disse Dujarric, “reduzindo assim o risco de transmissão”.
O porta-voz observou que “desde o início do surto”, o secretário-geral da ONU vinha “equilibrando a segurança dos funcionários e de representantes dos Estados-membros com a necessidade de garantir que o trabalho da Organização continue, aqui e no mundo.”
Potencial ‘volatilidade’ econômica na América Latina e no Caribe
A pandemia de COVID-19 afetou tudo, desde viagens internacionais a horários de trabalho.
É também “uma nova fonte potencial de volatilidade” na América Latina e no Caribe devido aos vínculos significativos da região com a China por meio de comércio, investimento estrangeiro direto e empréstimos, de acordo com um oficial do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Luis Felipe López-Calva, diretor regional do PNUD para a América Latina e o Caribe, informou que o comércio da região com a China aumentou de 12 bilhões de dólares em 2000 para 306 bilhões de dólares em 2018.
A China também contribuiu com mais de 90 bilhões de dólares em investimentos estrangeiros diretos entre 2005-2017.
No entanto, com a expectativa de que o crescimento do país asiático no primeiro trimestre caia acentuadamente e se recupere no final do ano, pode haver implicações para a região.
“Embora ainda seja muito cedo para entender completamente seu impacto no crescimento da China e como isso resultará em uma desaceleração em nossa região, o que sabemos até agora é que a COVID-19 está se espalhando a uma taxa acelerada e causou uma perturbação na economia da China”, escreveu López-Calva em um artigo recente publicado no jornal The Washington Post.
“O impacto do vírus no crescimento chinês e nos preços das commodities provavelmente também será um choque para a nossa região.”
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