O momento reflexivo
Hoje importa-me a vida.Numa viagem que faço e, tenho um simples isolamento, na leitura de minhas sabedoria, entendendo o que há o meu redor, uma realidade na minha busca interior.
Quase solitariamente, entendo o valor do céu,das árvores, das águas dos animais que aos poucos vão sendo extintos, comidos engolidos pelo ser humano.
Cada resposta que busco na claridade de minha existência, nasceram de perguntas que estavam ocultas na escuridão da multidão. Em que seres humanos distingue-se entre si pela forma de vestir, de repetir hábitos, de expressar culturas, de ajuntar e de ter dinheiro, daqueles que somente tem o olhar no céu nos astros e caminham pelas ruas sem ter sequer um destino para o encontro de ternura, de afeto de uma pessoa amada. Muitos acham que a casa é a rua, é o relento.
E destas diferenças sociais, nascem os olhares das indiferenças. E muito pouco se discutem isto. Ou quando não interpretam as discussões como banalidade ideológica. Porém no mundo tudo parece valorizar apenas uma estética. E a moral e a ética, são anotações de um contrato de gaveta. Na hora certa apresenta-se.E isto é triste.
Eu continuo aqui também com a vontade de andar a esmo. Mas entendendo que o andar neste momento pode processar o encontro da minha desintegração. Meus passos são agora reflexivos, numa sensação de limite, em que nascem em mim a coragem como sentimentos, para enfrentar a dor.
E a dor talvez nasça do medo, do desconhecido, da busca pelo sobrenatural pela metafísica. Eu assim prefiro voltar a intimidade do meu subconsciente, e fazer a dor encontrar com a minha alma, com a minha verdade mais profunda. Agora que a idade já me eleva a condição de idoso, de ser que caminha para a reflexão meditativa.
Eu continuo aqui no canto de meu lar, respirando profundamente, como ser humano, e refletindo na necessidade de vencer o obstáculo as aflições, as angustias que vivem essa sociedade dividida, sem entender os valores que há entre viver e morrer.
Eu sei que há conceitos naturais concretos e abstratos. E aqui neste ocidente falam muito na perfeição, como valor máximo de toda a ordem e esse conceito atinge o nosso núcleo existencial e todas as nossas experiências foram nesta busca limitada ideologicamente. E todos nós vivemos diante da ideia de que o nosso mundo terá apenas um juíz implacável dando nos a sentença em que a resposta não sabemos.
É esse é o ideal de controle sobre a nossa realidade interior. A perfeição é a inimiga da espontaneidade. Quero apenas expor aqui a minha imperfeição, e aceitar que tenho limites, mas não aceito os limites como caixas de problemas ou soluções, não devo e não quero ser uma vitima da ideia que é alimentar do limite.
Sou um ser recluso, tendo como tarefa um conjunto de contextos em que reflito a necessidade de manter a vida.E assim viajo neste isolamento, na leitura de minha sabedoria. Embora saiba muito pouco. Porém um pouco diante da minha ideia de um Olorum é imensa. E a grandeza é ter a unidade refletida na Paz que busco todos os dias e momentos, na minha reminiscência diária das minhas atitudes, do respeito coletivo que sempre desejo que faça-se presente, como prática, na espera de uma ótica politica.
Manoel Messias Pereira
professor de história, cronista e poeta
São José do Rio Preto-SP Brasil
Comentários
Postar um comentário