As relações capitalistas entre países ricos e pobres
No final do século XX, creio que em 1993 recordo que li um texto de Erskine Childers, que foi conselheiro da Secretaria Geral da ONU e que deixou para a nós o livro "O caminho para Suez", mas a minha análise é num texto intitulado "Os mistérios da ajuda Ocidental"
O seu livro trata da presença da França na Crise de Suez num tratado que inclui a Comunidade europeia situacionista, em 1957, como o tratado de Roma, fedayeen palestino, assim como a resolução 377 da Assembleia Geral das Nações Unidas, a Batalha de Argel. Quanto a Internacional Situacionista (SI) era um grupo de revolucionários fundados em 1957 e que tiveram seu apogeu e influencia por exemplo na greve geral sem precedente de maio de 1968 na França. E tinham os ideais alicerçados no marxismo e nas vanguardas artísticas europeia do Século XX, eles defendiam a as experiencias de vida fossem alternativa às defendidas pela ordem capitalista, para a satisfação dos desejos primitivos humanos e a busca passional superior e para efeito a sugestão era a construção de situação num ambiente para a satisfação dos desejos. e com métodos extraídos das artes passaram a usar estudos experimentais por exemplos na arquiteturas, no urbanismo unitário.
A maioria de seus textos estão disponíveis na internet, nas enciclopédias eletrônicas na rede. Porém o texto que li dele foi publicado no Brasil numa revista em 1993.
E em relação aos mistérios da ajuda ocidental que Erskine Childers escreveu ele comenta que ajudar significa dar assistência há alguém. Mas que 64% da ajuda aos países pobres é gasta nos países que concede o que chamam de ajuda vinculada. Ou seja dois terço desta ajuda consistem em subsídios para que os países ricos exportem aos pobres seus principais equipamentos e especialistas. E isto eles chamam de assistência mútua.
E mais adiante chamam si próprios de doadores e os países em desenvolvimentos de receptores. E esses tais países receptores devem pagar uma soma equivalente à ajuda recebida, ou mais para amortizar a dívida. Esses doadores ficam agitados com as administrações dos países pobres que devem melhorar a sua administração seguindo os países ricos.
Outra coisa interessante é que os parlamentos dos países doadores, não quer que a ajuda parem nas mãos dos ditadores. Mas esses ditadores são instalados nos seus países pelo serviço de inteligencia dos doadores.
Os doadores financiam o acesso ao poder dos ditadores que também recebe suborno das empresas destes mesmos países. E finalmente os ditadores enviam o dinheiro para as chamadas o contas bancárias secretas nos países doadores e aumenta ainda mais a sua condição de receptores.
E segundo os dados da ONU em 1990 80% da população mundial foi responsáveis por 14% dos investimentos em armamentos, enquanto 20% da espécie humana, nos países ricos foram responsáveis pelos outros 86%. Os países ricos vendem as armas e questionam os pobres que compram. Parece aquele desejo do gato e o rato. Numa eterna brincadeira.
Enquanto isto os países em desenvolvimento não tem como crescer, arrecadam 500 bilhões de dólares mas devido as barreiras comerciais, ao protecionismo e outras medidas unilaterais pelos países doares "Isso é dez vezes a assistência anual e 25 vezes toda a ajuda não vinculada".
Os países ricos continuam preocupados com os pobres, mas a chave para superar é o comercio e 80% dos habitantes são responsáveis por apenas 18 do comércio mundial, que é controlado pelos ricos. E isto parece cegueira mas não é chama-se hipocrisia.
Além do mais a novas condições dos doadores relativa aos gastos militares. E assim há muitas vezes um gasto excessivo em armas por um país pobre. Já quando estava em sala de aula sempre lembrava aos meus alunos que ninguém come bomba de gás lacrimogêneo, ninguém como bala de borracha e ninguém engole bala de fuzil, ou nenhum governante atira na sua ceia de natal com metralhadora ou assassina sua família. e isto tudo é para imaginar e entender quais os processos ideológicos que existem nas relações políticas e econômicas do mundo. E que esse aparato é sim para a repressão do povo que vai organizando-se e começa a constatar o poder e as relações no capitalismo.
É o que sei, é que existe um balaio de gato, ou seja de muitas mutretas nestas relações humanas do sistema capitalista, que dói até a nossa cabeça para entender. E este é o grande mistério. Que a mídia fala, parece repetindo frases desconexas, mas está dentro de uma lógica.
O interessante é que o autor Erskine Childers, na qual eu li essas informações, pode não ser ou ter esse nome,pois anterior já conheci livros de dois outros autores o Robert Erskine Childers, que faleceu em 1922 e é um romancista,outro é Erskine Hamilton Childers que morreu em 1974, também escritor.
O importante é a obra é o pensamento e a certeza de que o capitalismo é uma competição que envolve o ser humano na exploração de outro ser humano, ou de um país na exploração de outro país e nisto reside a contradição do próprio sistema que cria as crises, e se resolvem nas crises. Agora vivemos a crise do corona vírus creio que amanhã tudo estará resolvido. E criaremos uma nova crise, que provavelmente será um exercício da própria dialética da existência.
Manoel Messias Pereira
professor de história, cronista e poeta
Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
São José do Rio Preto-SP.
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