Cronica - 168 anos São José do Rio Preto vive o dia em que a terra parou - Manoel Messias Pereira


168 anos São José do Rio Preto vive o dia em que a terra parou

Cada um de nós tem no coração o imenso carinho pela cidade por qual nascemos ou escolhemos para crescer, amar, namorar, casar, construir um lar e quem sabe um dia nela morrer. Hoje 19 de março de 2020, é o dia do aniversário deste município. que completa 168 anos de vida  E vive hoje como cidade impactada, assustada, pelo inimigo da guerra de vírus e sabe que agora é o corona vírus que ataca. Mas como entendemos que no capitalismo vivemos plenamente de crise e consertamos da crise com outra crise vivemos isso.  E nós fazemos como bem lembrou o amigo e jurista  Dr. Roosevelt de Souza Borman, descobrimos que  o poeta, rockeiro rural  Raul Seixas foi profeta e falou cantou  no dia em que a terra parou.
A cidade é bela por que colhemos nela a ternura de suas avenidas. A paz contida nas flores semeadas no passado pelo prefeito da ditadura, o Adail Vetorazzo, a cidade é bela pelos passos lentos de um grande atleta  que se fez prefeito como Manoel Antunes, que acerta uma bola na cesta apenas com um olhar, acreditando que esporte é saúde e vida. Acidade é arte diante do prefeito construtor, como Antonio Figueredo de Oliveira que de servente de pedreiro, virou pedreiro, virou vereador, foi comerciante dono de açougue,  vice de Manoel e com seu jeito, pensou a cidade. Assim ela tornou-se mais alegre porque veio o médico Liberato Caboclo, prefeito amigo da criança, título ganhado pela Unicef que pensava a creche o leite para os pequenos. Cuidou da cidade omo se fosse administrando um hospital, via necessidade da música nas tardes, via a vernissage no gabinete. Acredita no sonho. E no último dia de seu mandato chorou, pois a cidade ganhou novos moradores que vieram de todos os lugares precisando casas, comidas, na chamada Favela da Arvore no João Paulo. Ele sem verbas pensou rápido faça acasa de madeira. Mas mesmo assim chorou eu sei. Haviam crianças no desamparo. O tempo trouxe um amigo, filho de Dona Gabriela, o Sr. Edison Araujo, popularmente conhecido como Edinho, rapaz simpático, preocupado em encantar. Fez de São José do Rio Preto, um canteiro de obra, preocupou -se com as calçadas, com o olhar social. E entre seus dois mandatos, teve a cidade governada por dois outro mandatos pelo Sr. Valdomiro Lopes. E por isso Edinho voltou para fazer o que prometeu a sua mãe, ser o melhor prefeito desta cidade. E pelo visto vai para o seu quarto mandato.

Disse um dia numa obra literária que a cidade tem o brilho de uma estrela  em plena aventura dramática de iluminar-se. A cidade tem a flama espiritual dos deuses em plena consciência utópica de seus intelectuais que buscam processos sígnicos da comunicação e da significação, o mundo das linguagem, a natureza dos discursos, a abstração dos labirintos de criação, alimentação de nossos espíritos e salvação de nosso corpo.

Em outra oportunidade escrevi que essa cidade em que trago o objeto lírico no olhar observando a beleza das moças que sonham como cinderelas uma palavra que nasce do inglês Cinder que significa cinzas com Ella o nome da menina caçadora  de príncipes encantados. Essa é a cidade minha de transcendência felizes de andorinhas e cantos de pardais e vejo aqui o recanto dos pintores, eis aqui o Jardim Seixas que tens ruas com nomes de flores.

A beleza está na arquitetura, na pintura, nas sinfonia das ruas, que agora silencia como quem levou um beijo sem esperar. E a ternura da cidade está no êxtase epicurista do prazer do gozo, assim como o prazer em movimento.

E criar é dar filho, é dar vidas é submeter a dor, para cultivar e encantar com o amor. Criar é submeter  a dor, para cultivar e encantar  com o amor. Criar é submeter parâmetros de sonhos e substituir sofrer por sorrir e viver.

Da criação nascem pinceladas de tintas como de Daniel firmino, de Florêncio Pereira Duarte, Jocelino Soares,  Fuzinelli, Cecy Matos, Waine Bassi e in memória Hudson Buck de Carvalho, Olinda, José Antonio da Silva, o Malagoli São seres humanos que como imaginavam tinham o poder e são  donos dos pinceis mágicos.

Assim como a criação está no sopro dos ventos que inspiraram compositores como Vicente Serroni, Altino Bessa marques, Faruk Jammal,  Eli Buchala,,Alex Duarte, Luama, Fernando Marques, Bene Ferreira. Canções que embalaram namoro e casamento e hoje é parte integrante de nossas vidas. E músico como in memória Buzo, Renato Peres, William Bassit, Reinaldo Victor de Souza, Renato de Souza, Paulo Moura. Onde no passado fomos agraciados por grande bandas, e conjuntos musicais, como Renato Peres e Orquestras, Orquestra para Todos , Tropical Braziliam Band, Reinaldo e sua Orquestra, The Five King, Os Mugs, Irmãos Morenos, The Loneli Boys, Roberto Farah e Orquestra entre outras.

Cada um de nós escrevemos a nossa própria história, aqui descobri Edvaldo Giacomelli, Roberto Merlotto, Dr. Romildo Sant'anna, Julio Cesar Garcia, Solimar Cristina Mauritan, Marco Bresseghello, Nidia Puig Vacare, Antenor Antonio Gonçalves, Ricardo Pires de Albuquerque, Roseli Arruda, pelo jornalismo Lele Arantes, e in  memoria José Afonso Imbá, Dinorath do Valle, Roberto do Valle, Roberto Bittar, Zequi Elias, Gabriel Cesário Cury, Mario da Mata, Ademar Bortolomei o Cavaco entre outros que confesso não lembrar no momento.

Geralmente a arte é a beleza que exprime esse grau de civilização de um povo. São José do Rio Preto tem esses dados de belo aliado a um melhor estilo de vida e bem estar. Essa é a cidade que nasci, cresci, amei, chorei e provavelmente um dia vou morrer. Sendo eternamente lembrado.


Manoel Messias Pereira
professor de história, poeta e cronista

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