Artigo -Dia Internacional contra o racismo e a discriminação racial - Manoel Messias Pereira


Dia Internacional contra o racismo e a discriminação racial

O dia 21 de março marca "O dia Internacional contra a Discriminação Racial", essa data que lembra o Massacre de Sharpeville no entorno de Vereeniging na África do Sul, fato ocorrido no ano de 1960 e que deixou um saldo de 69 mortos e quase 186 feridos, na sua grande maioria mulheres e crianças das quais muitas vítimas mortas com tiros pelas costas, quando a população negra resolveu protestar contra a chamada Lei do passe.E essa data foi decretada pela Organização das Nações Unidas em 21 de março de 1978, o Ano Internacional contra o Apartheid.

Era um período em que na África do Sul tínhamos o racismo na sua constituição e era o único pais do mundo em que a cor da pele determinava a categoria dos cidadãos na hierarquia social. O seja o Apartheid que significa desenvolvimento em separados que negros e brancos passaram a ter uma diferença de tratamento politico, econômico e social.

E tudo surge a partir de um processo de neo-colonização e imperialismo econômico e politico dos países europeus sobre a população e as etnias que sobrevivam naquela região do continente africano. E a palavra separação que via a desigualdade apenas na cor da pele, parecia ser a melhor interpretação da palavra apartheid, oficialmente foi substituída pela expressão desenvolvimento multinacional.

No apartheid era proibido contatos, namoros, casamentos , relações sexuais, conversas inter raciais, e os negros deviam sempre estar servindo aos brancos. E os negros que ali viviam para locomover necessitavam de um passe e isto revoltava a comunidade negra. Mas seguindo as orientações da Doutora Marianne Cornevin, autora do Livro Apartheid o Poder e a falsificação histórica, negros e brancos precisam serem analisados criteriosamente para entender esse período. 

Em primeiro lugar houve um apartheid territorial cuja as consequências não parece ser totalmente compreendidas hoje. O período do apartheid nasce no pós guerra. O termo apartheid não é segregação racial ou discriminação racial . E sim com base numa expressão prática foi uma forma de reforçar e aperfeiçoar um sistema de discriminação racial, baseados nos costumes a partir do princípio do século XVIII com a teoria africander do basscape na lei desde o século XIX coma lei de salvo conduto britânico e do decreto relativo a patrão e empregados.

Portanto fruto do processo imperialista, do sistema capitalista de dominação principalmente nas regiões ricas em minérios em mão de obra disponíveis materiais prima possibilidade de consumidores e uma forma de colocação de produtos no mercado. Portanto ainda entre 1910 e 1934, quando nem existia a nacionalidade sul africana mas os ingleses já havia entrado nesta região e detinham os direitos teóricos sobre a política da União Sul-Africana, elaborou-se um corpo de legislação  completo baseado na pertença a um grupo racial, que determinava os direitos de propriedades, empregos e salários, lugares e condições de residência dos indivíduos, liberdade de movimentos, direitos políticos e de educação.

Em 1948 temos a presença do partido nacional socialista, portanto de cunho fasci-nazista tomando o poder. Mas Cornevin adianta que muito antes de 1948, a fiscalização policial era já perfeita. Podia perseguir -se um sul africano por não estar usando o salvo conduto, por quebrar um contrato de trabalho, por não pagar taxas ou arrendamentos, por usar uma faca ou um pau para além de certo cumprimento, por fabricar ou vender cerveja, participar de uma reunião com mais de doze pessoas ou pura e simplesmente por ociosidade.

E essa separação vem do berço as característica desta desigualdade e em todos os aspectos da vida, política, econômica ou social. Muitas publicações tem revelado detalhes de coações administrativas e policiais que atormentavam o quotidiano dos negros que trabalhavam  nas zonas dos brancos.

O Estado da Africa do Sul era dividido em 11 estados independentes. Dez "black states," originalmente chamados de batustões e mais tarde de homelands. cada um sub entende a uma divisão étnica que englobariam 72% da população do país e a eles cabiam exatamente 13% do território, ou da superfície. Esses dez black stats deveriam formar um federação econômica controlada pelo Estado branco. Que englobariam uma maioria de 16,5% da população da época  e os indianos 2,9% e os mestiços 10%, neste jogo os indianos e os mestiços seriam seres de segunda classe.

É importante também consultar o livro dos professores Richard P. Stevens de Ciências Politicas da Universidade Linconl da Pensilvânia e do professor Abdelwahab M. Elmesseri, professor assistente de literatura da Universidade A.Shams do Cairo. Que apresentam uma sociedade entre Israel e África do Sul, no livro marcha de um relacionamento. Que fala da extrema direita que domina a porta para a sua extremidade norte. E que entre muitas criticas a muitas vozes judaicas exaltadas. E nisto os africandêres vê israel como uma outra nação pequena cercada de inimigos, onde a bíblia e a renovação da língua são fatores vitais. E em 1948 o partido Nacionalista deteve  deste País e a palestina foi dividida. E o D.F Malan foi seu primeiro chefe de governo a visitá-lo. Como Jane Kruger editor do Die Transvaler escreveu "Os africanderes são par excelence" a nação do livro e caminham em direção do norte com uma arma na mão e a bíblia na outra. Porém no livro de Carnevin .fala que Malan em 1950 já apontava para a natureza impraticável  do apartheid e acentua as mutações econômicas quando a economia baseava na utilização do trabalho africano. E no Estado livre de Orange quatro de cinco pessoas eram africanas no Transvaal dua em três.No Cabo a maioria eram mestiços. E a economia da África do Sul branca não poderia funcionar sem os negros.

É importante destacar o papel destes brancos, os holandeses permitiram levar a teologia da Igreja reformada calvinista e alegação de que os negros eram inferiores fundamentados na teoria dos camitas, na interpretação bíblica de Gênesis, E isto é importante observar que a igreja e os altos funcionários administrativos frequentam a igreja e reforça esse domínio sobre todos os negros. O pastor Malan é o intelectual do Partido nacionalista, mas quem deu a linha foi o General J.B Hertzog, o partido definiu-se nacionalista cristão, mas em relação ao povo oprimido como esses negro primitivos o espirito cristão precisava evitar o cruzamento entre as raças. E esse program ia ao encontro da política missionaria da NKG cujo o sínodo, em 1857, tinha resolvido não aceitar pagãos convertidos nas paróquias branca. Em 1881 a Nederduitse Gereformeerde Sendingkerg, para os mestiços e a NGK in África que em 1975 tornou-se na black NGK para os negros e a Indian Reformed Church para os Indianos.

O programa dos nacionalistas cristão também foi adotados pela Broederbond (Liga de irmãos) fundada em 1918, como associação africana de ajuda mútua e transformou-se numa sociedade secreta.

O pastor Malan escreveu em sua formação teológica "Em obediência a Deus Todo Poderoso e à sua Santa Palavra, o povo africanders reconhece o seu destino nacional, tal como definiu o seu passado Voortrekker, em ordem do desenvolvimento cristão da África do Sul...A República assenta numa base nacional cristã e reconhece por conseguinte, como padrão de governo do Estado, em primeiro lugar os princípios de justiça das sagradas escrituras.

Com esse pouco apontamento percebe-se o embrulho que havia lá um Estado nazista com pouco tempo em que o pensamento nazista havia sido derrotado na Segunda Guerra e aliada a Igreja reformista Holandesa. Lógico que termos um conflito entre ingleses e holandeses, e envolvendo os criadores da língua para os negros que são os franceses e os alemães que forneceram os ideais ideológico.

 Lógico que os negros da África do Sul resolvem protestar dia 21 de março e saem sem os passos nas mãos permitindo assim a policia sul africana disparar  e fazer o massacre mais sangrento da história da África do Sul. Com 69 pessoas assassinadas nas ruas e mais 186 pessoas feridas. E na lembrança destes mortos e feridos a ONU homenagem criando uma data que deveria estar em todas as escolas do mundo em todos os parlamentos e na sociedade para que nunca mais o apartheid volte a existir, assim como o processo discriminatório e o racismo.

Observando o Brasil, o poder na mão de nazi-fascistas, e que tens apoio da Igrejas Evangélicas percebo que as ideias mesmo nefastas como aquelas que durante a Segunda  Guerra assassinou  matou 1, 47 milhões de judeus segundo a BBC de Portugal . Vejo que em 1948 criou -se o Estado de Israel criou se um Partido fascista com o nome de Nacionalista Cristão  na África do Sul, fizeram a marcha para um relacionamento entre os dois Estado, agora não se fala mais no nazismo mas no sionismo que vê o povo árabe como inimigo. E segundo a ONU sionismo é racismo. E o que vejo no Brasil um bom relacionamento com os mesmo fabricantes de armas e provocadores de guerra. Como os Estados de israel e EUA, até sem limites e parecendo de graça. Porém acho que tens o serviço secretos destes países fazendo o serviço para aqueles países em relação a riqueza como no caso do imperialismo europeu na África.  Mas sei que não temos um grande estadista somente alguém brincando infelizmente de governo, como se fosse um menino mimado, mas velho e totalmente sem noção.


Manoel Messias Pereira

professor de história, poeta e cronista
Membro da Academia de Letras do Brasil -ALB -São Jose do Rio Preto-SP/Uberaba-MG
Membro do Coletivo Minervino de Oliveira de São José do Rio Preto-SP
Brasil


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