O Sorriso de Alice
Se há beleza num sorriso, diria que ela expressa-se no sorriso belo da escritora Alice Walker. Poetisa, contista, feminista, anti-racista, uma ativista que tens pautado a sua luta pelos direitos civis dos negros estadunidense ou pela luta em favor da mulher.
Essa autora escreveu um livro chamado "Livro de amor em desespero", uma obra composta pelas vozes femininas das negras do sul dos Estados Unidos da América. Alice é uma mulher salva pela literatura, pela poesia, pelos contos, que narram exatamente uma verdade a poética, mas que desvenda, torna nua uma realidade que estava escondida num estágio positivista em que o conflito homem mulher escondiam-se, numa pintura que ficava emoldurada na realidade.
E como isto surgiu? Ela era filha de agricultores nascida em 9 de fevereiro de 1944, com o nome de Alice Malsenior Walker no Condado de Putnam na Georgia. Quando era menina de apenas 8 anos brincando com seus irmãos acabou levando um tiro no olho direito e isto fez ela afastar-se do mundo ao seu redor e acabou encontrando consolo na poesia.
Graças a seus estudos e a sua dedicação Walker teve sucessos e sucessivas bolsas de estudos. Estudou numa escola segregada, foi com a bolsa que ela entrou no Colégio Spelman em Atlanta e mais tarde para o Sarah Lowence College em New York City. Foi nesta oportunidade que ela conheceu a África pois viajou para o continente Africano como parte de seus estudos. formou-se em 1965 e publicou seus primeiros contos.
Trabalhou como assistente social, professor e conferencista. Participou da luta pelos direitos civis dos seres humanos do Mississippi.
Um dia cujo a data não recordo-me fui a um cinema em São José do Rio Preto -SP. e vi uma obra cinematográfica dirigida por Steven Spielberg , chamado "Cor Púrpura", e baseado na obra de Alice com uma bela atuação de Woopi Goldberg.
Cartaz do filme
E assim essa grande autora que iniciou escrevendo poesias, escreveu Cor Purpura, que mereceu o prêmio Pulitzer.
Essa obra mostra uma mulher que escreve Carta a Deus e para a irmã desaparecida. Walker expõe uma mulher negra quase analfabeta que vive uma realidade de opressão e desamor.
E quando tomo conta de todas essas riquezas que detalho neste relato, lembro da beleza do sorriso de Alice. Não de outra mas sim de Alice Walker, veja
frontal
e de perfil
E gosto muito de saber que além de grande artista que completa neste ano seus 72 anos de vida, lutando contra o apartheid em todas as suas forma, contra a mutilação genital feminina nos países africanos, e essa luta me encanta. Pois o ativismo quase sempre está ligado a um projeto de existência social, na busca de um mundo melhor. E que assim seja na ternura de um sorriso.
Manoel Messias Pereira
poeta, cronista
Membro da Academia de Letras do Brasil -ALB
São Jose do Rio Preto -SP/Uberaba-MG.
São José do Rio Preto- SP. Brasil
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