Cuba e o Legado de Fidel Castro
Esta Semana foi lançado em Havana a Feira Internacional do Livro, com a participação de quarenta países, com 4000 títulos e 40 países participante com 300 intelectuais, uma grande festa reflexiva e por isto fiz uma saudação por meio de Madeleine Sauté, do Granma-Cu, que cordialmente respondeu-me pelo evento pela resistência que o mesmo representa. Como foi apontado pelo oórgão oficial do Partido. Cuba ergue a bandeira da liberdade, independência, paz e justiça como exemplo impercível do legado deixado por Fidel Castro, dum olhar socialista, sobre a realidade sombria que apresentam outras nações do sistema capitalista.
Este evento que teve a participação na abertura do Presidente do país, juntamente com outras autoridades cubanas e ao lado de autoridades provindas do Vietnã, o país homenageado neste ato.
E o interessante, que as previsões que os analistas neo-liberais fizeram do pós Fidel Castro, não se cumpriram, pois tive o carinho observar que em julho de 2006, quando o Fidel Castro enfrentou problemas de saúde o que levou se ausentar deixando no comando o seu irmão Raul Castro. Começaram especulações sobre o futuro da Ilha.
Em 6 de setembro de 2007, nos meios de comunicação capitalista como o sistema brasileiro veiculou-se que Fidel convalescia e um líder de oposição contrário ao regime pedia aos cubanos contrários ao regime a união. E assim surgiu a criação da Unidade Liberal Nacional. E segundo Hector Palácios um dos dissidentes em 2003 em liberdade desde 2006 dizia que já havia um numero de 5000 filiados.
Os liberais acreditavam na incapacidade de Fidel e diziam que deveriam acelerar o processo. E Palácios dizia que não queria tirar ninguém do poder mas inciar a discussão sobre a mudança de cunho capitalista e liberal. Acabando com fim do que ele chamou de apartheid cubana e isto foi publicado na Folha de São paulo do dia 6 de setembro de 2007.
Enquanto isto observamos que os Estados Unidos da América manteve uma politica de arrocho contra a Ilha desde 1990 e já cogitou-se uma intervenção para impor uma democracia e a mudança do regime como foi feito no Iraque. E na visão estado-unidense Cuba era o incentivo a ao terrorismo. (coleção Grandes líderes da História,Educação, Artes)
O peruano liberal Mario Vargas Llosa, em um artigo publicado no Jornal, O Estado de São Paulo de 13 de agosto de 2006, uma previsão de que o país de Cuba não sobreviveria sem Fidel Castro, que segundo ele moldou o país dos pés a cabeça.
E alicerçada nestas especulações externas sobre Cuba vejo na verdade um jogo de ansiedade, dos liberais que até o momento souberam arquitetar no Brasil e em outros países capitalistas, a desigualdade social, as intervenções danosas em várias oportunidades caso no Brasil o fim dos direitos trabalhistas e a previdência hoje destruída em relação a seguridade social . E ainda está para resolver mas o capitalismo não consegue os problemas na educação e saúde até porque para eles isto é um serviço essencialmente econômico e não tem esse caráter social que sonhamos.
E diante disto os Estados Unidos ainda continua com o seu olhar terrorista com um boicote econômico que é sem sombra de dúvida de uma violência imensa sobre outro país. Pois enquanto houve a exploração do homem sobre outro ou de um Estado sobre o outro é tempo de pensar o socialismo.
E para tanto nunca perder o foco do dia 8 de janeiro de 1959 em Ciudad Libertad, quando Fidel disse para uma multidão "Creio que é o momento decisivo pra a nossa história, a tirania foi derrotada. A alegria é imens contudo, ha muito por fazer. Não nos enganemos que adiante tudo ser´facial; possivelmente adiante tudo será mais difícil." Mas à frente dizia afirmava "quando vou falar das colunas, quando vou falar das frentes de combate, quando vou falar de tropas mais ou menos numerosa penso eu sempre penso e tenho aqui , nossa mais firme coluna, nossa melhor tropa, a única tropa que é capaz de ganhar a guerra. Essa tropa é o povo".
É certo que a experiência do socialismo cubano constituiu a principal trincheira de resistência aos tempos neo-liberais servindo de exemplo e farol para milhões de trabalhadores. Assim foi por mais de meios séculos:diálogos sinceros, fraternos e direto com o povo. Fidel deitou à revolução nas raízes históricas das lutas do povo e plantou o sonho de uma nova sociedade, de uma pátria socialista. E este sonho converteu no próprio espirito dos cubanos.
E isto faz-me recordar Ernesto Che Chevara que publicou certa vez no Jornal de Praga "É preciso ter o homem no centro da importância que se tem dele como fator essencial da Revolução" E a única coisa que creio é que temos a capacidade de destruir todas as opiniões contrárias fundamentada na argumentação.
Essas palavras de Chê , assim como de Fidel retrata o alicerce na qual está assentada a Pátria Socialista. E refletimos sobre as palavras de Fidel, quando ele disse não nos enganemos , que adiante será facil não será possivelmente adiante tudo será mais difícil. É assim o mundo vive uma luta de classe, em que existe uma ansiedade liberal para bocanhar o país e propor a escravidão de um povo.
E ontem li no jornal Granma de 10 de fevereiro de 2020, a matéria de Ernesto Esteves Rans, dizendo que há um guerra psicológica contra Cuba, e que precisamos estar ciente deste fato que quando tomemos partido só façamos entendendo o lado de cada um de nós nesta batalha realizada sem descanso e sem quartel. e termina dizendo que a Revolução é feita com seres plenos, que não aspiramos a menos.
Manoel Messias Pereira
professor de história, cronista e poeta
membro da Academia de Letras do Brasil -ALB
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