Artigo - Feira Internacional do Livro de Havana -2020 - Manoel Messias Pereira


Foi aberta oficialmente em Cuba, neste dia 7 de fevereiro a Feira Internacional de Livro de Havana, e contou com a abertura do Presidente da República Miguel Dias Canel Bermudez quem cortou as fitas do Vietnã, o país convidado de honra deste evento.
Os troadores

Cuba ergue-se a bandeira da liberdade, independência, paz e justiça como exemplo imperecível deixado por Fidel Castro no coração de seu povo e nos muitos amigos que a realidade reserva. E num mundo onde o especto cinza do chumbo estado unidense, alia-se com uma extrema direita, vemo que Cuba mantem o seu otimismo na sua busca educacional e cultural. Permitindo entender hoje a fala de Juan Rodrigues Cabrera, presidente do Instituto do Livro cubano que afirma que Cuba realiza esse encontro e reúne o otimismo, vontade de futuro, com futuro"

Presente no evento juntamente com o presidente da República Miguel Diaz-Canel Bermudez, estava também Esteban Lazo Hernandes presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular e o presidente do Conselho de Estado Alípio Alonso ministro da Cultura e Troung Thi Mai Membro do Bureau  e do secretariado do Comitê Central  do Partido Comunista d Republica Socialista do Vietnã a frente da delegação vietnamita entre outra eminentes autoridades e teve lugar o ato realizado na Fortaleza San Carlos de La Cabaña sede da Freira.


Rodrigues Cabrera ressaltou que diante de condições difíceis, devido ao ressurgimento do bloqueio genocida e brutal exercido pelos Estados Unidos contra a Ilha, é organizado esse festival de letras, cujo o convite aderiram mais de 300 intelectuais com 4000 obras e figuras da cultura contemporânea, expositores de mais de quarenat países, e cumprimentou o Vietnã calorosamente.

Um vídeo ainda lembrou figuras inesquecíveis como Dra. Ana Cairo Ballester com mais de vinte livros publicados e uma vida toda dedicada ao conhecimento, e Eugênio Hernandes presente no evento, um destacado dramaturgo cubano e diretor da Companhia de Teatro do Caribe e Cuba.

E isto fez-me lembra que um dia no final do século XX, exatamente no dia 21 de março de 1993, "Dia Internacional para a eliminação da Discriminação Racial, no jornal "Folha do São Paulo, meus olhos prendeu-se ao texto de Marisol Cano Busquet, suplemento de cultura do jornal e na oportunidade ele escrevia "escritores comentam nova safra". Pois bem ela estava referindo-se aos escritores cubanos, sobre a narrativa feita no seu país em havia uma sintonia e um sintoma de que uma boa safra de escritores chegavam para a população cubana e caribenha. E neste contexto ela citou Abel Prieto, Artur Arango, Francisco Lopes Sacha, Abílio Estévez, José Ramon Fajardo, Carlos Calcines. E esses autores que estariam possibilitando o aparecimento de um luz, que refletisse na obra épica da guerra substituída pela vida dramática de um país que voltava a ser livre, e comentava inclusive algumas destas obras como "O bosque, o Lobo e o homem novo", que recebera o prêmio Juan Rulfo de 1990, "A gineteira de Luis Manuel Garcia no relato tu que sabes", porém o foco hoje é olhar esse incio de século XXI, na literatura cubana.

 E  nesta grande Feira Internacional do Livro de Havana, que a partir de 16 de fevereiro de 2020 tem inicio essa feira por todo o país encerrando-se dia 12 de abril de 2020 em Santiago de Cuba. E neste sentido já cumprimentei Madeleine Sautié, responsável pela matéria jornalistica do Jornal Granma o órgão oficial do Partido Comunista Cubano e faço a minha saudação à todos os responsáveis pela Feira Internacional do Livo em Havana, que reflete uma resistência de educação da cultura e da civilização que de seres que se propõem com o rigor necessário para acolher pessoas que gozam do privilégio da existência do poder socialista. Parabéns.


Manoel Messias Pereira
professor e escritor
membro da Academia de Letras do Brasil -ALB
seção São José do Rio Preto-SP, Uberaba-MG -Brasil


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