Africanidades
A África tem sido palco de um dos maiores avanços tecnológicos da história, entre os quais a prática agrícola, a criação de gado, mineração, metalurgia, (do cobre, do bronze, do ferro, do aço), o comercio, a escrita, a arquitetura e engenharia na construção de grandes centros urbanos, a sofisticação da organização política, a pratica da medicina, o avanço do conhecimento e da reflexão intelectual, foi também o centro de desenvolvimento destas civilizações , uma das mais avançadas da experiência humana. Ainda assim a imagem moldada hoje pela historiografia europeia é de um povo que não são construtores de seu conhecimento. É a ideia de uma civilizaçao sem história e com conhecimentos importados.
A nossa proposta é que possamos ampliar as nossas perspectivas muito além dos últimos quinhentos anos que constitui apenas uma minúscula parte do conhecimento desta história. Pois os povo antigos (antiguidade - entre 4000 a.C até 476d.C) africanos navegavam os mares a procura de rotas para as Indias , milênios antes das caravelas portuguesa. E constam que os egípcios construíram navios de grande portes desde o terceiro milênio antes de Cristo e há indícios que enviavam frotas até a Irlanda à procura de estanho para fazer o bronze. O Mundo antigo constituía de um ativo comercio e intercâmbio cultural entre África, a Europa, Sumer e Elam, a Índia, a China e Ásia Oriental, e provavelmente às América.(Educação e Africanidades no Brasil-Universidade Brasília).
Quando lemos Martins Meredith, O Destino da África, deparamos com o texto que diz que desde a época dos faraós, a África tem sido cobiçada por suas riquezas. As pirâmides do vale do Rio Nilo deslumbraram o mundo, não apenas pela engenhosidade mas como símbolo de fortuna dos governantes. A lenda sobre as riquezas do Continente atraíram exploradores e conquistadores de muito longe. Encontramos na bíblia sobre os fabulosos presentes de ouro e de pedras preciosas que a rainha Sabá levou para o Rei Salomão em sua visita à Jerusalém, no Século X a.C, que transformaram-se em folclore três mil anos mais tarde, inspirou aventureiros europeus em sua busca por ouro e iniciaram as guerras de conquistas no sul da África.
A terra era outra recompensa. Os romanos dependiam do vital abastecimento de trigo de suas colônias no norte do continente para alimentar a crescente população romana. E passaram a chamara suas províncias costeiras de África, a partir de uma tribo berbere que vivia na região da Tunísia moderna e era conhecida como afri quando os primeiros árabes chegaram a região no século VII e acabou por suplantar as tribos autóctones de maior parte do norte da África; eles usavam o termo árabe "Ifriqiya (Ifríquia)para designar a mesma região costeira.
Quando os europeus iniciaram a exploração da Costa Atlântica, no século XV adotaram esse nome para o continente inteiro. O objetivo inicial era encontrar um caminho marítimo para as minas de ouro da África Ocidental, que sabiam de onde partiam as caravanas de camelos para atravessar o deserto do Saara, transportando o ouro até os portos comerciais na costa mediterrânea. O interesse nas minas de ouro foi despertado por uma visita do governante do Império do Mali, mansa Musa, ao Cairo em 1324 durante uma peregrinação a Meca. E ele foi tão generoso na distribuição do ouro que arruinou o mercado da região. Os cartógrafos europeus tomaram nota e uma imagem de mansa Musa decora o Atlas catalão de 1375 é um dos conjuntos de mapas europeu a fornecer informações válidas sobre a África. E em consequência disto sobre a América e sobre o Brasil. Mas segundo Meredith mansa Musa foi considerado na época o homem mais rico do mundo.
O que vemos quando estudamos os povos africanos eram que viviam em comunidades, e que todas as práticas politicas e sociais passavam por decisões coletivas. E com o tempo passaram a surgir uma servidão na África, e lendo o livro de Africanidades da Unb, observamos o seguinte contexto "As formas de servidão praticadas na África baseavam -se na captura de prisioneiros de guerra. As condições servis era reversível e não reduzia o indivíduo à condição de simples mercadoria. além de manter intacta a sua humanidade, o cativo gozava de certos direitos e ao sair da servidão podia elevar seu nível social. Havia reinados em que era rigorosamente proibido mencionara origem servil de uma pessoa, assim um antigo cativo podia tornar-se chefe da aldeia." No curso da Ufscar foi dito que um antigo cativo devia compor o outro grupo,a outra clã. E muitos até casavam-se ali. E assim foi uma tradição que muitas vezes durou-se 58 mil anos sem que nada mudasse.
Essa tradição africana no entanto vai deparar com um outro sistema político e econômico alicerçado no lucro, nos juros, que é o capitalismo desenvolvido pelos europeus no processo do pós feudalismo. Na ideia das grandes viagens, no mercantilismo, no antropocentrismo que alicerça-se do renascimento das cidades e das atividades comerciais, manufatureiras e bancárias e do aspecto cultural,artístico. Que vem nos africanos cativos não um ser humano, mas uma mercadoria. Um objeto de troca. Como encontramos nos nossos livros de história no Brasil, ou nos compêndios de contabilidade um semovente (animal), semelhante ao burro de carga. E que para a Igreja cristã um ser sem alma, um objeto na qual o papa autorizava usar e eliminar ou seja matar. E neste contexto temos a marca de uma inferioridade inata em que o cativeiro seria sua salvação, e disto lembramos a ideia dos camitas.
Assim temos o foco nas campanhas e vendas de pessoas escravizadas com um olhar capitalista, daí a alegação que nos evidencia e nos qualifica a trazer a verdade por meio do curso da Unb, e repassamos por meio deste instrumento que é o Coletivo Minervino de Oliveira base regional de são José do Rio Preto-SP, em que já vamos encontrar quotidianamente esse conceito errôneo de que "que vai mostrar que "há alegação de que a África nada tinha de especial pois os africanos já escravizavam os seus próprios irmãos" Sem no entanto levar em conta os modos de produções diferenciados, assim como as condições sociais objetivos de cada povo e de cada tempo.
Quando que em algumas partes, da África nos séculos XVIII e XIX, o tráfico tornou-se pratica maciça, tratava-se não de um fenômeno africano mas sim das integrações locais ao sistema econômico capitalista que passou a ser dominante mundialmente.E com essa escravidão mercantil, fez da África um local de despovoamento, de desestrutura do seu processo de desenvolvimento. E nem de longe essas consequências se comparam com as guerras tribais e dos cativos servis da cultura africana.
O continente africano possui aproximadamente duas mil culturas, duas mil línguas e o contatos que o Brasil teve com o Continente são com os povos que por aqui chegaram vítimas deste processo, o que chamamos de seres da diáspora africana. Mas é fundamental também apresentar ao estudante de que embora podemos falar das servidões ou praticas dos cativos africanos. Não há registros que essa sociedade tenham desenvolvidas a autocracia, ou governos feudais que repousava sobre a alienação da terra daqueles que cultivavam. Não ocorreu no seu caso tamanha e tão crucial estratificação da sociedade. Construídos sobre a propriedade coletiva da terra. Esses reinados permaneciam muito mais amplamente democráticos, mesmo considerando o crescimento constante do poder real após a metade do século XV, do que seus contemporâneos na Europa.
A Sociedade Matrilinear
O sistema matrilenear caracterizava as sociedades africanas desde tempos imemoriais. Trata-se de um sistema de partilha de direitos e responsabilidades em que a mulher desempenha importante funções e que goza de direitos sociais e econômicos, políticos e espirituais. Seu papel era marcante na sucessão real, na herança de bens materiais, e, no exercício do papel político.
Ki-Zerbo observa (1980, p.755) que o parentesco uterino parece ter saído das profundezas da pré-história africana, do momento em que a sedentarização do neolítico tinham exaltado as funções domésticas da mulher, a ponto de torná-la o elemento central do corpo social. O profundo impacto dos sistemas patriarcais do islamismo, do colonialismo europeu que introduziram novos esquemas que introduziram novos esquemas de organização social e de exercícios do poder não conseguiu eliminar do ethos social africano o legado dessa milenar proeminência das tradições matrilinear.
E os exemplos são muitos, desde as mulheres soberanas do Egito. Em Nubia a linhagem das rainhas Kentakes, que reinou seiscentos anos, por direito proprio e não por ser esposa deste o daquele homem, em angola tivemos a rainha N'zinga, em Gana Asantewaa e outras tantas guerreiras que seria difícil renomear, com a minha modesta licenciatura.
Lendo o livro de Sobunfo Somé intitulado o Espírito da Intimidade, uma autora conhecida no Brasil que viveu em Burquina Faso ela escreveu que na aldeia a vida é diretamente inspirada pela terra, pelas árvores, montanhas e rios. Assim o relacionamento entre homem e mulher na construção da comunidade e das relações entre as pessoas. Uma aldeia é cercada por outras aldeias e é difícil saber quantas pessoas moram lá. A maior aldeia é Dano, lá as ruas não tem nome há um portão principal que dá para a estrada que liga a principal rodovia a Uagadugu, capital do país. A capital até a aldeia é de trezentos quilômetros o ônibus vai parando para conversar ou para deixar alguém ninguém tem pressa. Os jovens que saem para estudar chegam transtornados. Na aldeia não há um chefe responsável por tudo, que dá ordem para os outros seguirem. Há um sistema em que os mais velhos supervisionam a aldeia sem a intenção de adquirir riqueza ou poder. O poder é visto como algo perigoso e todos tomam muito cuidado com o uso de qualquer tipo de poder de um ser humano sobre o outro.E o êxodo dos jovens tens levado no entanto o povo tribal a sofrer pressões vindas de outras culturas. Ela cita que em Dagara pelo menos as construções servem para dormir, fazer rituais e para armazenar alimentos. a vida ocorre do lado de fora dos prédios. Os banhos são ao ar livre, as pessoas precisam a vivenciar momentos e comungar a terra e a natureza. Paciência é essencial. A pressa é incompreensível. Na aldeia para as energias feminina e masculina possam estar em harmonia, as mulheres e homens precisam se comprometer a trabalhar no equilíbrio de suas energias sexuais. quando uma das energias tornam dominadora ela pode ameaçar a harmonia e a estabilidade da aldeia. Dai as reuniões de mulheres e rituais em cavernas ou matos para fortalecer a sua energia masculina, lidando com a raiva e assumindo papéis masculinos. Assim essas mulheres se vestem de homens. Assim como as mulheres fazem essas reunião os homens também fazem, a busca é a noção da diferença harmônica. Precisamos abraçar o novo milênio com um olhar totalmente novo e um coração que permite o respeito mútuo. A ideia é ambiente em que homens e mulheres apreciem-se e respeitem-se.
Numa crise de casal, é preciso um ritual comunitário e radical para separar os problemas e reunificar. Um espaço sagrado próximo das águas.O propósito do ritual, invocam o espírito cada parceiro entram nas águas e é submerso pela pessoa do mesmo sexo. enquanto isto acontece outras pessoas cantam e danças na margem, para agitar a energia impedindo a sua estagnação. quando o casal sai da água a comunidade recebe de volta e ha o agradecimento pelo espírito do bem produzido pelo ritual.
Cumpre-se observar que os sistema matriliear foi associados ao suposto atraso africano por antropólogos convencidos da superioridade da cultura ocidental. O patriarcalismo seria , para esses cientistas que permitiu a Europa ter um estágio mais avançado.
CheiknAnta Diop, autor de estudos aprofundados sobre o tema indaga, qual a civilização avançada que nega à metade da população sua plena condição humana, ou aquele que reconhece e estimula nos cidadãos de ambos os sexos a capacidade de realização pessoal e participação na vida coletiva? que nos digam as sociedades ocidentais modernas ao sofrer profundas pressões e modificações sociais, políticas e econômicas oriunda das falências do patriarcalismo. O último estágio do desenvolvimento humano vai cedendo, e o modelo das sociedades africanas matrilinear oferecendo exemplos para orientar esse movimento.
Os primeiros espanhóis que chegaram no istmo de Panamá e México no inicio do século XVI, entre eles o historiador Pedro, o Mártir, viram e registraram a presença de grupo de negros que vivam na floresta e engajavam num comercio e numa relação conturbada com indígenas. Esses negros é parte dos africanos navegador. Há uma indicação que falam sobre africanos propuseram a Colombo e ao rei de Portugal a ideia para a Espanha organizar o tratado de Tordesilhas. Colombo foi detido por uma tempestade em Lisboa quando ainda trabalhava para a Espanha. O rei de Portugal convocou as cortes e Colombo inclusive apresentou os indígenas que estavam com ele em Lisboa, vário gua-nin, com pontas de lanças feitas com um material especificamente fundidas na África Oriental. A antropologia tem evidências da presença de negros antes da chegada de Colombo no México.
O Sistema capitalista e o Imperialismo Europeu e Americano na África
O processo capitalista na sua etapa superior promoveu nos anos de 1870 a 1914, o que Lenin Chamou de Imperialismo. As causas desta expansão foram várias e no entanto todas relacionam com o desenvolvimento do capitalismo industrial.Numa tendência capitalista monopolista, com a concentração do capital industrial com associação aos bancos que convencionamos a chamar de capital financeiro. e com isto organizaram áreas de domínio econômico, ou chamado imperialismo formal nos países da América Latina independentes mas controlados pelo ponto de vista econômico. Areas de protetorados que foram subordinados ao capital europeu, como se fossem colonias aliadas neste sentido a países africanos e asiáticos, e também na chamada áreas de colonização propriamente ditas, em os europeus que se fazem uma dominação militar, politica e econômica e os quadros dirigentes são essencialmente europeus. E por fim áreas de influência, onde são mantidos os dirigentes locais, mas, através de tratados e acordos, as metrópoles se apoderam de grandes vantagens econômicas e judiciárias. E os europeus ali residentes não ficam sob as jurisdição local mas a sua metrópoles. E a ideia básica é ter mão de obra barata, matérias primas, um mercado consumidor, e o acumulo de capitais o que chamam de acumulação primitiva ou previa. Com isto temos o mapa geográfico da África totalmente dividido, retalhado em Estados, reorganização espacial chamadas riquezas que foram brutalmente saqueadas atendendo ao capitalismo industrial. Assim vimos a África ser divididas entre as potências pela Conferência Internacional de Berlim, ocorridas entre 1884 e 1885.
Na África dos ingleses, que esboçaram o projeto do ir "do Cairo ao Cabo", projeto aliás bloqueado quando a Alemanha dominou Ruanda-Burundi e Tangânica (África Oriental). Na África mediterrânea ou do Norte, os conflitos maiores ficaram por conta das rivalidades franco britânicas sobre o Egito, que culminou com o estabelecimento do protetorado inglês. Com relação ao Marrocos, a disputa envolveu principalmente a Alemanha e a França, dando origem a numerosas crises. Na chamada África Negra ou sul-saariana, as disputas foram mais acirradas, em virtude da presença e interesses de outras potências. Na África do Sul a presença maior de ingleses e portugueses e este de longa data basta observar a chamada zona do mapa cor de rosa. Os ingleses dominaram a região do Cabo e de Natal. Em seguidas tiveram problemas com os bôer que habitavam o Transvaal e Orange. Os boêres eram africanos descendentes de holandeses, que tentavam impedir que os ingleses explorassem o ouro e os diamantes em Orange. A guerra dos Boêrs(1899 -1902) determinou a vitória inglesa, formando a União Sul africana.
As Revoluções Africanas
Na obra As Revoluções Africanas, escrita por Paulo Fagundes Vicentini, foca em três Países como Angola, Moçambique e Etiópia. E consta que a descolonização do território em que Portugal era imperialista foi de forma tardia, mas abriu caminhos para revoluções nacionais democráticas e até socializante. Uma forma de politica com mudanças profundas naqueles países e com árduas lutas decorrentes deste processo, mas algumas ex-colônias inglesas e francesas também em menor extensão também viveram experiências semelhantes . As revoluções angolana, etípe, e moçambicana apresentam-se com as mais marcantes da época numa mesma conjuntura comum. Na Etiópia já existia um Estado consolidado. Em geral essas revoluções incorporaram as massas ao sistemas políticos e promoveram o desenvolvimento sócio-econômico tiveram também a construção de um Estado nação. Conjunto de tarefas que puderam realizar-se parcialmente.
No caso africano, as revoluções ocorreram durante a fase inicial de formação do Estado-nação, no colapso do aparato burocrático e repressivo colonial. Com exceção da Etiópia onde ocorreu a conquista do aparelho estatal, que foi transformado e reformado. Da mesma forma, as revoluções tiveram lugar durante a etapa de construção do próprio sistema interafricano marcado pelo pan africanismo e por clivagens entre progressistas e neo-colonialistas. As revoluções das décadas de 50 e 60 por sua vez tiveram um efeito sistêmico no continente, como foi o caso das do Egito, da Argélia, da Líbia, além de Gana.
E vemos que essas revoluções africanas alteraram o precário equilíbrio que ia se estabelecendo entre os jovens e frágeis Estados, gerando um amplo efeito desestabilizador. Já nas década de 70 as revoluções africanas ocorreram numa conjuntura em que era possível buscar aliança diplomático-militares alternativa em função da Guerra Fria, o que aprofundou os conflitos ligados as tais alianças. O apoio cubano, soviético e alemão oriental foi um elemento importante, enquanto a China Popular que exerceu um papel progressista apenas na Tanzânia, em Moçambique e no Zimbabwe. Já os processos revolucionários.Já os processos revolucionários de alcance limitado, teve o seu desenvolvimento contribuindo para o seu não aprofundamento. E nestes não houve mobilização ou radicalização amplas. Além destas lutas tivemos ainda o processo do apartheid e a internacionalização do desejo de um país livre sem a doença da segregação na África do Sul.
E quando pensamos em Angola lembramos do MPLA, fundamentado no marxismo Leninismo, quando pensamos em Moçambique lembramos da Frelimo, alicerçado no marxismo Leninissmo, quando lembramos de Giné -Bissau vemos o PAIGC, alicerçado no marxismo leninismo. E entre outras lutas vemos a presença do aspecto do socialismo presente inicialmente na luta deste povo.
Creio que a pretensão de tratar o continente africano num contexto tão complexo da historiografia passando por vários momentos conjunturais, apenas ressalta a necessidade de um aprofundamento ainda mais temático e sobretudo esclarecedor, diante de tantas estupidez, incultura e ignorâncias que nos salta os olhos, e permitem o rasteiro debate político carregado de preconceitos, discriminações e racismo. O meu papel foi de ser portador de um conhecimento, que necessita ser devidamente compartilhado.
Manoel Messias Pereira
professor de História com especialização em africanidade.UFSCAR
e extensão universitária pela Unb.
membro do Coletivo Minervino de Oliveira de São José do Rio Preto-SP.
membro da Academia de Letras do Brasil -ALB- São Jose do Rio Preto-SP
correspondente de Uberaba-MG.
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