Crônica -Professores são os que aprendem sempre - Manoel Messias Pereira

professores, Manoel Messias, Juliana(ciência) e Maria Izabel(letras)

Professores são os que aprendem sempre

O professor, ou a professora pega a sua cadeira, e fica sempre prestando atenção na escola. Nas escolas com seus aprendizes e suas expectativas são o desejo de ver a evolução dos alunos. Dizem que mestre é aquele que aprende. Mas há num mesmo espaço muitos e todos são aprendizes. O professor é operador do ensino mas sabe que cada turma é uma turma sabe que cada pessoa é unica, sabe que seu trabalho é lapidar vidas. E os alunos são como luzes que precisam brilhar para iluminar o caminho do futuro. E que escola é para compartilhar conhecimentos.

Os aprendizes tende a ouvir, tende a experimentar, tens o desejo de perguntar, tens o prazer e o desejo de pensar, de aceitar as correções. De alinhar os passos no caminho da construção de seus sonhos. Para ter num amanhã uma sociedade melhor de respeito, equilíbrio e de paz entre os seres da mesma espécie. Porém como dizia Julius Nyerere, "Para ter paz no mundo é preciso que haja justiça no mundo".

Os aprendizes ouvem o que está acontecendo , não apenas no sentido de prestar atenção , mas no sentido de aferir as aulas. No desejo de experimentar, alguns aprendizes são tentados a correr riscos e ver como alguma coisa funciona. Na questão das perguntas elas são sempre fundamentais há professores que perguntam aos alunos o que eles entenderam e há alunos que expõe o que entenderam e o que faltou a entender. Bons aprendizes também inventam suas habilidades quando estudam sozinhos, e pensam a melhor maneira de compreender as orações subordinadas, ou o uso dos pronomes, a busca do entender as equações do segundo grau, a diferença entre socialismo e comunismo. E por fim o desejo de aceitar as correções, para sanar os erros os rumos a seguir. A correção é o retorno que o professor espera não para classificar o aluno. Pois se isto ocorre aí há uma aberração, mas para a devida correção quotidiana, na busca da crítica construtiva. Nunca se castiga por um erro, mas dê sempre uma nova chance.

E isto foi para mim o exercício de compreensão como aluno, e como professor. Como aluno fui questionador. E ainda hoje guardo com saudade o olhar didático de minhas professoras, como a Marilene que nos idos de 1965, corrigia e sorria. E ainda hoje procuro aquele olhar de boa moça. E há uns dois anos fui surpreendido com o seu abraço. E ela disse que eu sempre fui um grande orgulho para ela. Mas ela não sabe que ela foi minha atriz preferida de sala de aula, uma canção que ainda ouço pelo som de sua voz, e pelo jeito professoral de sua existência. E da minha época de faculdade ainda tenho contato com a professora de história dona Leonice Marão,para mim, um sol sobre a realidade, uma paz na busca da esperança, ela segue-me como quem ouvi meus apelos de aprendiz junto a mim ela permaneceu, experimentou os exercícios, questionou-me e refletiu e a sua presença não saiu da minha agenda mental de aprendiz. Ela sempre lê o que escrevo.

Dia 15 de outubro pode ser um dia de dar a maçã aos professores e eu nunca quiz, pois lembro da lenda da bela adormecida. E não pretendo dormir eternamente será difícil ter alguém para acordar com um beijo, pode ser um dia de receber flores, eu nunca quiz as flores são lindas mas fora dos jardins elas murcham rapidamente e fico com vontade de chorar. Pode ser um dia de receber chocolates, adoro-os mas tenho que manter longe destes sabores, já tive entoxicações.  Portanto é um dia de compartilhar esperanças de respeito mútuo, de sorrisos eternos, melhorar o mundo com o nosso trabalho, para que sejas instalados o programa de boas relações humanas como essências de nossas vidas. Parabéns a todos nós que continuaremos a aprender sempre.

Manoel Messias Pereira

professor,poeta
Membro da academia de Letras do Brasil -ALB
São José do Rio Preto-SP/Uberaba-MG

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