O Povo solto aos ventos
Observo com muita atenção os discursos políticos de quem detém o poder. E esses discursos falam sempre das alianças liberais e neo -liberais, que mantém todo o sistema capitalista vigente, com um discurso moralista, antepassado, conservador, retrógrado, que não gosta da fala da esquerda, que reprime a politica de gênero, que assume um tom violento contra LGBT, e os adeptos a esse discursos,geralmente são seres violentos, que mantém o ódio como parâmentro, não gostam de indígenas,não gostam de negros, adoram vender produtos agrícolas com venenos que podem causar doenças que vai do câncer ao AVC, e disse que tudo isto é normal quando se trata de governar o país.
Porém o discursos não ficam apenas nestas minhas observações, quem está no governo brasileiro adora botar fogo na mata e assim criaram o "Dia do fogo " que queima a Floresta Amazona, e isto foram difundidos, por pessoas próxima a esse raio de pensamento, desejam que todos os trabalhadores percam o poder de comprar e querem reduzir o aumento de salário pela média da inflação, ou seja será um horror, cada vez mais o trabalhador vai perder o seu poder de consumidor. E cada vez mais vai quebrar o pequeno comerciante. Aquele que vive do suor de seu trabalho mas pensa que é empresário. Se fosse para repensar, como os acontecimentos da Revolução Francesa, seria seria um jacobino ou seja um pequeno burguês com atitudes de girondino um grande burguês.
Outro ponto que foi muito debatido nas ultimas eleições deste ano, foi o tema segurança. E sinto que foi só discurso, nos últimos meses, os roubos foram imensos, inclusive, roubo do erário público, com partidos adquirindo a verba para a campanha eleitoral e manipulando o Tribunal Eleitoral, com mulheres, que na verdade era um objeto de barganha muitas delas não fizeram campanha ou devolveram dinheiro ao partido, que embolsaram polpudas soma de recursos públicos. Mas se fomos falar da segurança pública tivemos mais mortes de crianças provocadas pelas ações animalescas dos serviços de seguranças. Ou seja temos um Estado que executa seus trabalhadores, principalmente negros e pobres.
E isto faz-me lembrar uma entrevista com Michele Alexander feita pela Folha de São Paulo em 11 de março de 2018, que atuou como diretora do Projeto de Justiça Racial da América Civil Liberties Unions e da Clínica de direitos Civis da Universidade Stanford, além de ser professora de direito da Universidade Estadual de Ohio, e ela afirmou que "Países que prendem pobres e negros são falsas democracias" "E está em risco em desandar para o autoritarismo. E pelo menos isto é que está ocorrendo atualmente nos Estados Unidos da América.O país modelo para os governistas brasileiros.
E segundo Michele Alexander, que os políticos que desejam uma hierarquia racial, amparam-se em estereótipos de raça e apelaram para o medo dos brancos da perda de seu poder, controle e cultura. Os predecessores de Donald Trump usaram termos como bebês do crack e superpredadores, para se referir a comunidades negras e obter apoio para a guerra as drogas e o encarceramento em massa. Pois bem ela lançou no Brasil pela Boitempo Editorial "A nova Segregação -Racismo e encarceramento em Massa".
Diante do discurso posto, na Presidência, no Congresso Nacional pelos governistas, vejo com muita preocupação o tom radical de extrema direita, que chega mutas vezes abafar os pensares neoliberais. E observo que mesmo diante do discurso da esquerda como o PSOL, na minha avaliação o único partido no parlamento a defender a linha política que possibilita um olhar cuidadoso com quem apenas tens a força de trabalho como a única mercadoria, neste jogo que é o sistema capitalista. É o único que tens uma bancada mantém uma linha ideológica que difere dos demais.
Já o PT, que esteve no poder, mas teve uma linha ideológica dúbia, ao mesmo tempo que veio com cara de partido dos trabalhadores, fez a conciliação de classe com burguesa, desobedecendo a lógica da luta de classe . E isto é muito estranho pois é a luta de classe o motor da história e ela se desenvolve no dia a dia nas contradições sociais existentes entre as classes, grupos profissionais que tens interesses políticos contrariados, perdas econômicas, desigualdades de oportunidades, de concorrência, disparidades regionais, conquistas sociais retiradas, direitos negados, conflitos étnicos e religiosos e assim por diante.
As demandas sociais decorrentes destas contradições são expressas pelos segmentos sociais publicamente, nas ruas, ou por meio de suas instituições de classe, representadas pelos partidos políticos, os sindicatos, as associações civis, religiosas e até militares.
Observando isto penso que o caminho democrático para o atendimento, ou não dessas demandas sociais deveria ser o Congresso Nacional. Porém é um Congresso extremamente penso, em termos de balança Pois há armadilhas que não permite o povo nesta democracia ter voz ativa e, apenas votar. E votam num processo em que possibilita um processo desigual além do uso de caixa dois nas campanhas, denunciadas ás vezes, ou sempre mas os Tribunais Eleitorais mostram-se frágeis e muitas vezes sem conseguir para o povo um resposta efetiva . Além do uso excessivo do dinheiro vindo de empresas, que embora declaradas ou não leva as campanhas as compras de votos, que mesmo denunciados ou não.
E mesmo sem ter o conhecimentos stricto senso permite a grosso modo surge o pensar numa possível maracutaia. tramóia, pelo menos no linguajar popular nas conversas informais das esquinas de todo o Brasil. Em que muitos repudiam a classe política e suas prática em prerrogativas. E por isto podem sim surgir movimentos sociais, que possam ser revolucionários, à medida que as instituições não consigam atender as de mandas sociais reprimidas.
Mas os discursos dos governistas ainda assim mostram que lutam para a criminalização de todos os movimentos sociais. E esse é o perigo do pensar na extremidade da direita, condicionando a repressão como governabilidade. Ai sim temos uma população jogada aos ventos, seja pelo parlamento, ou seja pelo executivo e até mesmo pelo Judiciário que age como árbitro da elite estabelecendo um direito que não serve ao povo ou para o povo trabalhador. Os que pensam diferente respeito mas é o que sinto e expresso em palavras, tristemente.
Manoel Messias Pereira
professor, poeta, cronista
Membro da Academia de Letras do Brasil -ALB
São José do Rio Preto-SP. /Uberaba-MG
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