foto de Toninho Cury
O nascer do Sol na represa de São José do Rio Preto
Ontem pela manhã sai para ver o nascer do sol, a partir da minha represa municipal e parei a pensar que todo o universo é belo, as cores da natureza é bela, a represa de minha cidade de são José do Rio Preto é bela, creio que o céu e as estrelas a noite sempre é algo que encanta, mas o amanhecer é sublime.
A terra tem seus encantos e todos nós seres humanos desfrutamos e observamos os ruídos dos pássaros que alvoraçam nesta manhã tão linda. A ideia de ver o nascer do sol, partiu de um sonho, em que era preciso ter imagens belas, e um sorriso de paz para a minha alma.
O sorriso era o meu, solitário entre os invisíveis espíritos da natureza. Me senti como na antiga porção dos Vedas se perguntando "donde procede tudo isto?", uma pergunta que chega até nós, e se possível já deve ter chegado a milhões de vezes, porém as nossas respostas talvez tenham sido a do fracasso, porque contém apenas parte da verdade e mesmo em parte adquire forças de nosso tempo a medida em que colocamos -a numa estrutura de conhecimento.
Há pontos desta pergunta é quando não existia coisa alguma nem nada, deve ter havido um tempo em que não existia esse mundo ou estes planetas. É e nisto não havia as auroras e nem mesmo a terra,nem os mares, os rios, as montanhas, a fauna, a flora, nem os seres humanos dotados de racionalidades e irracionalidades. Porém são segredos que não domino, e já estive procurando entre os humanos e confesso que todas as respostas são em parte e estruturadas num conhecimento, que não é o todo harmônico.
Mas o que vemos em torno de nós são os elementos naturais dos três reinos, animal,vegetal e mineral. Aqui vejo árvores fornecendo sementes, e os frutos germinando na terra, aqui observo os pássaros ajudando a plantar a esperança verde e nisto o sol que intensamente brilha. Mas que na tarde sutilmente desaparecerá, para dar lugar a noite.
Na minha limitação de conhecimento sei que pertenço a terra, e que essa faz parte de outros tantos planetas que orbita o sistema solar. Mas enquanto é o dia estamos iluminado pelo sol, ah, quando a chuva vem o sol da uma licença e ela cai mansa, ou as vezes não, mas são formas poéticas da existência. São verdades que foge até do convívio da ciência. Pelo desconhecimento.
Os mestres religiosos dizem que a água é para a energização. E elas são usadas para aguar as flores, as ervas, as verduras, enferrujar o ferro, molhar o ouro e não se mistura com o óleo.
Observo essa represa urbanizada, com as primeiras pessoas que chegam para a caminhada na manhã, a entre essas os idosos, a procura dos equipamentos para exercitar. As mulheres com sua beleza e o charme usual que deixa a passarela da caminhada mais bela,enquanto os pássaros enfeitam de canto as árvores como se dela fosse frutos ou irmãos, as capivaras pastam e mergulham num banho de harmonia. E neste momento o sol já saiu e eu fiquei além do seu nascer. E vi que já era hora de ir para casa pegar o meu caminho.
A minha vista ao por do sol nasceu do sonho das paisagens. Vi os encantos possíveis,e senti os impossíveis na sua ternura das existências, nas forças místicas do refletir, organizei o meu pensar e vi o princípio e a rotina de quem frequenta as caminhadas nas margens da represa municipal. E nada mais, além do sublime nascer do astro rei, o Sol, voltei maravilhado.
Manoel Messias Pereira
professor, cronista, poeta
membro da Academia de Letras do Brasil -ALB
São José do Rio Preto-SP. Brasil
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