Cronica - O arroz e o Carrapicho - Manoel Messias Pereira



O arroz e o carrapicho

As vezes andamos demais pela vida, fugimos das múltiplas descidas e queremos subir, e a vida é um sonho que passamos por aqui, que encontramos alguém, que resolvemos ficar e separar. E apartar um dia. Parece que no dia que casamos alguém nos jogam arroz e a felicidade está no jogo. 

Entretanto, na vida não há somente o arroz e a paz, mas também os carrapichos. Recordo que em meu sonho, alguém me entregou um punhado de arroz e nele havia garrapicho.

É não sou nenhum Freud para interpretar os sonhos pensei duas coisas, o arroz, é o sinal de abundância, um presságio positivo relacionado ao amor. E pensando sempre no amor é muito difícil pensar em coisas ruins. Os grãos do arroz esta relacionados a felicidade. Ao sucesso da prosperidade a sorte da fertilidade e talvez boa amizade.

Falando como os psicanalistas dizem que os sonhos são alimentos positivos para a vida dos sonhadores.

Já o carrapicho não é algo que comemos, e sim uma escolha que precisamos fazer. é a necessidade de escolher entre o grau da felicidade e o espinho que gruda em nós. Mas em se tratando de sonhos pode ser alguém querendo nos agarrar e talvez alguém bem próximo de nosso convívio. Ou alguém que quer grudar buscando a felicidade. Ah esse carrapicho pode ser meu incomodo que não consigo resolver.

Não sei se vou para uma loucura humana, envoltas de uma nova aventura, inspirado pelo desejo e a ansiedade de amar ou de agarrar-se a outras cercas. Ou de apenas deliciar nos aromas e no gosto de outros beijos. Ou melhor talvez seja entender que é preciso tomar juízo.

Pois bem já caminhei por muitas estradas, já fugi de muitos cachorros bravos, já interpretei muitos mocinhos e muitos vilões, e basta lembrar que os sonhos a gente acorda e vive uma realidade. A vida embora seja um sonho continuo, aqui choramos, ganhamos, perdemos, jogamos só por jogar, pois bem é uma vida. Acordar dela é subir para o céu. Creio que hoje não estou pronto ainda. Vou ficar por aqui para confessar os meus pecados. Outro dia talvez. Acho difícil separar o arroz do carrapicho.


Manoel Messias Pereira

professor,poeta e cronista
Membro da Academia de Letras do Brasil -ALB
São Jose do Rio Preto -SP. Brasil


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