Fatos Históricos do dia 17 de junho - Contemplação Humanística

Em 17 de junho 1631 - morre durante o parto . e seu marido Shah Jahvan imperador do Império Mongol vai gastar 20 anos para construir a seu mausoléo, o Taj Mahal.
Em 17 de junho de 1729 - falece Jean Meslier, sacerdote católico francês, que promoveu o ateísmo e num texto denuncia a falsidade de todas as divindades de todas as religiões.
Em 17 de junho de 1789 - Declaração da assembleia Nacional constituinte da Revolução Francesa.
Em 17 de junho de 1910 - Foi inaugurado em Fortaleza -CE o Teatro José de Alencar.

Em 17 de junho de 1953 - Revolta na Alemanha Oriental por iniciativa dos trabalhadores da construção, que dirigiu a atá a sede do governo para reclamar de normas e a cadencia do numero das horas de trabalho que havia sido estabelecido pelo governo da RDA. No dia 18/06/diante da pressão popular o governo anunciou rever as suas posições. 

Em 17 de junho de 1969 - Nasceu o maratonista africano Paul Tergat
Em 17 de junho de 1970 - nasce João Marcelo Boscoli, compositor brasileiro.
Em 17de junho de 1980 - O presidente do Seegal Leopoldo Sedar Senghor, recebe o título de Doutor Honoris Causa, pela Universidade de Évora (Portugal)

Em 17 de junho de 1980 - nasce Vênus Wiliams, atleta tenista estadunidense
Em 17 de junho de 1987 - nasce Kendrick Lomar - rapper estadunidense
Em 17 de junho de 1992 - O escritor José Saramago, com o seu livro "O evangelho segundo Jesus Cristo" recebe o Prêmio da Associação Portuguesa de escritores
em 17 de junho de 1994 - O J Simpson é absorvido das acusações de assassinar sua esposa , Nicole Brow e do amigo dela Robert Goldman.

Em 17 de junho de 2004, o ex-presidente da Libéria Charles Taylor (foto) acima, teve os seus bens congelados pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas - ONU




Em 17 de junho de 2004 - O Conselho Nacional de educação através do Conselho Pleno por meio da Resolução n.1, Institui Diretrizes Curriculares nacionais para a educação das Relações Ético raciais e para o ensino de História e cultura Afro-Brasileiro e Africana.
Em 17 de junho de 2007 - falece Abilio Soares, governador do Timor Leste, nomeado pelo governo da Indonésia.
Em 17 de junho de 2015 - Foram encontrados um grupo de africanos da etnia Karo no Vale o Rio Omo no Sul  da Etiópia, vivendo praticamente isolados, embora próimo a fronteira do Suldão do Sul. Ali falam seus idiomas, veste suas roupas tradicionais com couros de cabra e mantém seus rituais ancestrais.
Em 17 de junho de 2015 - O jovem Dylann Roof, entra na Igreja Episcopal Metodista africana de Emanuel, em Charleston na Carolina do Sul e atira matando 9 pessoas. Todas por serem negras, e ele como racista não admitia  por serem negras e não qual ele nutria ódio por negros. Foi preso julgado e condenado a morte.
Em 17 de junho de 2015 - Marcia Tiburi a filósofa brasieleira, escreveu na Revista Cult um texto intitulado as feministas estão chegando, fazendo uma abordagem entre as mulheres e toda a discussão de gênero que existe hoje no Brasil.
Abaixo a página da revista.

As feministas estão chegando…
E falando da realidade e do sentimento de inadequação.
As feministas estão chegando, estão chegando as feministas…
 Adaptando os alquimistas de Jorge Ben…
Muitas pessoas são feministas, mas não gostam ou tem medo do nome feminismo. Mal sabem que esse gosto e esse medo tem origem. Eles resultam de um jeito de viver (podemos dizer cultura) que a gente chama de “dominação masculina”.
Nesse jeito de viver no dia a dia, no trabalho, na rua, na igreja, nos lugares que a gente frequenta, sejam restaurantes, bares, praças, as mulheres têm um papel bem claro e se não o cumprem têm sempre que se justificar. Quem nunca se sentiu surpreso por entrar num ônibus dirigido por uma mulher? Quem nunca achou estranho que uma mulher seja a chefe de homens? Que esteja em um cargo de poder político? Ou que esteja sozinha em um praça, em um restaurante? Que viva sozinha e não queria se casar nem ter filhos? Só para citar exemplos bem simples…
Se as mulheres têm que se justificar por estarem fazendo alguma coisa é porque sua presença nos espaços públicos, que são os lugares onde todas as formas de poder são exercidas, é considerada inadequada. Isso deve ser resquício daquela época em que as mulheres eram escondidas em casa pela própria família para que não se metessem onde não eram chamadas. Como se ficar em casa fosse adequado a uma mulher, como se ficar em casa fosse natural e inquestionável.
O feminismo não é nada demais e não precisamos ter medo dele. Ele é só um questionamento dessas verdades absolutas que pesaram sobre as mulheres.



Ou seja, o feminismo é uma teoria e uma prática que questiona essa suposta “inadequação” das mulheres. Claro que isso incomoda, porque o que a gente chama de “patriarcado” é uma forma conservadora de sociedade que se sustenta em um tipo de poder em que algumas pessoas tem privilégios (simbólicos, práticos) sobre outras em função de seus lugares de gênero e sexualidade. Tipo ser homem heterossexual é melhor do que ser mulher, lésbica, trans, gay. Mas também em função de seus lugares de classe, tipo ser de classe média ou alta, parecer rico. E de seus lugares de raça, tipo ser branco. E também dos seus lugares estéticos, tipo ser “normal” do ponto de vista da forma física, daquilo que a gente pode chamar de “plasticidade”. A sociedade privilegia os “adequados” porque a sociedade faz acordo com os donos do poder que ditam padrões. Quem não é adequado, ou não se sente adequado, tem que encontrar um lugar para sua própria singularidade e cidadania. Os inadequados têm que lutar por seus direitos, porque eles não virão dos que se servem dos privilégios da adequação.

Daí que o feminismo seja a ético-política que cria esse lugar para as pessoas inadequadas.
Todas as mulheres que hoje em dia estão exercendo seu direito ao trabalho e à existência em lugares onde elas parecem inadequadas, são de algum modo, ou feministas ou herdeiras das práticas feministas, que permitiram que elas estejam hoje ali. Mesmo as que não se reconhecem como feministas devem ao feminismo. O feminismo, contudo, não é uma política de cobrança, ele é uma luta pacífica, cheia de compaixão e generosidade, que deu certo, e ajudou todo mundo. Apesar de tudo o que se diz contra ele, num ato de ingratidão e inveja, o feminismo continua vivo como ético-política e vai continuar nos levando mais longe no melhor sentido do renascimento da política em nossa época.
Se hoje em dia podemos escolher nossos destinos é porque muitas mulheres lutaram por isso antes de nós. Hoje em dia ser feminista é continuar lutando para que a sociedade não regrida de tudo isso que já se alcançou.
Por isso, o problema com o nome feminismo tem que ser superado. Porque, quando penso bem, quando analiso um mínimo da história humana, vejo que se não fossem as feministas, a coisa iria muito mal.
As feministas estão chegando… Elas nunca foram embora, mas agora elas vem em festa, portando os estandartes de uma nova política, um poder que é potência, um poder que é democracia sem medo, nem vergonha, nem disputa e nenhuma necessidade de corresponder a nenhum padrão.
Inadequadas e potentes. O mundo não será mais o mesmo.
Em 17 de junho de 2017 a União africana UA, pede calma a Eritreia e Djibuti, quando aumenta a tensão a partir  do ressurgimento de uma disputa territorial na fronteira, na sequencia da retirada de soldados do Quatar. E pelo visto o tema foi para o Conselho da ONU.









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