Artigo - A Educação emancipadora de Consciências - Manoel Messias Pereira



A educação emancipadora de consciências

Somos seres humanos, procurando entender a nossa vida, a nossa sociedade o processo educacional por quais todos nós construímos pensando num mundo melhor mais aprazível e desenvolvido cultural, intelectual e educacionalmente.

A nossa é onde temos as primeiras lições de vida com nossos país, avós e toda a ancestralidade de uma família.Porém a nossa família é parte de uma comunidade, ou de uma sociedade. Que precisa ter sempre a instalação de uma educação que venham a atender as necessidades de uma sociedade.

Um dia li numa revista um texto de Antonio Joaquim Severino em  que a escola é a instituição por excelência em que há um projecto sócio-cultural histórico educacional na sua dimensão educadora. E neste contexto há o espaço e o tempo como instância social, medicadora e articuladora. E se de um lado, a sociedade precisa da ação dos educadores para concretizar os seus fins. Porém os educadores também precisa do dimensionamento politico do projecto social.

E para que a ação tenha um real significado como mediação do processo humanizador dos educando.Óbvio levando-se em conta as particularidades comuns e históricas da sociedade brasileira. E nisto vejo uma adequação num tempo em que possa acontecer o ensino e a aprendizagem. E assim vencer ao processo de ignorância e estupidez. Pois o que deve vencer sempre é a busca do conhecimento, para uma emancipação cultural, intelectual e educacional dos indivíduos.

Com a juventude estudantil nas ruas neste último dia 15 de maio de 2019, ao lado de professores e funcionários das escolas pública e privadas em todos os níveis. Observei que a educação continua sendo uma preocupação central neste país. Porém não por parte de quem governa, que deseja mais é destruir um processo. Com os cortes nos orçamentos da Educação. Enquanto que o governo paulista pensa em privatizar toda a escola. Como se educar fosse uma linha de produção, como se estivesse construíndo uma cadeira, uma panela ou sei lá. Porém a educação não é isso.

Educação como diria Paulo Freire é o amor  que é a comunicação  intima de consciência que se respeita. E aquele que ama educa. Embora temos no poder político alguém que só fala em ódio. Inclusive não gosta de ouvir falar de Freire, e prega o ódio como característica própria portanto é ser sem educação. Grosso, estúpido. E não vale ressaltar adjetivos, pois são palavras que se desgastam em alguém que não vales a pena.

A educação mediadora universal da existência humana. Ou seja toda a sociedade precisa da educação. A humanidade parece sempre estar se refazendo. Há por certo um processo de aprendizagem que na verdade é sempre dialéctico, portanto diferente a cada instante e a cada momento.

A essência humana não constitui a forma de uma entidade metafísica nem, sob a forma pura realidade física-biológica. O ser humano precisa com seu jeito realizar a sua humanidade. E é um ser em remanente construção.

A educação não precisa ser pública ou privada. Porém em relação a escola sim pode ser pública ou privada. A educação precisa sim ser universalizada com o interesse de toda a sociedade . E quando tratamos de educação não podemos confundir com o público ou privado ou religioso x ou y. A educação é laica.E o sentido público é aquele que garante o universo dos sujeitos o direito de usufruir os bens culturais da educação sem restrição. Educar é para emancipar os indivíduos.

A educação precisa ser construída em equipe, numa instituição chamada escola, em que precisa ter é um processo politico-histórico social e pedagógico. que envolva a comunidade escolar, ou seja gestores, professores funcionários e a pais e alunos. É preciso colher todas as contribuições para elaboração do projecto pedagógico e toda a interferência provínda de governo  ou de empresas é um corpo estranho no organismo que precisa dar resposta a sociedade a comunidade, no processo de ensino aprendizagem na reflexão sobre todas as conjunturas.Por isso as escolas precisa elaborar seus contrapontos as essa interferências indesejadas. 

E mais do que ninguém a comunidade precisa assumir seu carácter de comunitário, sua participação ativa, a educação é algo coletivo, porém o projecto precisa ser construído no compartilhamento. De forma humanística e solidária, usando-se de uma busca libertária e popular.


Manoel Messias Pereira

professor de história
poeta e cronista
Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB


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