Artigo - Os Cento e dez anos de Joaquim Soeiro Pereira Gomes - Manoel Messias Pereira.

Cento e Dez anos de  Joaquim Soeiro Pereira Gomes

Em 14 de abril de 1909 Baião, Gestaçô-Portugal, nascia na residência de Alexandre Pereira Gomes e Celestina Soeiro, um garoto que recebeu o nome de Joaquim Soeiro Pereira Gomes. Se tornou um grande escritor anti fascista. Que veio falecer 05 de dezembro de 1949.

Como filho de agricultor foi estudar na Escola de Regentes Agrícolas de Coimbra. E após finalizar o curso foi para Angola, sendo que trabalhou aproximandamente um ano lá. Em Coimbra casou-se com Manuela cancio dos Reis (1910 a 2011).

E ao regressar para Portugal foi viver em Allandra, ode vivia seu sogro. Foi trabalhar numa fábrica de cimento como funcionário administrativo da empresa Sommer Chapalimoud, e onde passou a fazer parte de uma célula e trabalhar formação com os funcionários.

Porém foi o seu trabalho como escritor que desperta a todos de princípio passa a escrever no jornal O diabo, O Sol Nascente e escreve o livro "esteiro", e vale ressaltar que era época da ditadura de Salazar, com o chamado período cinzas das publicações, O Esteiro teve inclusive a ilustração de Álvaro Cunhal. E foi publicado em 1941. Essa foi um obra de profunda denuncia de injustiça e  miséria social, que consta a história de um grupo de crianças que desde cedo abandona a escola para trabalhar numa fábrica de tijolos. Escreveu também o romance Enrenagem, ou Contos Vermelhos dedicados ao PCP.

Devido a condição de Comunista Soeiro, passou a viver na clandestinidade e mesmo durante a repressão de Salazar continuou a desenvolver o seu trabalho de militante. Era um exímio fumante e por isto desenvolveu um câncer nos pulmões. Porém na clandestinidade não foi possível ter um tratamento médico adequado E em 5 de dezembro de 1949 acaba falecendo. 

Na sua lápide em Espinho onde foi sepultado consta a frase "A tua luta foi a dádiva total. Porém em Lisboa onde está o Partido Comunista Português PCP, o edificio cham-se Soeiro Pereira Gomes assim como a rua de onde está instalado.


Manoel Messias Pereira

professor, poeta
São José do Rio Preto-SP
Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB


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