Poesia - Transeuntes - Manoel Messias Pereira


Transeuntes

Todos caminham como artifícios
Todos crêem em destinos
Porém acredita num espírito
num Deus, num céu, num político.
E o que é isso.

Todos querem comer
o sanduíche, o bife grego
o pastel de vento, essa pobreza
essa mosca varejeira.
E que merda.

Todos vivem o caos
os preços altos, os pés descalsos
as crianças evacuando
sem fraldas, deitadas nas calçadas.
Que tristeza.

A lógica racional
me leva ao riso amarelo
e as lágrimas, vão passeando
pela minha face.
Tenho um  humor que é triste

Enquanto todos caminham em artifícios
andam em desatinos
mas crêem num espírito, num  destino
num Deus, num céu, num politico.
Coitados.


Manoel Messias Pereira

poeta
Membro da Academia de Letras do Brasil -ALB
São José do Rio Preto-SP. Brasil





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