Sángó, kawo Cabecielie
O dia 30 de setembro na Igreja Católica comemora-se o dia de São Jerônimo e neste mesmo dia a Umbanda em faz o chamado sincretismo religioso tem esse dia como o dia de Xangô. Porém quando lemos o livro de Aluísio Fontenelle "O Espiritismo no Conceito das Religiões e a Lei Umbanda" ele apresenta Xangô não como São Jerônimo mas como São João Batista(Xango Caó)-Editora Espiritualista.
Na coleção divindades Afro Brasileira da Editora Abril, diz que Xangô é a divindade popular e costuma ser invocado para ajudar a resolver problemas financeiros. e segundo o Mito ele fez de tudo para dividir o montante de forma correta ao povo quando era rei de Oió, cidade que teria sido governado por ele, e que fica na atual Nigéria. para os adeptos do Candomblés Xangô não e uma divindade do outro mundo. De acordo com a tradição oral ele foi o quarto mandatário a reger a nação nagô, denominação concedida por historiadores franceses ao povo africano que fala a língua yoruba. Não existe prova histórica que possam comprovar sua existência. Mas lenda a seu respeito não falta.
Porém a ler o capítulo 4 do Livro Curso de cultura Religiosa Afro-Brasileira da Livraria Freita Bastos escrito por Fernandes Portugal, consta Obakoso oro Alibe Ilê oori gbodo Agbon Mojubá, Ala Loorisa. Que em tese diz Xango é de confiança, no quarto de seu palácio, nos salvamos e evocamos este Òrisá, que é a herança de nossa família. Confiamos em Obakoso, não tem òrisá que lhe seja superior, batecom o ose naquele que desobedece.
Na obra de Byron Torres de Freitas e Vladimir Cardoso de Freitas, na pagina 91 "A lenda de Xangô, consta que muitos preceitos e quizílas dos orixás são explicados através das lendas que os mais velhos transmitem aos mais jovens. E a lenda de Xangô que mesmo depois de casado com a Oxun continuou indo as festas sozinho a fazer farras e ter aventuras com as mulheres.
Oxun reclamava, mas inultilmente. Não gostava de ficar só em casa e por isso brigava com o marido. Oxun era vaidosa e Xangô mandou trancafiá-la na torre do palácio real.
Exu viu Oxun na torre chorando. e perguntou por sinais o que estaria ocorrendo. Sabendo disto Exu, foi contar a Orumilá, que fabricou um axé de folhas mágicas e mandou dizer que ela deixasse a janela aberta.Exu soprou o pó de axé, o qual alcançando a janela, transformou Oxun em um pomba. Foi assim que a prisioneira voou da casa paterna, onde foi novamente transformada, readquirindo sua forma primitiva. Dai em diante, a Oxum não comeu mais pombo.
Porém no livro de Ademir Barbosa Jr, intitulado "O essencial do Candomblé"editora Universo dos Livros, consta na página 56 que Obá irmão de Iansã foi a terceira e mais velha esposa de Xangô. alguns cultura como um aspecto feminino de Xangô. Na festa da fogueira leva as brasas para o seu reino (símbolo do devotamento, de lealdade ao marido) Guerreira e pouco feminina , quando repudiada pelo marido rondava o palácio com a intenção de a ele retornar.
E há uma lenda entre Obá e Oxun que ambas disputavam o amor de Xango. ambas cozinhava para o marido, cada uma numa semana. como Oxun era a esposa mais querida. Obá procurava imitá-la em tudo. Oxun porém não gostava que Obá lhe copiasse as receitas.
Um dia Oxun convidou Obá para sua casa, recebendo-a com um lenço na cabeça, escondendo as orelhas. Mostrou-lhe uma sopa onde boiava dois cogumelos, dizendo à rival tratarem das próprias orelhas. Segundo Oxun, Xangô se refestelaria com o prato. Ambas puderam observar o prazer e a alegria com que Xangô saboreou a sopa, elogiando a esposa.
Então na outra semana Obá cortou as próprias orelhas serviu a Xangô que ficou enjoado. Neste momento Oxun chegou sem o lenço mostrando as próprias orelhas. e Obá e Oxun brigaram feio. Xangô ficou irado com mais esse episódio de competição e briga tentou fugir enquanto tentava alcançar um raio. As esposas de longe de Xangô e de sues raios transformaram em rios. Enquanto as águas do rio de Oxun encontravam-se os rios de Obá, a correnteza é brava, pois ambos rios disputavam mesmo espaço.
Quanto a Yansãn, lendo olivro de Batista D'Obaluayê livro de Ouro dos Orixás, fala que os dia consagrado a Yansãn é o mesmo do seu marido nas quarta-feira. Seus simbolos são como na África os chifres dos búfalos e um alfanje, colocados sobre seu peji. Iansã é a divindade do prazer da sinceridade, da busca extrovertida e da paixão.
No livro Divindade Afros brasielras, traçam a história do mito como uma mulher batalhadora que vendia quitudes para sustentar seus nove filhos. Ela tinha uma pele de búfalo mas Ogun escondeu e por esse motivo ela casa com ele para ter o o couro de volta. Já com Xangô foi um casamento que rendeu fortes cenas. consta que Xangô perde seu reinado e foi obrigado a mudar de cidade e Iansã foi a unica que lhe acompanhou. Mas durante uma festa todas as mulheres apaixonam por Xangô, os homens ficaram roxo de ciúmes e encarceraram Xangô. E para avisar Yansãn chamou lançou vários trovões para que a esposa soubesse e a Deusa a invocou aos céus para libertá-lo. Os raios caiu na prisão e num redemoinho assim Yansãn liberta o seu amado.
Conclusão.
Diante das lendas concluo que, quanto do sincretismo, é algo bem interessante, pois Jerônimo é o sacerdote cristão ilirio nascido no ano de 347 em Estridão , teólogo e historiador, confessor e doutor pela Igreja Católica, filho de Euzebi de Estridão na fronteira entre Dalmácio e Panônia, conhecido pela tradução da Bíblia para o Latim conhecido como a Vulgata e por seus comentários sobre o Evangelho de Hebreus. viveu como eremita na Ilha no Adriático e faleceu no ano de 320 aos 73 anos em Belem-Palestina prima.
Já João é filho de Zacarias e de Izabel sacerdote do templo prima de Maria Santíssima veio ao mundo na mesma época de Jesús Cristo, e há uma lenda de que gestação de Isabel é obra do Espírito Santo pois a mãe era uma pessa idosa e seu filho tinha a incumbência de conduzir os filhos de Israel ao reino de Deus. E João foi levado ao deserto aos cinco anos pelo Espírito santo a fim de santificar-se e ainda mais preparar para sua mais sublime missão. E do deserto voltou como um verdadeiro profeta. E só abandona o deserto aos trinta anos e prepara o caminho para o Messias.
Por isto é tido como Xangô na chamada Linha do Oriente na Umbanda. Portanto temos duas história da Igreja Católica que tens correspondência com o sincretismo ao prometeu negro Xango.
E no Brasil ainda temos no livro de Byron uma explicação de que a equiparação de Jerônimo como Xangô foi uma artificio que se valeram os africanos escravizados no Brasil. E quem disse todo os aspectos do sincretismo foi sacerdotes africanos para convencer o senhor branco e manter -se sobre segredo a sua cultura.
Todas as lenda são cultura populares que se cruzaram e ganharam uma espécie de heróis de Deus sagrado, pois quando lemos Fernando Portugal temos os fundamentos religiosos, Como assim ele escreve "O obi, é o ewô de Sàngó, inclusive das pessoas de Sàngó. O que se dá a Sàngo é o falso nóz de Kola (Orogbo) o fruto de Xango, e conta a lenda que na cidade de Òyó não existe um pé de obi, porque disse a lenda que ele se enforcou em um Obi, e assim ha um canto "Obá Nisa Iku Loke odo oberioman irá Irá iraá (Rei Sagrado, morte à beira do Rio na cidade de Irá, na colina de Kosu). Para se pronunciar Obakoso, deve - se ter seis pedaçosde orogbo, na mão direita, esquerda e na boca. É um nome sagrado. Para Sàngó se dá tres ou seis orogbo, em cima de qualquer comida que lhe pertença.
Kowo Kabiesile: será que sua majestade permite-me vê-lo? Porque como é tradição dos reis ele vem com imbe (chorão). Abaguere é a festa de Sàngó, e Adamseno é o seu machado duplo, que significa Ada machado curvo e seno causar, atuar. o titulo é Afonjá que no candomblé é oficial palaciano rebelado contra o Rei Aolé que tomou o poder de Òyó que significa FON=aquele que começou Já =lutou.
Portanto Xango é deus do trovão dos Iorubanos, é viril, galhardo justiceiro, castiga os metirosos, os ladrões e os malfeitores, uma casa marcada tocada pelo raio e marcada pelo cólera de Xangô. Nos terreiro brasileiros já ouvimos "Xangô quando andava pelo mundo, escrevia com pena de ouro, quem deve paga e quem merece recebe". A grafia no texto algumas vezes escrevi Xangô outras vezes Sàngó, respeitando cada pesquisador e permitindo assim que todos possam entender que a forma de como apresenta-se seja na Umbanda no Omoloco, no Tambor de Minas no Xango do Nordeste, nas Turquias do Norte do país nos Voduns, nos Afoxés, verás que nas muitas lendas há divergências,basta verificar sobre a sua morte mas isto faz parte de uma cultura oral que perpassa duais mil culturas e línguas, mas a sua saudação é única "caô cabecile ou Kawo Kabiesile". O importante é que ser humano afro-brasileiro, filho de Xango, ou de outros Deuses africanos continuam fieis a sua cultura e a preservação de um oralidade que ultrapassa o tempo.
Professor Manoel Messias Pereira
Membro do Coletivo Minervino de Oliveira de são Jose do Rio Preto-SP
membro do Conselho Afro de São José do Rio Preto
membro da Academia de Letras de São Jose´do Rio Preto-SP
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