O novo relatório do ACNUR Turn the Tide: Refugee Education in Crisis, mostra que, apesar dos esforços dos governos, do ACNUR e de seus parceiros, a matrícula de crianças refugiadas na escola não está conseguindo acompanhar o crescimento da população refugiada.
as meninas refugiadas do Quênia
A situação é tão grave que, em apenas um ano, o número de crianças refugiadas fora da escola aumentou em meio milhão. Apenas 61% das crianças refugiadas frequentam a escola primária, em comparação a 92% das crianças no mundo.
O ACNUR está trabalhando para ajudar crianças refugiadas a permanecerem na escola, para que elas possam desenvolver seu potencial, não importa o que aconteça. Mas não podemos fazer isso sozinhos.
Recomendações do ACNUR para a educação de crianças refugiadas
- A educação é uma das formas mais importantes de resolver as crises do mundo e é fundamental na resposta às emergências de refugiados. Por quê? Porque os refugiados passam muitos anos, até décadas, no exílio. Muitas vezes mais do que o tempo necessário para viver uma infância. Com a oportunidade para aprender, crescer e florescer, as crianças crescerão para contribuir tanto para as sociedades que as abrigam como para suas terras natais, quando a paz lhes permitir retornar.
- As crianças precisam de um currículo adequado durante todo o ensino fundamental e médio, resultando em qualificações reconhecidas que podem ser o trampolim para a universidade ou para a formação profissional superior.
- As crianças refugiadas precisam ser incluídas nos sistemas nacionais de educação de seus países de acolhida – sistemas que são regulados, monitorados, financiados e atualizados.
- As regiões em desenvolvimento abrigam 92% dos refugiados do mundo em idade escolar, onde as escolas muitas vezes sofrem com recursos insuficientes. Esses governos precisam de apoio para incluir crianças refugiadas nos sistemas nacionais de educação – como alguns deles de fato se esforçam para fazer – e para expandir a infraestrutura e o suprimento de professores necessários para isso.
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