Crônica - O discurso e o deboche - Manoel Messias Pereira




O discurso e o deboche

Estamos hoje no século XXI, vivemos num estado capitalista com um grau de embrutecimento social enorme,com um processo de ignorância do povo em relação as instituições politicas, que tens dificuldades em atender o ser humano nas suas necessidades básicas. E isto tudo é expressado na dor de quem vive o  pleno abandono político, com serviços públicos de qualidade duvidosa porém feito por um empresa privada. Portanto uma lógica focado apenas no capital,mas expressa ideologicamente por muitos pensadores que de maneira  inadequada organizam seus pensamentos pois na maioria destes formadores de opinião guardam o ranço de um guerra fria quem em tese deixou de existir nos fins do século XX.

E essa crítica tem muito a haver com a situação que encontramos de pessoas morando nas ruas, sem ter o capital, fruto de uma politica inadequada, equivocada dos governos capitalistas sejam eles municipais, estaduais ou federais, que se perdem em números e não conseguem entender a dimensão social do abandono. E organiza-se um governo apenas para quem tem o capital e esquece propositalmente aqueles que nada possuem. E aqui eu não estou alando de esmola não, embora o Congresso Nacional seja de pessoas oriundas de Igrejas, que tens uma falta de visão e um cérebro menor do que um grão de mostarda. E somando-se a isto temos ainda os serviços de saúde, em que temos uma falha imensa na saúde preventiva, e temos uma saúde curativa, que mais parece um açougue humano, que faz-me lembrar a minha infância quando matava -se porco no quintal era o bicho gritando o sangue jorrando, iam uma duas, três facadas até acertar o coração era terrível. Depois o animal morria, e vinha a água quente, para lava-lo, a depilação geral do mesmo e a abertura da banha, da barrigada, que na minha pouca idade, pouco entendia. E dali saia a paquela, o choriço, o sangue cozido com arroz, com cheiro verde e cebolinha. Ainda hoje lembro-me disto e sei que há religiosos que questiona, de como   comemos o sangue do animal e vem com papo de que o sangue é a vida de Deus e que Jesus morreu para nós dá a vida. E que ele dizia ser a verdade e a vida, mas era Deus que se fez homem e habitou entre nós.  Pelo que sei Jesus Cristo não era porco. a gente comia era porco sim.

Outro assunto é a nossa educação, pública, pensada por empresários privados toda ela feita apenas para por o jovem num mato sem cachorro apenas fazer um serviço, pesado, como trabalhar descarregando caminhão, de lixeiro, de pedreiro, de encanador, e quem são trabalhos que merecem o devido respeito porém não são apenas essas atividades que vão definitivamente criar o médico , o pesquisador, o advogado, o jornalista especializado, o professor,  que agora desejam substituí-lo, com os ensinos a distância, porém vejo  que nem todos os brasileiros tens possibilidades de  disputar vagas para a vida. E aqueles que fazem a crítica de que os jovens não interpretam textos, obviamente pois muitos ainda não sabem nem ler. e quem critica também não faz a leitura da realidade adequada.

E dai esses pensadores, sejam professores, ligados ao sistema capitalista, jornalistas que trabalham nas mídias com todas as informações, discordam dos seres humanos que pensam a vida de outra forma. Por exemplo do acolhimento colectivo de todos, de ampliar o respeito a todos ou seja do socialismo. Porém vivem atolados nas suas entranhas de ignorâncias não dão respostas de suas falhas como gestores e ainda criticam os servidores públicos.

Enquanto isto os pensadores socialistas,  sabem destas falhas, vê a necessidade do acolhimento desta massa da população, que acaba inclusive sendo refém do abandono, passa a ter dores psicológicas que transformam em dores físicas. E um país que desejas ser referência numa América Latina, como aliás como tentou fazer e de forma errada ao enviar tropas para o Haiti, deveria ter consciência que ninguém vive de abstratismo e discursos retóricos.

Os brasileiros são seres humanos que precisam serem respeitados na suas dignidades, e precisam sim é ter o básico, para alimentar-se, precisam de roupas e calçados para vestir, precisam ter casas pra morar, precisam ter meios de transportes públicos adequados as suas necessidades, precisa ter a garantia de seu direito de ir e víir, sem no entanto ter que sofrer agressões, violências sejam elas privadas ou públicos ou talvez até morrer graças aos destemperos governamentais e os assassinatos e assaltos comuns no sistema capitalista. Precisam ter um serviço de saúde pública adequada na sua forma preventiva e na sua forma curativa, precisa ter o acolhimentos de mulheres e crianças vítimas das violências dos seus companheiros, precisamos de acolhimento de fato dos jovens adolescentes abandonados. E não estou falando de casa de prostituição ou de correção como na maioria dos capitalistas estão acostumados. Estou falando de lares de dignidades humanísticas. E que todas as ciências e tecnologias médicas ou não estejam em favor dos seres humanos e para todos os seres humanos independente de seu valor econômico, independente da riqueza ou da pobreza do contrário para que essa montagem de Estado? Que precisa mesmo ser o equilíbrio entre o que tens recursos e o que não tens, mas trabalha num  do faz de conta, num desrespeito total.

E a minha crítica ao processo de educação é que está faltando respeito. E o respeito é de todos envolvidos, pois todos traz a marca da retórica da guerra fria de falar mal doutro que ele considera inimigo. Portanto é preciso criar  uma unidade entre professores, alunos, pais, funcionários de educação, todos com uma seriedade pedagógica e respeito didático, com uma educação inclusive integral, que atenda a todas as demandas possíveis sejam dos seres portadores de síndromes, de necessidades especiais,sejam de pessoas tidas como normais todos merecem o respeito e o trabalho de emancipação cultural e intelectual como papel do processo educacional, E sem essa questão da vinculação apenas para um mercado de trabalho que de tempo em tempo vai desaparecendo e pondo os seres humanos na fila da exclusão.

Que todos os servidores públicos possam ser condignamente valorizados em especializações, realizações e bons salários. Pois o Estado  sem servidores é como um elefante morto desculpa os sentido figurado utilizado. A lógica que nós brasileiros esperamos é sim de um Estado que soberanamente possa respeitar o seu povo. E para respeitar esse povo nutrir -se de ações, benéfica, saudáveis e que construa uma relação de direitos e assegure o humanismo como tarefa ou como bandeira à se sustentar.


Manoel Messias Pereira

professor, cronista, poeta
Membro da Academia de Letras do Brasil -ALB
São José do Rio Preto -SP. Brasil




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