No último domingo, 26, o terreiro Ilê Abasy de Oiá Gnan, de Mãe Adelaide, localizado no bairro Quidé, em Juazeiro/Bahia, voltou a ser atacado por pedradas. O terreiro está aberto há 42 anos, organizado por Adelaide Santos, uma senhora de saúde frágil de 66 anos.
Ao momento do ocorrido, foi chamada a PM, muito embora, a mesma negligencie as violências cotidianas sobre a população negra e periférica. No mesmo dia, o caso foi denunciado ao Conselho Nacional de Direitos Humanos, em Brasília, e no Conselho Municipal de Promoção de Igualdade (COMPIR).
Por entender tal perseguição às religiões cultuada por negros, indígenas e imigrantes, o Partido Comunista Brasileiro aprova em 1946 a Emenda 3.218, que versa sobre a liberdade de culto religioso, através do parlamentar Jorge Amado, convertendo-se em art. 141, §7° da Constituição de 1946.
Nós do PCB- Região Norte repudiamos veemente qualquer ataque aos terreiros e às religiões de matrizes africanas. Entendemos que as motivações são racistas e religiosas, o que demonstra o caráter intolerante de outras religiões em relação às de matrizes africanas, historicamente cultuadas pelos escravos capturados no continente africano.
Nesse sentido, nos solidarizamos com Mãe Adelaide Santos e seus filhos, vítimas de ataques covardes, motivados por intolerância e ódio.
- Coletivo Minervino de Oliveira de São José do Rio Preto-SP
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