passam os frios e sopram os ventos
Sobrevivo num mundo
de crimes e mistérios
e sinto-me que tenho
a doença infantil
de me maltratar
por não conseguir
tudo isto consertar,
já vi repressão politica
sobre as classes populares,
até vi os limites das partilhas
em que trabalhadores
ficaram mortos nas calçadas,
e os atropeladores
são aqueles que os exploram
com requintes de crueldades,
numa produção de visibilidades
sem constrangimentos
sem nenhum sentimento
matam e produzem
pelotãos de sepultamentos
enquanto passam os frios
e sopram os ventos.
Manoel Messias Pereira
poeta, cronista
Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
São José do Rio Preto-SP.
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