Crônica - A Escola Pública - Manoel Messias Pereira


A Escola Pública


A Escola pública está inserida num contexto em que a sociedade deseja ter bons resultados, pelo menos isto é o que parece. E isto é o que vem nos discursos dos senhores governantes e não apenas isto mas no seguimento ideológico de quem disse que governa. Porém sabemos da fragilidade da escola pública que no Estado mais rico da federação não tem verbas destinada nem pra manutenção. E o papel destes governantes é sim sucatear o serviço público para amanhã poder privatizar. 

Enquanto isto há concurso para professores, quem conseguiu passar e foi chamado passa por estagio probatório, quem não conseguiu sabemos que o governador não contratará mais ninguém.Pelo menos era isto que ele anunciava. Fora isto sabemos que recentemente teve-se provas, e que houve gente esperando ter o ganho de 5 a 10% sob o título de mérito. E é diante deste quadro que situa-se, contras e a favor desta política governamental.

Afinal qual é o papel do Estado? Afinal que tipo de governo é esse, que tem um olhar avesso ao serviço público, mas que num passado recente soube perdoar dívida de usineiro no Estado. E não estabelecer essa conexão de contradições é querer que a discussões de seriedade não ocorra de maneira saudável e democrática.

E afinal qual é o papel do servidores, diante de tantas demandas que foge aos olhos do simples acordo em apenas ensinar e aprender? Quando devemos ensinar a desviar das fragilidades administrativas, e convivemos com elas entre o espaço de ensino e aprendizagem dividindo com a burocracia do Estado e as exigências legais do cumprimento do programa de ensino. Que é feito pra não ensinar mas para amestrar seres humanos, na única condição de serem apenas operantes de máquinas, carregador de sacos e caixas de madeira sei lá ou seja ter um trabalho que não exige-se cultural e intelectualmente.

Do contrário não saberia descrever com mais evidências, pra que serve o sistema alimentados por dinheiros de empresas e manter-se um governo privatista e quem tens a incumbências de sucatear sempre. E corta verba de todos os lados, principalmente dos serviços públicos que depende e precisa de ser prioridade. Ou seja na hora do discurso, do palanques destes malditos programas políticos que são verdadeiras desgraças nuas, estabelecidas pela (in)Justiça eleitoral, com base obviamente na quantidade de parlamentares, que são apenas sanguessuga do sistema pois espero uma resposta contundente deles diante dos problemas expostos, mas vejo apenas uma nulidade em termos efetivos. E quando não a confirmação de que o governo é tem maioria no parlamento. E a desgraça é uma chaga que sangra mais naquele que necessita de um processo educacional melhor.

E diante disto tudo os movimentos de professores, se perdem entre uma greve, uma política de arrocho, de decisões oficiais e aspectos legais definidos pelo poder judicial. Nas escolas também hoje já entra o serviços não públicos mais sim privados dos chamados terceirizados, que faz um contrato que é renovado a cada dois bimestre e aquele ou aquela profissional como merendeiras ficam sem salários e recebem de forma fragmentada o seus direitos. Outra coisa que começo a perceber é que muitos professores embora concursados ou não trabalhando no serviço público já não se sente como um servidor público, mas uma força de trabalho vendida a um patrão particular só que chamado Estado.

E os poderes dos docentes a autoridades que competiam-os, aos poucos vão sendo substituídas. Outros agentes fazem parte da rotina do processo educacional. A violência que está na sociedade também refletem na escola. A educação não é um refúgio contra todos os males, pelo contrário é o ponto de encontro de todos eles num mesmo espaços, onde crianças que aprenderam a latir e a morder em casa estão prontos pra dilacerar os braços de professores e funcionários. Obviamente de forma poética.

E ao tomar conhecimento destas condições é que fico um pouco cabisbaixo, observando o ritual escolar, discutindo e ponto em prática modelos pedagógicos ideológicos definidos por políticas neo-liberais educacionalmente, ditadas quase sempre por interesses sociais, econômicos da classe dominante. E isto faz toda a desgraça como diferença.

Por outro lado tentar mudar essa escola é ter atitudes outras que vai no confronto ao status - quos muito bem definido ainda hoje. Ou seja é preciso ter ideias revolucionárias pra fazer uma revolução, e fazer isto é pensar numa emancipação cultural e intelectual por meio do processo educacional. E portanto revolucionar significa uma subversão da ordem. Pois o que temos na rede é apenas o sucateamento de um processo para a próxima privatização. E isto todos devem estar sempre ciente. A educação assim como outros produtos governamentais são geridos pelos interesses econômicos particulares de nossos políticos, financiados muitas vezes por empresários do ramo da educação.

O Estado que por mais de vinte anos teve uma politica de sucateamento por parte do PSDB, ainda continua sucateada e a categoria esperando o aumento conseguido na justiça, mas que o Estado descumpre o que disse a Justiça. Ou a mesma deve ter sido comprada, cooptada desavergonhosamente.


Manoel Messias Pereira


cronista, professor e poeta
Membro da Academia de Letras do Brasil -ALB
São José do Rio Preto-SP. BRasil




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