A alma Conjuntural
Sim 2018 está um ano difícil
em relação a construção de um sonho intelectual,
de uma melhoria das leituras,
de lançamentos que vá além das engenharias das cidades,
ou seja, que extraíssem a alma das cidades
como poemas, cronicas e contos,
que trouxessem personagens populares,
que conseguissem falar da beleza de uma flor
mas entranhas e entre as construções dos ambientes,
que elaborassem um sonho
dos vários grupos de poetas e escritores do Brasil,
com todas as suas dificuldades e sucessos, ou seja,
que expressassem as contradições do viver...
que tivesse fala das mulheres trans, os gritos dos gays
o riso das mulheres, os choros das crianças
a tristeza dos indígenas, pelos desrespeitos
com suas artes e o roubo de suas terras
o samba dos morros nas alegorias das avenidas
a tristeza do idoso que segue com um xadrez
na praça na esperança de que alguém tenha
o calor, o amor e a ternura de uma partida
A literatura tem esse poder de imitar a vida e dizer verdades,
o que às vezes faltam nàs reportagens ou notícias...
Sinceramente, se falta isto;
e isto é a alma desta nossa realidade chamada literatura.
E não cabe aqui, choros, sentimentos outros
ou desespero.
Manoel Messias Pereira
professor, poeta, cronista
Membro da Academia de Letras do Brasil -ALB
São José do Rio Preto-SP. Brasil
| |
Comentários
Postar um comentário