ROSELIS
ODUVALDO BATISTA - Nascido em Alagoa Grande, em 11 de maio de 1921, e faleceu no dia 21 de junho de 2008, aos 87 anos.
. Aos 4 anos veio morar em João Pessoa. Aos 16 anos, ingressei na Escola de Aprendizes Marinheiros, do Recife. Ano depois, em janeiro de 39, foi com a turma da escola para o Rio de Janeiro, base da Marinha de Guerra, embarcando no Encouraçado São Paulo, onde cursou artilharia. Morou durante longos anos em Santos e também em São Paulo
.
Mas, por não ter vocação militar, depois de fazer o curso para cabo, já 2ª classe, deu baixa e voltou a morar em João Pessoa, em junho de 1942, pouco meses antes do Brasil entrar em Guerra.
Tornou-se jornalista por ofício e, em todos os jornais por onde passou, seja na imprensa paulista ou paraibana, deixou sua contribuição de ética e crítica política.
Atuou ainda na Associação Paraibana de Imprensa e no Sindicato dos Jornalistas da Paraíba. Sua trajetória de vida e de luta está registrada no livro “Compromisso com a verdade” – Meio século de jornalismo, preparado por ele e sua filha Roselis.
Com mais de 80 anos, ainda integrava os quadros do jornal O Norte, em João Pessoa, além de escrever regularmente para os jornais comunistas Inverta (PCML) e A Verdade (PCR).
O comunismo. Em 1944, em João Pessoa, foi convidado a entrar no Partido Comunista, pelo camarada Geraldo Lucena, ainda na ilegalidade. Este chamado decorreu da minha atividade anti-nazista. Havia fundado a Sociedade de Cultura Musical, ainda na Ditadura do Estado Novo.
Mas, apesar de musical, a entidade fazia movimento anti-nazista. Uma vez no Partido, participava das lutas em defesa de sua legalização, em defesa do monopólio estatal do Petróleo.
O líder do Partido, na Paraíba, era o Advogado João Santa Cruz, que fundou, com a ajuda de outros camaradas, o “ Jornal do Povo”, que era semanário.
Criou a revista “Monitor Comercial”, semanário, com o objetivo de fazer finanças para o Partido Comunista foi ela fundada em março de 1946.
Começou a militar no Sindicato dos jornalistas, em João Pessoa, 1976, depois que voltou para São Paulo. Lá, militou ativamente no Sindicato, com todas as dificuldades criadas pela ditadura militar, integrou a chapa encabeçada por um burguês liberal segundo ele a chapa foi eleita e Oduvaldo era suplente da diretoria.
Em João Pessoa, o jornalista comunista, era diretor do Sindicato, num cargo secundário, da Comissão de Ética.
Numa entrevista Oduvaldo assim se expressou
“Uma categoria alienada, que não lê, não tem consciência. Os pouquíssimos cultos, são fracos, não têm coragem de militar no Partido. Alguns, poucos, chegaram a se filiar ao PCdoB, um partido divisionista. Mesmo assim, por fraqueza, por mentalidade burguesa, até do PCdoB eles deixaram”.
Roselis Batistar
escritora e professora, pós doutora em liguistica
ex-professora da Unesp/Ibilce São José do Rio Preto
morou no México, União Soviética, Colômbia e na França
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