Patrimônios naturais e culturais estão em perigo - Unesco alerta

Na África, 23 patrimônios naturais e culturais estão em perigo, alerta UNESCO em dia mundial

 
Em 5 de maio, a UNESCO lembra o Dia do Patrimônio Mundial Africano. Para a diretora-geral do organismo internacional, Irina Bokova, pessoas que moram nas regiões de preservação devem ser protagonistas na proteção da riqueza cultural e natural da África.
Cidade Antiga de Ghadamès, na Líbia. Foto: Luca Galuzzi - www.galuzzi.it
Cidade Antiga de Ghadamès, na Líbia. Foto: Luca Galuzzi – www.galuzzi.it
Em mensagem para o Dia do Patrimônio Mundial Africano, lembrado em 5 de maio, a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, alertou que 23 localidades da África, entre sítios naturais e culturais, estão na Lista do Patrimônio Mundial em Perigo. Para dirigente, pessoas que moram nas regiões de preservação devem ser protagonistas na proteção da riqueza histórica e biológica do continente.
Entre os patrimônios em risco de desaparecer, estão a Cidade Antiga de Ghadamès, o Parque Nacional de Kahuzi-Biega e a Reserva Natural Integral do Monte Nimba. “Os sítios africanos são mais bem protegidos pelas comunidades que vivem cotidianamente em suas proximidades, e que extraem sua identidade e ganham a vida por meio deles. Sua gestão é mais sustentável quando conduzida por jovens que têm consciência de sua importância”, disse Bokova.
A chefe da agência da ONU enfatizou que a UNESCO está pronta para ajudar moradores na conservação do patrimônio. “Uma proteção bem-sucedida exige educação, informação e pesquisa. É por isso que a missão da UNESCO de proteger o patrimônio africano é inerente à sua missão de educar e transmitir os valores de tolerância, respeito e compreensão entre as culturas”, explicou a dirigente.
Bokova acrescentou que, na África, “a UNESCO trabalha para melhor integrar a gestão dos sítios aos programas universitários e de formação”. Para o organismo internacional, auxiliar comunidades, e sobretudo os jovens, a proteger os recursos culturais e naturais “significa pavimentar o caminho para um desenvolvimento inclusivo, de longo prazo e socialmente coeso”.
A diretora-geral lembrou ainda da Declaração de Ngorongoro, aprovada em 2016. O documento estimula a participação das comunidades locais na gestão dos sítios do Patrimônio Mundial.
“Hoje, eu chamo todos os Estados, partes interessadas, sociedade civil e comunidades locais da África para assumir a responsabilidade pela proteção das riquezas incomparáveis do continente. Eu gostaria de prestar uma homenagem a todos aqueles que lutam diariamente, às vezes arriscando a própria vida, para proteger e compartilhar esse patrimônio da humanidade que é único”, ressaltou.

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