America Latina e Onu discutem criação de marca de produtos feitos por privada de liberdade


América Latina e ONU discutem criação de marca de produtos feitos por pessoas privadas de liberdade


Em encontro na Cidade do Panamá, profissionais de sistemas penitenciário da América Latina, incluindo do Brasil, e representantes da ONU se reuniram para debater programas de trabalho voltados para pessoas privadas de liberdade. Boas práticas servirão de exemplo para criação de uma marca global de produtos feitos por detentos. Iniciativa é liderada pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
Produtos feitos por detentos da América Latina. Foto: UNODC
Produtos feitos por detentos da América Latina. Foto: UNODC
Em encontro na Cidade do Panamá, na quinta-feira (11), profissionais de sistemas penitenciário da América Latina, incluindo do Brasil, e representantes da ONU se reuniram para debater programas de trabalho voltados para pessoas privadas de liberdade. Boas práticas servirão de exemplo para a criação de uma marca global de produtos feitos por detentos. Iniciativa é liderada pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
Com a participação de agentes penitenciários da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai, o encontro discutiu experiências de sucesso no enfrentamento dos problemas econômicos e sociais vividos por presos.
Durante a abertura da reunião, a ministra de Governo do Panamá, María Luisa Romero, falou sobre o IntregArte, um programa de trabalho atualmente implementado em quatro centros penitenciários do país. Com o projeto, detentos produzem roupas, mobília e artesanato. Desde o lançamento da iniciativa em 2016, mais de 150 pessoas vivendo na cadeia já foram beneficiadas.
María Luisa ressaltou a importância de estratégias que envolvam as pessoas privadas de liberdade em atividades produtivas. Isso permite aos detentos desenvolver habilidades e aumentar suas chances de conseguir um emprego após saírem da prisão. A dirigente elogiou a proposta de uma marca de produtos feitos por esse público, pois, segundo ela, isso conseguiria mostrar para a sociedade o potencial dos indivíduos que vivem nas prisões.
Já o representante regional do UNODC para a América Central e o Caribe, Amado de Andrés, ressaltou o protagonismo da região no estabelecimento de programas de trabalho dentro dos sistemas carcerários. Alguns deles envolvem até mesmo parcerias público-privadas.
Na avaliação da agência da ONU, o encontro no Panamá serviu para compartilhar modelos que servirão de base para a criação de uma linha de produtos de alcance global. O objetivo da iniciativa é evitar a reincidência criminal através da reabilitação e da capacitação dos detentos, para que esses possam levar uma vida autônoma.
Outras pautas do encontro incluíram a participação de câmeras de comércio e de sindicatos, bem como a criação de meios de avaliação para medir o impacto real de programas de trabalho na vida dos detentos, através da coleta de estatísticas sobre empregabilidade e reincidência.

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