Relatório da ONU denuncia impacto do conflito armado sobre crianças sudanesas
A ONU divulgou novo relatório que detalha o impacto do conflito armado no Sudão sobre as crianças do país entre março de 2011 e dezembro de 2016. O documento aponta casos de violência nas regiões de Darfur, Kordofan do Sul, Blue Nile e Abyei.
Durante esse período, quase 1,3 mil crianças foram mortas ou mutiladas devido ao conflito entre governo e grupos armados. A maioria das vítimas é de Darfur, de acordo com o documento.
A ONU divulgou na sexta-feira (24) novo relatório que detalha o impacto do conflito armado no Sudão sobre as crianças do país entre março de 2011 e dezembro de 2016. O documento aponta casos de violência nas regiões de Darfur, Kordofan do Sul, Blue Nile e Abyei.
Durante esse período, quase 1,3 mil crianças foram mortas ou mutiladas devido ao conflito entre governo e grupos armados. A maioria das vítimas é de Darfur, de acordo com o relatório.
O estupro e a violência sexual também foram uma grande preocupação em Darfur, onde a ONU registrou ao menos 372 crianças vitimadas.
“Na maioria dos casos, crianças foram estupradas durante ataques em suas aldeias ou enquanto recebiam madeira ou água nas proximidades de acampamentos para pessoas deslocadas”, afirmou o relatório.
Apesar dessas atrocidades em curso, o documento assinala uma diminuição no recrutamento e utilização de crianças na luta armada.
No entanto, há preocupações com o recrutamento e o uso transfronteiriço de menores por grupos sudaneses e sul-sudaneses, notadamente pelo Movimento de Libertação do Povo do Sudão-Norte (SPLM-N), pelo Exército de Libertação do Povo do Sudão em Oposição (SPLA-IO) e pelo Movimento Justiça e Igualdade (JEM).
Diante da situação, a ONU pediu ao governo do país e às partes em conflito que tomem medidas efetivas para proteger as crianças dos impactos da guerra no país.
Desde 2011, as autoridades do Sudão reforçaram o seu quadro nacional de proteção dos menores e aumentaram para 18 anos a idade mínima de recrutamento das forças nacionais.
Além disso, a ONU assinou três planos de ação com as autoridades nacionais para proteger as crianças, bem como fez acordos separadamente com os grupos.
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